Esta rua superou a Quinta Avenida, em Nova York, como a mais cara do mundo para varejo
Relatório da Cushman & Wakefield destaca as mudanças nas ruas comerciais mais caras do mundo, com Milão superando Nova York
Publicado em 25 de novembro de 2024 às 19h52.
Última atualização em 25 de novembro de 2024 às 19h52.
Entre os destinos comerciais turísticos mais buscados está a Quinta Avenida, em Nova York,conhecida por ser a rua com aluguel comercial mais caro do mundo. Esse posto, no entanto, acaba de ser substituído por outra rua, bem mais longe e menor: Montenapoleone.
Localizada em Milão, a Via atingiu US$ 2.047 por pé quadrado ao ano, segundo o relatório anual Main Streets Across the World 2024, da Cushman & Wakefield. A Quinta Avenida permanece em US$ 2.000, sem variação desde 2022.
Montenapoleone é famosa por lojas de moda prêt-à-porter, joias e sapatos, voltada para o setor de luxo. É reconhecida como uma parte importante da moda de Milão, no Quadrilatero della moda, local onde muitos designers famosos têm boutiques de luxo. Os mais exclusivos sapateiros italianos mantêm estabelecimentos nesta rua.
Além da liderança de Milão, outras alterações marcaram o ranking: a New Bond Street, em Londres (US$ 1.762/ano por pé quadrado), superou Tsim Sha Tsui, em Hong Kong (US$ 1.607), consolidando-se na terceira posição. Já a Avenue des Champs-Élysées, em Paris , manteve o quinto lugar, mas viu a concorrência de Tóquio crescer: a Ginza registrou alta de 25% nos aluguéis.
Cresce o aluguel das avenidas mais caras
Mesmo diante de desafios econômicos como inflação e altas taxas de juros, as principais ruas comerciais demonstraram uma recuperação robusta no estudo. Mais de 50% das 138 localidades monitoradas pelo estudo registraram crescimento anual nos aluguéis, boa parte deles acima dos níveis pré-pandemia.
Nos Estados Unidos, os aluguéis subiram 11% no último ano. Na Europa e na região Ásia-Pacífico, os aumentos foram de 3,5% e 3,1%, respectivamente. A crescente competição por espaços em ruas-chave tem elevado os valores, especialmente em destinos de luxo.
O estudo destaca o papel central das lojas físicas, que, em parceria com estratégias digitais, continuam sendo essenciais para a experiência do consumidor e o fortalecimento das marcas. Ruas super-prime, antes dominadas por marcas de luxo, agora atraem novos segmentos, como esportes, cosméticos e bem-estar, ampliando a diversidade do varejo.