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Festival de Cinema de Berlim olha para o leste

O evento deve exibir filmes com temas fortes, como o histórico do Irã em direitos humanos

O portão de Brandeburgo, na capital alemã: o festival de cinema Berlinale está em sua 63ª edição (Adam Berry/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2013 às 16h33.

Londres - O Festival de Cinema de Berlim olha para o leste neste ano, com seis dos 19 filmes em competição produzidos ou baseados atrás da antiga Cortina de Ferro, enquanto dois filmes norte-americanos repletos de estrelas falam de grandes negócios - energia e a indústria farmacêutica.

O histórico do Irã em direitos humanos estará na telona durante as duas semanas de exibição de cinema, a partir de 7 de fevereiro, enquanto os Flintstones abrem caminho para "Os Croods", uma família pré-histórica no centro de uma animação em 3D da DreamWorks.

O anual Berlinale, agora em sua 63ª edição, é um dos festivais de cinema mais importantes da Europa e gera um mercado em grande escala para a comercialização de novos filmes e documentários e a discussão dos que estão sendo produzidos.

Embora seja incapaz de atrair o número de estrelas e blockbusters de eventos similares em Cannes e Toronto, Berlim é uma introdução anual precoce a o que o cinema global tem a oferecer, e desfruta de uma reputação para filmes difíceis, que lidam com assuntos fortes.

"Quando se entra no Ano Novo, é importante que haja um grande festival internacional que estabeleça as bases para o ano", disse Michael Barker, chefe da Sony Pictures Classics, que levou "Before Midnight" para Berlim.

"Não acho que haja um conflito com o Oscar ou com Sundance, porque Sundance é um tipo bem diferente de festival", ele disse à Reuters, referindo-se ao festival de Utah em janeiro, que tem uma ênfase maior no cinema norte-americano.

A Europa do Leste está sob os holofotes de Berlim, com filmes em competição da região, incluindo "Child's Pose", que fala sobre corrupção e classe na Romênia através da história de uma mãe endinheirada que tenta comprar a liberdade do filho condenado.


"Harmony Lessons" é a estreia no drama do cineasta cazaque Emir Baigazin, enquanto "In the Name of..." da Polônia fala sobre o delicado tema da homossexualidade no sacerdócio católico.

O ator norte-americano Shia LaBeouf interpreta Charlie em "The Necessary Death of Charlie Countryman", sobre um jovem que viaja até a Romênia e se envolve em uma briga perigosa com um cartel de drogas.

POLÍTICA E NEGÓCIOS NA TELA

Entre os filmes tema em Berlim em 2013 está "Promised Land", sobre a polêmica técnica de escavação para extrair gás, conhecida como "fracking", com Matt Damon no elenco e dirigido por Gus Van Sant.

"Terapia de Risco" de Steven Soderberg, é em parte uma crítica da indústria farmacêutica, embora resenhas online destaquem que também seja um thriller de assassinato, com Jude Law, Channing Tatum e Catherine Zeta-Jones no elenco.

O filme mais político do festival pode ser "Closed Curtain", codirigido pelo aclamado diretor iraniano Jafar Panahi, que o produziu desafiando uma proibição de 20 anos sobre o cinema imposta pelas autoridades em seu país.

Condenado por fazer propaganda antigoverno, Panahi assim mesmo conseguiu fazer dois filmes desde que foi colocado em prisão domiciliar em 2010.

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Londres - O Festival de Cinema de Berlim olha para o leste neste ano, com seis dos 19 filmes em competição produzidos ou baseados atrás da antiga Cortina de Ferro, enquanto dois filmes norte-americanos repletos de estrelas falam de grandes negócios - energia e a indústria farmacêutica.

O histórico do Irã em direitos humanos estará na telona durante as duas semanas de exibição de cinema, a partir de 7 de fevereiro, enquanto os Flintstones abrem caminho para "Os Croods", uma família pré-histórica no centro de uma animação em 3D da DreamWorks.

O anual Berlinale, agora em sua 63ª edição, é um dos festivais de cinema mais importantes da Europa e gera um mercado em grande escala para a comercialização de novos filmes e documentários e a discussão dos que estão sendo produzidos.

Embora seja incapaz de atrair o número de estrelas e blockbusters de eventos similares em Cannes e Toronto, Berlim é uma introdução anual precoce a o que o cinema global tem a oferecer, e desfruta de uma reputação para filmes difíceis, que lidam com assuntos fortes.

"Quando se entra no Ano Novo, é importante que haja um grande festival internacional que estabeleça as bases para o ano", disse Michael Barker, chefe da Sony Pictures Classics, que levou "Before Midnight" para Berlim.

"Não acho que haja um conflito com o Oscar ou com Sundance, porque Sundance é um tipo bem diferente de festival", ele disse à Reuters, referindo-se ao festival de Utah em janeiro, que tem uma ênfase maior no cinema norte-americano.

A Europa do Leste está sob os holofotes de Berlim, com filmes em competição da região, incluindo "Child's Pose", que fala sobre corrupção e classe na Romênia através da história de uma mãe endinheirada que tenta comprar a liberdade do filho condenado.


"Harmony Lessons" é a estreia no drama do cineasta cazaque Emir Baigazin, enquanto "In the Name of..." da Polônia fala sobre o delicado tema da homossexualidade no sacerdócio católico.

O ator norte-americano Shia LaBeouf interpreta Charlie em "The Necessary Death of Charlie Countryman", sobre um jovem que viaja até a Romênia e se envolve em uma briga perigosa com um cartel de drogas.

POLÍTICA E NEGÓCIOS NA TELA

Entre os filmes tema em Berlim em 2013 está "Promised Land", sobre a polêmica técnica de escavação para extrair gás, conhecida como "fracking", com Matt Damon no elenco e dirigido por Gus Van Sant.

"Terapia de Risco" de Steven Soderberg, é em parte uma crítica da indústria farmacêutica, embora resenhas online destaquem que também seja um thriller de assassinato, com Jude Law, Channing Tatum e Catherine Zeta-Jones no elenco.

O filme mais político do festival pode ser "Closed Curtain", codirigido pelo aclamado diretor iraniano Jafar Panahi, que o produziu desafiando uma proibição de 20 anos sobre o cinema imposta pelas autoridades em seu país.

Condenado por fazer propaganda antigoverno, Panahi assim mesmo conseguiu fazer dois filmes desde que foi colocado em prisão domiciliar em 2010.

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