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Don Quixote é o personagem mais assassinado pela pronúncia

Pesquisa mostra os dez nomes de personagens da literatura que geram os maiores erros de pronúncia

Don Quijote: Segundo pesquisa, falantes da língua inglesa pronunciam Don Quijote com o som de "x" (Thinkstock/Matejh photography)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2015 às 14h14.

São Paulo - Don Quixote é o personagem da literatura que gera os maiores erros de pronúncia, segundo pesquisa realizada pela Audible, empresa especializada na venda audiolivros, que foi comprada pela Amazon em 2008.

De acordo com o levantamento, realizado com 2 mil pessoas entre 18 e 65 anos, 44% dos entrevistados não conseguem pronunciar da maneira correta o nome do personagem de Miguel de Cervantes, que é um dos mais consagrados da literatura mundial.

A Audible explica que a pronuncia certa não é feita com o som de "x" (ou som de /ks/ em português), como muitos dos leitores pensam. Em inglês, a empresa explica que, em vez de "Don Quicks-Oat", a forma correta é  "Don-Key-Hoh-Tee".

Existe, inclusive, um vídeo no Youtube que falha ao tentar explicar qual é a pronúncia correta de Don Quixote, ao sugerir que a forma certa do nome Quijote tem o som do "x" marcante.

A pesquisa pode ter um quê de ironia para os amantes de Don Quixote de La Mancha, já que o livro de Cervantes é recheado de absurdos e incoerências que, segundo estudiosos, têm o propósito de criticar e satirizar os romances de cavalaria da época.

O próprio Don Quixote é chamado de diferentes formas ao longo do livro . Além de ser apelidado pelo seu fiel escudeiro Sancho Pança de o Cavaleiro da Triste Figura, seu nome verdadeiro é escrito como Alonso Quijada ou Quesada no começo do livro, para depois tomar a forma de Alonso Quijano.

Como a pesquisa foi realizada com os usuários da Audible, que são falantes da língua inglesa, o resultado da pesquisa reflete uma dificuldade compartilhada principalmente por ingleses e americanos.

Por isso, vale ressaltar que muito provavelmente o resultado da pesquisa seria diferente se a entrevista fosse realizada principalmente com falantes da língua portuguesa.

O estudo foi realizado depois que a autora de Harry Potter , J. K. Rowling, anunciou pelo Twitter que achava que ela era a única pessoa que pronunciava o nome de Voldemort da maneira correta, sem o som do "t" ao final do nome.

Voldemort também ficou entre os dez personagens cujos nomes são pronunciados de maneira incorreta, assim como a peronagem Daenerys Targaryen, de Game of Thrones, que ficou em segundo lugar.

Veja a seguir o resultado da pesquisa, com nomes que geram os maiores erros de pronúncia e seus proferimentos corretos. Como o estudo foi divulgado apenas em inglês, os termos aparecem todos na língua inglesa.

1) Don Quixote, Miguel de Cervantes (44%): ‘Don-Key-Hoh-Tee’, não ‘Don Quicks-Oat’

2) Daenerys Targaryen, Game Of Thrones, George RR Martin (28%): ‘Duh-Nair-Ris’ ‘Tar-Gair-Ee-In’, não ‘Dee-Nay-Ris ‘Targ--Ahh-Ruh-Yen’

3) Oedipus, Sophocles (23%): ‘Ee-Di-Pus’, não 'Oh-Eh-Di-Pus'

4) Hermione, J. K. Rowling's Harry Potter (22%): ‘Her-My-Oh-Knee’, não ‘Her-Mee-Own’

5) Beowulf, autor desconhecido (16%): ‘Bay-Oh-Woolf’, não ‘Bee-Oh-Wulf’

6) Poirot, Agatha Christie (15%): ‘Pwa-Row’, não ‘Poy-Rot’

7) Smaug, The Hobbit, JRR Tolkein (13%):  ‘Sm-Owg’, não ‘Sm-Org’

