O ex-jogador do Paris Saint-Germain Thiago Silva, que agora atua pelo Chelsea, está na lista dos famosos roubados. (Pierre-Philippe Marcou/Pool/Reuters)
AFP
Publicado em 23 de junho de 2021 às 14h33.
Última atualização em 23 de junho de 2021 às 14h50.
Uma gangue de ladrões acusada de escalar edifícios para roubar milhões em joias, itens de moda e outros objetos de valor de ricos e famosos, incluindo o jogador de futebol Thiago Silva, será julgada na capital francesa nesta quarta-feira, 23.
Acredita-se que o grupo, formado por sete homens e uma mulher, tenha roubado não apenas jogadores do PSG mas também personalidades da música e da televisão.
Thiago Silva — capitão do PSG na época do roubo e que agora atua no Chelsea — voltou para casa após uma partida em 23 de dezembro de 2018 e encontrou seu cofre vazio. Foram roubados joias e relógios num valor total de 1,2 milhão de euros (1,4 milhão de reais).
As imagens das câmeras de segurança mostraram dois homens descendo pelos canos de esgoto e entrando na mansão do jogador brasileiro por uma janela. Minutos depois, saíram com os objetos roubados em uma mochila.
Menos de um mês antes, outro jogador do PSG, Eric Maxim Choupo-Moting, foi roubado em 600.000 euros (716.000 dólares) em artigos de couro e joias enquanto estava em campo jogando uma partida da Liga dos Campeões.
A investigação levou a polícia primeiro a três possíveis suspeitos. Graças aos grampos e vigilância dos três, a polícia identificou um grupo de sete homens estabelecidos em um bairro de Paris conhecido como Goutte d'Or e os dois veículos que eles usavam.
Depois de prendê-los em agosto de 2019, a polícia chegou a pensar que a gangue também havia cometido um assalto um ano antes na casa do rapper francês Elie Yaffa, mais conhecido como Booba.
Eles também são suspeitos de roubar as casas do apresentador de televisão Patrick Sébastien, do chef Jean-Pierre Vigato e de um cidadão saudita rico não identificado, levando um total de 4,2 milhões de euros (5 milhões de dólares).
A polícia apreendeu pulseiras, anéis, relógios e bolsas no apartamento de uma jovem em Aubervilliers, subúrbio da capital. Alguns itens foram identificados por seus legítimos proprietários.
Os detetives também encontraram armas e coletes à prova de balas no apartamento.
No início, os suspeitos negaram tudo. Mas ao longo do ano passado, os membros da gangue admitiram algumas das acusações. Outros alegaram que apenas vigiavam enquanto os demais realizavam os roubos.
Alguns também alegaram que as estimativas dos roubos eram exageradas, pois algumas peças roubadas eram falsas.
Para a acusação, dois homens estão no centro destes roubos. Um deles é Mohamed S., que graças à sua destreza na escalada é conhecido como "Jet Li" ou como "El Gato". O outro é Abdelazim G., apelidado de "Bidou" ou "Kid".
Os sete, com idades entre 27 e 31 anos e longa ficha criminal, são acusados de furto e de pertencer a uma organização criminosa.
A inquilina do apartamento em Aubervilliers é acusada de receber bens roubados e porte ilegal de armas, além de pertencer a uma organização criminosa. A mulher nega todas as acusações.
A polícia encontrou listas de nomes e endereços de celebridades em sua casa, mas não conseguiu identificar nenhum cúmplice interno ou saber como os itens roubados foram vendidos.
Enquanto isso, as estrelas do Paris Saint-Germain continuam a ser alvo de roubos. Neste ano, o jogador espanhol Sergio Rico e os argentinos Mauro Icardi e Ángel Di María foram vítimas de furtos, assim como a família de Marquinhos.
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