Londres inaugura exposição sobre crimes de famosos
Mais de 600 objetos, parte dos 2.000 que formam a coleção privada da polícia britânica, integram a exposição "O Museu do Crime descoberto", no Museu de Londres
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2015 às 14h47.
O diário de um detetive que buscou incansavelmente Jack, o Estripador, ou os instrumentos usados pelos gêmeos Kray para matar uma testemunha fazem parte de uma exposição sobre o crime britânico que foi inaugurada nesta sexta-feira, em Londres .
Mais de 600 objetos, parte dos 2.000 que formam a coleção privada da polícia britânica, integram a exposição "O Museu do Crime descoberto", no Museu de Londres, próximo da Catedral de Saint Paul.
O Museu do Crime é formado pelos objetos que a polícia reuniu desde meados do século a XIX principalmente para treinamento de seus agentes.
Sempre foi fechado ao público, até agora, com exceção de alguns convidados especiais, como o criador de Sherlock Holmes, o escritor Arthur Conan Doyle, e o mágico Harry Houdini.
"São objetos muito importantes para nós, são objetos educativos", diz Martin Hewitt, subcomandante da polícia britânica.
As peças possibilitam uma viagem pelos últimos 140 anos do crime britânico e estão agrupadas por temas, como espionagem e terrorismo.
Há uma bomba que os nacionalistas irlandeses colocaram na estação londrina de Paddington em 1884 e que não explodiu, um computador do atentado contra o aeroporto de Glasgow em 2007, muito queimado mas de onde a polícia pode recuperar praticamente todos os seus dados.
Aparece também uma pasta com uma seringa escondida com veneno para injetar em testemunhas incômodas dos gângsters londrinos mais famosos, os irmãos gêmeos Ronnie e Reggie Kray.
E garrafas de espumante que a polícia encontrou em 1963 no esconderijo de Ronnie Biggs e os autores do famoso e intrépido assalto ao trem pagador Londres-Glasgow.
Integra também a exposição o instrumental de trabalho do assassino do banho de ácido (1949), as memórias com notas manuscritas do detetive Donald Swanson, que perseguiu o famoso Jack, o estripador no século XIX em que nomeia quem, para ele, era o assassino, Aaron Kominski, em um caso nunca resolvido.
Aparecem também as máscaras de um dos ladrões -os irmãos Alfred e Albert Stratton- que assassinaram dois comerciantes, e que ajudaram a resolver um crime, pela primeira vez no Reino Unido, graças às impressões digitais, em 1905.
"Observando todos esses objetos, nos damos conta de como o mal mudou de rosto", disse Stephen Greenhalgh, policial da prefeitura de Londres.
O crime consiste "em um ser humano entrando em contato com outro ser humano e então acontecem as coisas", disse Hewitt. Coisas que ocorrem com objetos como os da exposição.
Os organizadores esperam que a exposição não sirva para glorificar o mundo do crime. "Não queremos uma exposição sensacionalista", disse Annette Day, uma das comissárias, ressaltando que não é exibido nenhum resto humano.
"Não queremos que o museu ofereça uma imagem glamourosa do crime", disse Hewitt.
A exposição acontece de 9 de outubro a 10 de abril de 2016.
O diário de um detetive que buscou incansavelmente Jack, o Estripador, ou os instrumentos usados pelos gêmeos Kray para matar uma testemunha fazem parte de uma exposição sobre o crime britânico que foi inaugurada nesta sexta-feira, em Londres .
Mais de 600 objetos, parte dos 2.000 que formam a coleção privada da polícia britânica, integram a exposição "O Museu do Crime descoberto", no Museu de Londres, próximo da Catedral de Saint Paul.
O Museu do Crime é formado pelos objetos que a polícia reuniu desde meados do século a XIX principalmente para treinamento de seus agentes.
Sempre foi fechado ao público, até agora, com exceção de alguns convidados especiais, como o criador de Sherlock Holmes, o escritor Arthur Conan Doyle, e o mágico Harry Houdini.
"São objetos muito importantes para nós, são objetos educativos", diz Martin Hewitt, subcomandante da polícia britânica.
As peças possibilitam uma viagem pelos últimos 140 anos do crime britânico e estão agrupadas por temas, como espionagem e terrorismo.
Há uma bomba que os nacionalistas irlandeses colocaram na estação londrina de Paddington em 1884 e que não explodiu, um computador do atentado contra o aeroporto de Glasgow em 2007, muito queimado mas de onde a polícia pode recuperar praticamente todos os seus dados.
Aparece também uma pasta com uma seringa escondida com veneno para injetar em testemunhas incômodas dos gângsters londrinos mais famosos, os irmãos gêmeos Ronnie e Reggie Kray.
E garrafas de espumante que a polícia encontrou em 1963 no esconderijo de Ronnie Biggs e os autores do famoso e intrépido assalto ao trem pagador Londres-Glasgow.
Integra também a exposição o instrumental de trabalho do assassino do banho de ácido (1949), as memórias com notas manuscritas do detetive Donald Swanson, que perseguiu o famoso Jack, o estripador no século XIX em que nomeia quem, para ele, era o assassino, Aaron Kominski, em um caso nunca resolvido.
Aparecem também as máscaras de um dos ladrões -os irmãos Alfred e Albert Stratton- que assassinaram dois comerciantes, e que ajudaram a resolver um crime, pela primeira vez no Reino Unido, graças às impressões digitais, em 1905.
"Observando todos esses objetos, nos damos conta de como o mal mudou de rosto", disse Stephen Greenhalgh, policial da prefeitura de Londres.
O crime consiste "em um ser humano entrando em contato com outro ser humano e então acontecem as coisas", disse Hewitt. Coisas que ocorrem com objetos como os da exposição.
Os organizadores esperam que a exposição não sirva para glorificar o mundo do crime. "Não queremos uma exposição sensacionalista", disse Annette Day, uma das comissárias, ressaltando que não é exibido nenhum resto humano.
"Não queremos que o museu ofereça uma imagem glamourosa do crime", disse Hewitt.
A exposição acontece de 9 de outubro a 10 de abril de 2016.