Dia da Mulher: "Entrei na P&G com planos de ficar só dois anos", diz CEO brasileira
Há 23 anos na empresa, Juliana Azevedo é a primeira entrevistada da série de vídeos da coluna Nosso Olhar, comandada por Yasmine McDougall Sterea, CEO do Free Free
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2021 às 17h45.
Última atualização em 4 de março de 2021 às 07h48.
Não é qualquer pessoa que tem a coragem de dizer que entrou na empresa na qual trabalha com planos de ficar pouco tempo. Juliana Azevedo tem. "Entrei na P&G com planos de ficar só dois anos", diz ela, que ocupa o cargo de CEO da empresa no Brasil desde 2018. Trata-se da primeira mulher a exercer essa posição na companhia, na qual ela entrou como muita gente – como uma estagiária, há exatos 23 anos.
Seu dinheiro está seguro? Aprenda a proteger seu patrimônio
Assista a entrevista completa:
A executiva é a primeira entrevistada da série de vídeos da coluna Nosso Olhar, comandada por Yasmine McDougall Sterea, CEO do Free Free. Quinzenal, a novidade estreia pouco antes do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, na próxima segunda-feira. “É uma série focada em liderança feminina e equidade de gênero”, explica Yasmine. “Propõe uma mudança social tanto para homens quanto mulheres”.
“Como foi chegar a esse cargo tão importante?”, ela pergunta para Juliana no início do programa. Ao que a entrevistada responde: “Tenho que agradecer por ter chegado aonde cheguei. Falamos muito de equidade no ambiente profissional, mas às vezes nos esquecemos que temos um papel em casa, como mãe, filha, tia. O empoderamento tem início em casa.”
Em seguida, cita diversas ações da P&G, na qual metade da liderança é feminina, para contribuir com a equidade de gênero. Uma delas envolve o sabão em pó Ariel, pensado para que os homens também se sintam à vontade em utilizá-lo. “Muitos deles vão lavar roupa pela primeira vez com esse produto, e precisamos que seja uma experiencia positiva”, argumenta a executiva, lembrando que na pandemia a divisão de tarefas dentro de casa se mostrou importantíssima.
Yasmine registra o quão importante a trajetória da Juliana pode ser para diversas mulheres. “Prova que elas também podem chegar lá, e igualmente ser as primeiras em suas áreas”, argumenta, acrescentando que, em razão da pandemia, há cerca de 7 milhões de desempregadas no país.