Esqueça Da Vinci, a obra de arte mais cara do mundo acaba de ser revelada
A instalação na estação de Grand Central, em Nova York, é uma crítica ao sistema de educação norte-americano e um meio de financiar os estudos de jovens
Julia Storch
Publicado em 26 de janeiro de 2021 às 06h13.
A história da obra de arte começa com uma cerveja popular norte-americana, a Natural Light muito consumida por estudantes nos Estados Unidos. Em homenagem e em defesa dos seus maiores clientes, a marca criou uma instalação na estação Grand Central em Nova York, à qual refere a peça de arte como a mais cara do mundo.
A obra, batizada como Da Vinci of Debt (Da Vinci da Dívida), é composta por 2.600 diplomas universitários emoldurados, e é uma crítica ao sistema universitário norte-americano. Cada diploma da obra representa 180 mil dólares, que equivale ao custo médio de quatro anos de graduação nos Estados Unidos, assim, a obra seria avaliada em 470 milhões de dólares.
O valor desta obra, curiosamente, é mais alto do que o quadro Salvator Mundi, vendido em 2017 em leilão por 450,3 milhões de dólares. A pintura, que acreditava-se ser uma cópia, foi inicialmente vendida por 61 dólares, e estava há mais de 50 anos desaparecida nos Estados Unidos. Na semana passada, por coincidência, uma cópia da pintura, datada em 1.510, foi recuperada na Itália, após ter sido roubada em uma exposição em Nápoles.
Retomando a obra instalada em Nova York, a projeção possui escala que impressiona os transeuntes e visitantes, já que possui uma estrutura caleidoscópica, que convida a todos a olharem para cima.
Aos que não estarão em Nova York para ver a instalação ou que estão curiosos com a instalação, é possível ver o trabalho online. Além da crítica, o trabalho também possui uma ação financeira, a marca de cervejas irá disponibilizar 1 milhão de dólares para que estudantes possam pagar seus estudos. “A faculdade deve ser cheia de diversão, não de dívidas”, segundo comunicado à imprensa.