Filme causa tanta histeria que patrões dão folga na Índia
As televisões indianas mostraram ontem imagens de escritórios vazios em empresas
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2016 às 10h36.
Nova Délhi - Um filme de "Kollywood", o cinema do sul da Índia , provocou tanta histeria ao longo do gigante asiático que nesta sexta-feira alguns escritórios preferiram dar folga para seus empregados se unirem aos milhares de fãs que estavam há dias esperando a estreia de "Kabali".
Embora o cinema indiano seja mais conhecido fora do país por "Bollywood", a megaindústria do celuloide com sede em Mumbai, o sul tem sua própria produção cinematográfica em Chennai no idioma regional, o tâmil.
No entanto, o carisma de uma de suas estrelas, o ator Rajinikant, é tal que transformou em um acontecimento a chegada às telas neste final de semana desta história de máfia que, apesar de tanta euforia, não conseguiu conquistar a crítica.
"O filme se transforma em uma orgia de disparos e violência, e qualquer aspecto do argumento e da história salta pela janela", opinou o site informativo "News18".
No entanto, a cena de milhares de espectadores dançando ao ritmo de tambores na entrada dos cinemas e exibindo camisetas com a imagem de seu ídolo perante os enormes cartazes de "Kabali" se estendeu de Chennai a Nova Délhi, passando por Mumbai ou Bangalore, onde se viram longas filas nas bilheterias.
Ao estilo das caravanas eleitorais na Índia, não faltaram as fileiras de jovens em motos anunciado a estreia, embora a intensa campanha promocional tenha feito com que em muitas das cerca de 12.000 salas onde está sendo projetada as ansiadas entradas estivessem reservadas há dias e para toda a próxima semana.
"Kabali" obteve 20% da bilheteria nas primeiras horas de sua estreia, contra apenas 8% de outros lançamentos do dia apesar de estarem protagonizados por estrelas como Irrfan Khan.
As televisões indianas mostraram ontem imagens de escritórios vazios em empresas como a Fyndus, dedicada a softwares em Chennai, que decidiu dar o dia livre uma vez que a maioria dos funcionários tinha pedido para trocar o computador pela tela de cinema nesta sexta-feira.
Houve inclusive quem viajou de Londres a Mumbai para não perder essa estreia, segundo a agência de notícias indiana "Ians".
Filmado em tâmil, mas traduzido a outros idiomas como o híndi, este drama de ação escrito e dirigido pelo indiano Panduranga Ranjith teve cenas rodadas na Malásia, Tailândia e Hong Kong.
O veterano Rajinikant, de 65 anos, embora pareça mais jovem no longa-metragem, volta às telas após um lapso de dois anos e já foi um dos atores mais bem pagos da Ásia, só superado por Jackie Chan.
A Índia produz o dobro de filmes de Hollywood, em um país onde ir ao cinema é uma das principais atividades de lazer, e são vendidos a cada anos 3,6 bilhões de ingressos, mais que nos Estados Unidos.
Nova Délhi - Um filme de "Kollywood", o cinema do sul da Índia , provocou tanta histeria ao longo do gigante asiático que nesta sexta-feira alguns escritórios preferiram dar folga para seus empregados se unirem aos milhares de fãs que estavam há dias esperando a estreia de "Kabali".
Embora o cinema indiano seja mais conhecido fora do país por "Bollywood", a megaindústria do celuloide com sede em Mumbai, o sul tem sua própria produção cinematográfica em Chennai no idioma regional, o tâmil.
No entanto, o carisma de uma de suas estrelas, o ator Rajinikant, é tal que transformou em um acontecimento a chegada às telas neste final de semana desta história de máfia que, apesar de tanta euforia, não conseguiu conquistar a crítica.
"O filme se transforma em uma orgia de disparos e violência, e qualquer aspecto do argumento e da história salta pela janela", opinou o site informativo "News18".
No entanto, a cena de milhares de espectadores dançando ao ritmo de tambores na entrada dos cinemas e exibindo camisetas com a imagem de seu ídolo perante os enormes cartazes de "Kabali" se estendeu de Chennai a Nova Délhi, passando por Mumbai ou Bangalore, onde se viram longas filas nas bilheterias.
Ao estilo das caravanas eleitorais na Índia, não faltaram as fileiras de jovens em motos anunciado a estreia, embora a intensa campanha promocional tenha feito com que em muitas das cerca de 12.000 salas onde está sendo projetada as ansiadas entradas estivessem reservadas há dias e para toda a próxima semana.
"Kabali" obteve 20% da bilheteria nas primeiras horas de sua estreia, contra apenas 8% de outros lançamentos do dia apesar de estarem protagonizados por estrelas como Irrfan Khan.
As televisões indianas mostraram ontem imagens de escritórios vazios em empresas como a Fyndus, dedicada a softwares em Chennai, que decidiu dar o dia livre uma vez que a maioria dos funcionários tinha pedido para trocar o computador pela tela de cinema nesta sexta-feira.
Houve inclusive quem viajou de Londres a Mumbai para não perder essa estreia, segundo a agência de notícias indiana "Ians".
Filmado em tâmil, mas traduzido a outros idiomas como o híndi, este drama de ação escrito e dirigido pelo indiano Panduranga Ranjith teve cenas rodadas na Malásia, Tailândia e Hong Kong.
O veterano Rajinikant, de 65 anos, embora pareça mais jovem no longa-metragem, volta às telas após um lapso de dois anos e já foi um dos atores mais bem pagos da Ásia, só superado por Jackie Chan.
A Índia produz o dobro de filmes de Hollywood, em um país onde ir ao cinema é uma das principais atividades de lazer, e são vendidos a cada anos 3,6 bilhões de ingressos, mais que nos Estados Unidos.