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Homem que danificou pintura russa disse ter sido motivado por ideologia

Igor Podporin disse que atacou retrato do czar Ivan, o Terrível, por considerar que a obra representava uma "mentira"

Rússia: no primeiro depoimento, acusado disse que havia cometido o ato de vandalismo motivado por embriaguez de vodca (Mark Thompson/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 29 de maio de 2018 às 15h52.

Moscou - Um homem que atacou e danificou uma obra-prima da pintura russa disse nesta terça-feira que agiu por razões ideológicas para restaurar a reputação de um czar, retratando-se da confissão anterior de que o vandalismo foi motivado pela vodca.

Sua explicação deve aumentar os temores liberais com a influência de conservadores religiosos e políticos que transformaram a história da Rússia em um campo de batalha ideológico para insuflar o patriotismo, às vezes inspirando ataques violentos contra filmes e obras de arte que não se encaixam em seus critérios.

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Igor Podporin, cidadão de 37 anos da cidade de Voronezh, confessou ter atacado uma das obras de arte mais reverenciadas do século 19, que retrata o czar Ivan, o Terrível, embalando o filho moribundo nos braços.

Em uma confissão inicial, ele explicou suas ações da sexta-feira dizendo que perdeu o autocontrole depois de beber vodca na cafeteria da Galeria Estatal Tretyakov, o museu de arte mais importante de Moscou, onde a pintura estava em exibição.

Mas ao comparecer a um tribunal da capital russa nesta terça-feira, Podporin negou ter bebido vodca antes do ataque e disse que agiu por ter objeções à obra.

"A pintura é uma mentira", disse ele à corte, segundo agências de notícias russas. "Ele (o czar Ivan, o Terrível) pertence à comunidade dos santos".

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