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Maradona faz apelo para limpar seu nome na Itália

As dívidas fiscais de Maradona de quase 40 milhões de euros na Itália decorrem de supostos impostos não pagos durante o período em que ele jogou pelo Napoli

Maradona: "Eu não matei ninguém", disse nesta terça-feira o astro argentino em entrevista coletiva (Chris McGrath/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 10h59.

Nápoles - Diego Maradona fez nesta terça-feira um apelo verbal para que as autoridades italianas limpem o seu nome em um caso de evasão fiscal e chegou a sugerir um encontro com o presidente do país para resolver o impasse.

"Eu não matei ninguém", disse nesta terça-feira o astro argentino em entrevista coletiva, cercado por seus advogados e guarda-costas. "Eu estou aqui para buscar justiça", completou, durante uma rara visita ao país.

As dívidas fiscais de Maradona de quase 40 milhões de euros (aproximadamente R$ 104 milhões) na Itália decorrem de supostos impostos não pagos durante o período em que ele jogou pelo Napoli entre 1984 e 1991, quando ajudou o clube a conquistar seus únicos dois títulos do Campeonato Italiano.

Maradona disse que os dirigentes do Napoli são os responsáveis pelo problema. "Por que eu tenho que pagar e não eles?", disse. "Eu sou uma vítima, porque eu ganhei muito, mas eu não sabia nada sobre as questões contratuais. Eu estou mostrando o meu rosto, porque eu não matei ninguém. Se o presidente (da Itália Giorgio) Napolitano quer falar comigo, eu vou explicar tudo para ele", acrescentou.

O advogado de Maradona, Angelo Pisani, disse recentemente que seu cliente venceu a disputa. A informação foi negada pela receita federal italiana, afirmando que não "anulou, declarou extinta ou modificou" a dívida do argentino.


Em visitas anteriores à Itália nos últimos anos, a polícia fiscal apreendeu dois relógios Rolex e um brinco de diamante de Maradona, além dos 3 milhões de euros que havia ganho pela participação em um programa de TV de dança.

Em 2010, os planos para uma partida em Nápoles celebrando o aniversário de 50 anos de Maradona tiveram de ser abandonados por causa das ameaças de autoridades fiscais.

O Napoli está atualmente em segundo lugar no Campeonato Italiano, seis pontos atrás da Juventus, e receberá os líderes do torneio na sexta-feira. Maradona tinha um voo previsto para Dubai nesta terça-feira, mas pode voltar a Nápoles para o jogo. O vencedor da Copa do Mundo de 1986 pela Argentina disse que quer retornar para a Itália com seu neto para assistir o Napoli.

"Eu quero que ele veja o que o vovô fez e não para ser lembrado como um desertor, que eu não sou", disse Maradona. "Eu quero acreditar que a justiça existe. Eu quero justiça para que eu possa andar livremente na Itália e em Nápoles".

Maradona acrescentou que ele não está pensando sobre a possibilidade de trabalhar como técnico do Napoli. "O cargo já está ocupado por (Walter) Mazzarri, que está fazendo um grande trabalho".

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Nápoles - Diego Maradona fez nesta terça-feira um apelo verbal para que as autoridades italianas limpem o seu nome em um caso de evasão fiscal e chegou a sugerir um encontro com o presidente do país para resolver o impasse.

"Eu não matei ninguém", disse nesta terça-feira o astro argentino em entrevista coletiva, cercado por seus advogados e guarda-costas. "Eu estou aqui para buscar justiça", completou, durante uma rara visita ao país.

As dívidas fiscais de Maradona de quase 40 milhões de euros (aproximadamente R$ 104 milhões) na Itália decorrem de supostos impostos não pagos durante o período em que ele jogou pelo Napoli entre 1984 e 1991, quando ajudou o clube a conquistar seus únicos dois títulos do Campeonato Italiano.

Maradona disse que os dirigentes do Napoli são os responsáveis pelo problema. "Por que eu tenho que pagar e não eles?", disse. "Eu sou uma vítima, porque eu ganhei muito, mas eu não sabia nada sobre as questões contratuais. Eu estou mostrando o meu rosto, porque eu não matei ninguém. Se o presidente (da Itália Giorgio) Napolitano quer falar comigo, eu vou explicar tudo para ele", acrescentou.

O advogado de Maradona, Angelo Pisani, disse recentemente que seu cliente venceu a disputa. A informação foi negada pela receita federal italiana, afirmando que não "anulou, declarou extinta ou modificou" a dívida do argentino.


Em visitas anteriores à Itália nos últimos anos, a polícia fiscal apreendeu dois relógios Rolex e um brinco de diamante de Maradona, além dos 3 milhões de euros que havia ganho pela participação em um programa de TV de dança.

Em 2010, os planos para uma partida em Nápoles celebrando o aniversário de 50 anos de Maradona tiveram de ser abandonados por causa das ameaças de autoridades fiscais.

O Napoli está atualmente em segundo lugar no Campeonato Italiano, seis pontos atrás da Juventus, e receberá os líderes do torneio na sexta-feira. Maradona tinha um voo previsto para Dubai nesta terça-feira, mas pode voltar a Nápoles para o jogo. O vencedor da Copa do Mundo de 1986 pela Argentina disse que quer retornar para a Itália com seu neto para assistir o Napoli.

"Eu quero que ele veja o que o vovô fez e não para ser lembrado como um desertor, que eu não sou", disse Maradona. "Eu quero acreditar que a justiça existe. Eu quero justiça para que eu possa andar livremente na Itália e em Nápoles".

Maradona acrescentou que ele não está pensando sobre a possibilidade de trabalhar como técnico do Napoli. "O cargo já está ocupado por (Walter) Mazzarri, que está fazendo um grande trabalho".

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