8) Voldemort, JK Rowling's Harry Potter (12%): ‘Vol-De-More’, não ‘Vol-De-Mort’

9) Violet Beauregarde, Roald Dahl's Charlie And The Chocolate Factory (12%): ‘Vie-Ah-Let’ Bore-R-Garrr’, não ‘Bore-Ruh-Gard’

10) Piscine Patel, Life Of Pi, Yann Martel (11%): 'Piss-Een Pat-El, não ‘Pis-Kine Pat-il’

São Paulo - “As lições destes livros têm mais valor prático e de aplicação imediata do que anos de discursos teóricos e apresentações maçantes pelas universidades do mundo”, diz o fundador e presidente da consultoria dbBS Business Solutions, Deni Belotti. E a frase parte de um partidário ferrenho dos estudos acadêmicos formais, como ele mesmo se define. “Sempre fui um defensor e praticante compulsivo da formação acadêmica de alto nível e, dentro do possível, realizada de uma maneira coordenada com a carreira”, diz. No entanto, a velocidade das mudanças e o protagonismo atual de ambientes criativos e dinâmicos no contexto dos negócios têm colocado, de acordo com Belotti, em dúvida a eficácia - mensurável, diz - de cursos de extensão, como pós-graduações e MBA s, que se proliferam com o passar dos anos. Assim, é sob este cenário que o especialista recomenda a leitura destes sete clássicos sobre gestão. Confira, nas fotos, quais são.
  • 2. “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”

    2 /9(Reprodução)

  • Veja também

    “Cerca de 15% do sucesso financeiro de alguém se deve ao conhecimento técnico e 85% à personalidade e à habilidade de liderar pessoas”, escreveu Dale Carnegie no livro. “O autor foi mágico em fazer o público gostar dele. Além de vender dezenas de milhões de cópias de seu livro em todo o mundo, ele abriu as portas de seus programas educacionais, os quais prometiam sucesso profissional e felicidade”, diz Belotti que leu o livro dezenas de vezes. O que o livro ensina: como sair de uma rotina mental estagnada, conceber novas ideias e novas visões, além de auxiliar a manter um modelo mental positivo de forma a despertar entusiasmo e inspiração naqueles que estão à sua volta, segundo Belotti. Autor: Dale Carnegie.
    Ano: 1936.
  • 3. “O Gerente Minuto”

    3 /9(Reprodução)

  • “No livro, os aspirantes a bons administradores são avisados a “visar um empregado fazendo a coisa certa” e a reforçar seu bom comportamento com um minuto de elogios. Más ações devem ser igualmente apontadas e punidas com um minuto de represálias”, diz Belotti. O que o livro ensina: o que significa ser um bom gerente. “Se há uma definição melhor e mais simples sobre isso, eu ainda não encontrei”, diz. O livro, segundo o consultor, contém mais sabedoria a respeito de negócios do que uma dúzia de bibliotecas completas de estudos acadêmicos. Autores: Kenneth Blanchard e Spencer Johnson.
    Ano: 1982.
  • 4. “Gerenciando o Lado Humano da Empresa”

    4 /9(Reprodução)

    O autor, Douglas McGregor, revolucionou os recursos humanos pensando em duas formas que gestores enxergam empregados. “A Teoria X assume que trabalhadores são inerentemente preguiçosos A Teoria Y assume que eles são motivados por si mesmos”, diz Belotti. O consultor explica que, ao questionar a Teoria Y, o autor inclina-se à ideia de que a gestão deve fazer com que o ambiente de trabalho dê condições para que as pessoas queiram desempenhar bem suas atividades. O que o livro ensina: “Ao contrário da maioria dos livros técnicos, nos quais modelos de gestão empresarial são apresentados como fórmulas mágicas, esta obra coloca os modelos em segundo plano e ressalta o sujeito e os conflitos decorrentes das relações interpessoais nas instituições”, diz Deni Belotti. Exemplos concretos, estudos de casos e até conceitos filosóficos propostos por Italo Calvino - como a leveza, a rapidez, a exatidão, a multiplicidade e a consistência – estão na obra. “Tudo com uma linguagem simples e direta”, diz o consultor. Autor: Douglas McGregor.
    Ano: 1960.
  • 5. “A Era da Irracionalidade”

