Festival de Veneza começa com thriller sobre o fanatismo
A 69ª edição do evento aposta nas estrelas e no cinema autoral
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2012 às 20h02.
Veneza - Com um thiller político sobre as contradições de um jovem paquistanês ante o fanatismo após os atentados de 11 de setembro de 2011, dirigido pela indiana Mira Nair, começa nesta quarta-feira a 69ª edição do Festival de Veneza, que aposta nas estrelas e no cinema autoral.
O filme "The Reluctant Fundamentalist" ("O Fundamentalista Relutante"), exibido fora de concurso, foi bem recebido pela imprensa e retrata com ritmo eficaz o conflito entre Ocidente e Oriente, entre os diferentes fanatismos, tanto religioso como cultural e econômico, e é uma clara denúncia da intolerância.
"As aparências enganam" é o lema do filme, protagonizado por Riz Ahmed e Kate Hudson, baseado no best-seller de mesmo título, traduzido para 25 idiomas.
A história do brilhante jovem paquistanês Changez, que alcança sucesso como analista financeiro em Nova York, fechando empresas em todo o mundo e demitindo funcionários, desmorona diante das contradições do sonho americano após os atentados de 11 de setembro de 2011, que abalam suas convicções.
A transformação do jovem formado em Princeton, que cumpre todos os requisitos para triunfar nos Estados Unidos, inclusive a conquista de uma fotógrafa de família rica, começa com os preconceitos e abusos que sofre pela cor de sua pele, pelos injustificáveis controles da polícia, pelo medo e a intolerância provocados no país após os fatídicos atentados.
"Esta é a história de um conflito entre ideologias", afirmou a diretora, vencedora em 2001 do Leão de Ouro com "Um Casamento à Indiana", que vive entre Índia e Estados Unidos, assim como o protagonista do filme.
O festival , que este ano completa 80 anos de existência mas celebra sua 69ª edição pelas interrupções durante a Segunda Guerra Mundial e pelos protestos dos anos 60, começa em um clima positivo, em uma cidade que, apesar da crise econômica que afeta a Itália, inaugura no mesmo dia a Bienal de Arquitetura, um dos eventos mais importantes do setor no mundo.
"Uma demonstração de força e eficiência. Mostramos ao mundo o que somos", afirmou com orgulho Paolo Baratta, presidente da Bienal de Veneza, a entidad semipública que coordena os eventos culturais na cidade famosa pelos canais.
Com um novo visual, graças à criação de uma praça comum, a edição de 2012 terá durante 10 dias um desfile de estrelas e filmes de cineastas aclamados, como Robert Redford, Brian de Palma, Terrence Malick, Takeshi Kitano e Marco Bellocchio.
O espaço ao ar livre, com terraços e poltronas, que cobre parte do buraco aberto há dois anos para a construção frustrada do novo Palácio do Cinema, melhora a imagem do festival, que tenta renovar suas antigas infraestruturas.
Na quinta-feira terá início a competição oficial, com os filmes "Izmena" (Traição), do russo Kirill Serebrennikov, e "Superstar", do francês Xavier Giannoli.
No total, 18 filmes foram selecionados para disputar o cobiçado Leão de Ouro, que será concedido pelo júri presidido pelo cineasta americano Michael Mann.
Veneza - Com um thiller político sobre as contradições de um jovem paquistanês ante o fanatismo após os atentados de 11 de setembro de 2011, dirigido pela indiana Mira Nair, começa nesta quarta-feira a 69ª edição do Festival de Veneza, que aposta nas estrelas e no cinema autoral.
O filme "The Reluctant Fundamentalist" ("O Fundamentalista Relutante"), exibido fora de concurso, foi bem recebido pela imprensa e retrata com ritmo eficaz o conflito entre Ocidente e Oriente, entre os diferentes fanatismos, tanto religioso como cultural e econômico, e é uma clara denúncia da intolerância.
"As aparências enganam" é o lema do filme, protagonizado por Riz Ahmed e Kate Hudson, baseado no best-seller de mesmo título, traduzido para 25 idiomas.
A história do brilhante jovem paquistanês Changez, que alcança sucesso como analista financeiro em Nova York, fechando empresas em todo o mundo e demitindo funcionários, desmorona diante das contradições do sonho americano após os atentados de 11 de setembro de 2011, que abalam suas convicções.
A transformação do jovem formado em Princeton, que cumpre todos os requisitos para triunfar nos Estados Unidos, inclusive a conquista de uma fotógrafa de família rica, começa com os preconceitos e abusos que sofre pela cor de sua pele, pelos injustificáveis controles da polícia, pelo medo e a intolerância provocados no país após os fatídicos atentados.
"Esta é a história de um conflito entre ideologias", afirmou a diretora, vencedora em 2001 do Leão de Ouro com "Um Casamento à Indiana", que vive entre Índia e Estados Unidos, assim como o protagonista do filme.
O festival , que este ano completa 80 anos de existência mas celebra sua 69ª edição pelas interrupções durante a Segunda Guerra Mundial e pelos protestos dos anos 60, começa em um clima positivo, em uma cidade que, apesar da crise econômica que afeta a Itália, inaugura no mesmo dia a Bienal de Arquitetura, um dos eventos mais importantes do setor no mundo.
"Uma demonstração de força e eficiência. Mostramos ao mundo o que somos", afirmou com orgulho Paolo Baratta, presidente da Bienal de Veneza, a entidad semipública que coordena os eventos culturais na cidade famosa pelos canais.
Com um novo visual, graças à criação de uma praça comum, a edição de 2012 terá durante 10 dias um desfile de estrelas e filmes de cineastas aclamados, como Robert Redford, Brian de Palma, Terrence Malick, Takeshi Kitano e Marco Bellocchio.
O espaço ao ar livre, com terraços e poltronas, que cobre parte do buraco aberto há dois anos para a construção frustrada do novo Palácio do Cinema, melhora a imagem do festival, que tenta renovar suas antigas infraestruturas.
Na quinta-feira terá início a competição oficial, com os filmes "Izmena" (Traição), do russo Kirill Serebrennikov, e "Superstar", do francês Xavier Giannoli.
No total, 18 filmes foram selecionados para disputar o cobiçado Leão de Ouro, que será concedido pelo júri presidido pelo cineasta americano Michael Mann.