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Filme "Até os Ossos" é ovacionado no Festival de Veneza e vira um dos destaques do ano

Cinco anos após o sucesso de Me Chame Pelo Seu Nome, Timothée Chalamet e Luca Guadagnino estreiam o longa sobre canibalismo Até os Ossos

Timothée Chalamet em Até os Ossos: filme sobre impulso sombrio foi ovacionado no Festival de Veneza e é um dos destaques do ano. (Divulgação/Divulgação)
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Julia Storch

Publicado em 28 de novembro de 2022 às 08h42.

Timothée Chalamet, o ator americano com rostinho bonito e nome e sobrenome franceses, fez sua estreia em Hollywood em 2017 como protagonista do longa Me Chame Pelo Seu Nome, baseado no livro homônimo e com direção de ­Luca Guadagnino. Descobrindo a paixão e o amor, o adolescente Elio, interpretado por Chalamet, sofre de uma paixão intensa por Oliver (Armie Hammer), aluno de seu pai, em um verão na Itália.

Quatro anos após a indicação ao Oscar de Melhor Ator, Chalamet ganha novamente destaque nas telas, desta vez como coprotagonista, com outro longa dirigido por Guadagnino: Até os Ossos, com estreia marcada para 1ode dezembro.

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Baseado no livro de Camille DeAngelis, o filme narra a história do primeiro amor de Maren (Taylor Russell), uma jovem mulher que nunca conheceu a mãe e aprendeu a sobreviver à margem da sociedade depois de ser abandonada pelo pai. A jovem acredita que a busca pela mãe fará com que ela entenda seu desejo de comer carne humana. Ela se une ao intenso andarilho Lee (Chalamet), e os dois se banham de sangue em uma viagem por estradas dos Estados Unidos durante a década de 1980, tendo de encarar seus passados traumáticos. Juntos, eles exploram o impulso sombrio de comer carne humana, ao mesmo tempo que se sentem acuados pela possibilidade de serem descobertos.

“Há duas forças que me interessam em relação ao canibalismo, que todos os personagens principais são obrigados a respeitar: o conjunto do instinto que eles têm e como eles crescem para se adaptar a ele. Os jovens personagens resistem, lutam, desafiam uns aos outros e a si mesmos com questões morais e tentam escapar do que são. Os adultos estão esquecendo aquela luta moral que tiveram e estão se tornando mais desobedientes e cínicos sobre quem são”, disse Guadagnino em entrevista à Vanity Fair.

O filme pode ser interpretado como uma metáfora da repressão sexual na época em que a aids matava milhares de jovens pelo mundo. ­Maren tenta reprimir seus desejos, ensinados como negativos por seu pai. Como muitos jovens que foram deserdados ou expulsos de seus lares pelo pensamento conservador da época, Maren e Lee se tornam a família que escolheram.

Como Maren, Russell também ganhou projeção com o lançamento do filme no Festival de Veneza, que durante a estreia recebeu 10 minutos de aplausos. Na Itália, a atriz canadense recebeu o Prêmio Marcello Mastroianni de Melhor Jovem Atriz; e Guadagnino, o troféu Leão de Prata de Melhor Diretor.

Até Os Ossos | Warner Bros. Pictures | Estreia nos cinemas em 1ode dezembro

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