    5 /9(Thinkstock)

    “Este livro teve poderosa influência no que mais tarde viria a ser chamado de pensar fora da caixa”, diz Deni Belotti. É que o então professor visitante na Escola de Negócios de Londres descreveu as mudanças que se faziam necessárias a partir das transformações sociais. “Novas tecnologias e o decréscimo nas posições da carga horária integral, além de outras mudanças, requeriam o abandono das regras estabelecidas e tentativas com novas maneiras de trabalho”, diz Belotti. O que o livro ensina: o livro aborda a ideia da organização sistêmica como elemento capaz de gerar aprendizado e, consequentemente, autodesenvolvimento. A ideia do autor é que as empresas sejam lugar de aprendizado em que pessoas possam crescer à medida que trabalham. Autor: Charles Handy.
    Ano: 1989.
  • 6. “Inteligência Emocional”

    6 /9(Reprodução)

    O que está em jogo quando pessoas que QI alto tropeçam e aqueles com QI modesto surpreendem? Esta é a pergunta que o autor propõe para trazer à tona qualidades como autocontrole, persistência e motivação, bases da inteligência emocional. “Sem elas, escreve Goleman, carreiras seriam desnecessariamente jogadas no lixo”, diz Belotti. No livro, o autor explica ainda que a inteligência emocional pode ser desenvolvida. O que o livro ensina: “Uma teoria revolucionária que redefine os conceitos de inteligência”, diz Belotti. A partir de exemplos de casos do cotidiano o livro mostra a importância de saber lidar com as emoções, quesito essencial para o desenvolvimento da inteligência de qualquer indivíduo. Autor: Daniel Goleman
    Ano: 1995
  • 7. “Marketing de Guerrilha”

    7 /9(Thinkstock)

    O termo guerrilha refere-se às táticas de mobilidade e ocultação utilizadas por pequenos exércitos para vencer tropas maiores e com maior poder bélico, diz Belotti. O sucesso da guerrilha está na mobilidade e no efeito surpresa que rendem ataques quase sempre pelos flancos ou pela retaguarda, seguidos de retirada estratégica para locais de difícil acesso. Transposto para o contexto de negócios, o conceito de marketing de guerrilha, criado pelo publicitário Jay Conrad Levinson, remodelou a maneira de pensar em pequenas companhias em relação a como se promover. “Antes, companhias muitas vezes usavam enormes e caras ações de marketing. Para as companhias menores que desejavam competir Levinson defendeu a ideia da preponderância do cérebro sobre os músculos”, diz Belotti. O marketing de guerrilha foi a base para construção dos princípios de buzz marketing, segmentação de mercado, mídias não convencionais, criatividade e mídia espontânea. O que o livro ensina: “uma estratégia composta de diversas ferramentas que permitem ter os seus dispositivos reconfigurados no tempo e espaço, de acordo com a realidade, os recursos e as intenções do anunciante”, diz Belotti. Autor: Jay Conrad Levinson.
    Ano: 1984.
  • 8. “O Maior Vendedor do Mundo”

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    O livro conta a história de Hafid, um humilde guardador de camelos que fica muito rico. “É um guia clássico da filosofia do vendedor”, diz Belotti. O autor mostra que satisfação e bem-estar são resultantes do (re)encontro com sua verdadeira essência. A partir daí, os benefícios de ordem material se transformam em consequência lógica. O que o livro ensina: “Se você não pode vender suas ideias, seu produto ou seus serviços, você nunca será bem sucedido nos negócios. Você não pode ser bem sucedido nos negócios se não for bem-sucedido na vida”, diz Belotti. Autor: Og Mandino.
    Ano: 1968.
  • 9. Por falar em livros....

    9 /9(Thinkstock)

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