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Gigante do aço, família Gerdau é tradição no hipismo e coleciona medalhas

Entre ouros, pratas e bronzes em Panamericanos e Olimpíadas, a família Gerdau Johannpeter já ganhou sete medalhas no hipismo

A amazona Karina Johannpeter e seu pai, Jorge Gerdau; família acumula vitórias e tradição no hipismo (Reprodução/Instagram)
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GabrielJusto

Publicado em 8 de julho de 2021 às 06h45.

Última atualização em 8 de julho de 2021 às 10h42.

A duas semanas do início das Olimpíadas de Tóquio, a Confederação Brasileira de Hipismo divulgou, nesta semana, os cavaleiros que representarão o Brasil na competição. Na lista, estão 12 atletas, incluindo o medalhista Rodrigo Pessoa, que ganhou ouro no individual em 2004, em Atenas - o terceiro e último título olímpico do Brasil no hipismo. Os dois anteriores, e várias outras medalhas pan-americanas, foram conquistados por integrantes de uma mesma família, conhecida no Brasil não pelo esporte, mas pelos negócios siderúrgicos.

Nas Olimpíadas de Atlanta (96) e Sidney (00), André Gerdau Johannpeter, ou simplesmente André Johannpeter, fazia parte do time brasileiro de hipismo. O hoje atleta aposentado e empresário é filho do magnata Jorge Gerdau, presidente do conselho da siderúrgica que leva o sobrenome do seu bisavô. Juntos, André e sua meia-irmã Karina acumulam sete medalhas no hipismo, que segue forte na família até hoje.

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André começou a montar ainda criança, a competir quando ainda tinha 10 anos e, aos 15, já figurava entre os melhores do Brasil, mas interrompeu a carreira esportiva para terminar a faculdade de administração. Da PUC-RS, foi direto para os Jogos Olímpicos de Seoul, em 88, mas foi nos anos 90 que viveu seu auge no hipismo, ganhando medalha de ouro por equipe em todos os Jogos Pan-Americanos da década de 90 (Havana, Mar del Plata e Winnipeg), além dos bronzes nas Olimpíadas de Atlanta e Sidney.

André Gerdau: do hipismo ao cargo de CEO dos negócios da família (Kiko Ferrite/EXAME/Exame)

Em Seoul, aliás, André teve uma companhia familiar na equipe brasileira de hipismo: a amazona Christina Harbich, sua madrasta, que após a Olimpíada decidiu deixar o esporte para tocar negócios em São Paulo e conseguir criar sua filha, Karina Johannpeter, que como manda a tradição familiar, já montava desde os 7 - e acabou se tornando parte da elite do esporte no Brasil. Em 2003, aos 19 anos, ganhou um bronze em equipe em Santo Domingo, a sua primeira medalha pan-americana.

Representatividade feminina

Também formada em administração pela PUC-RS, Karina se dividiu entre a vida corporativa e o esporte até 2011, quando passou a se dedicar integralmente ao hipismo e foi ao Pan de Guadalajara, onde ganhou medalha de prata em equipe. No ano seguinte, chegou a ser convocada para as Olimpíadas de Londres, mas um problema de saúde do seu cavalo acabou tirando-a da competição.

Diferente do meio-irmão, que se aposentou do esporte logo após voltar de Sidney para cuidar dos negócios da família, Karina seguiu como amazona. Por pouco, não se classificou para disputar as Olimpíadas do Rio, mas foi a única mulher entre os sete cavaleiros brasileiros patrocinados pela Hermès. Como é comum entre hipistas do mundo todo, passou a viver na Alemanha para ficar mais próxima das competições europeias de elite. No ano passado, venceu oConcurso 5 estrelas de St Tropez Grimaud, na França.

 

 

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