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Curador do Jabuti diz que errou após post minimizando mortes pela covid-19

Pedro Almeida causou polêmica neste domingo ao escrever um post em seu perfil no Facebook em que minimizava as mortes pelo coronavírus

Prêmio Jabuti: Pedro Almeida é curador de um dos mais prestigiosos prêmios da literatura brasileira (Prêmio Jabuti/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de maio de 2020 às 20h09.

Curador do Prêmio Jabuti, um dos mais prestigiosos da literatura brasileira , Pedro Almeida causou polêmica neste domingo, 24, ao escrever um post em seu perfil no Facebook em que minimizava as mortes pelo coronavírus .

Almeida, que é editor da Faro, começou seu texto com a frase "Alguém está mentindo para você" e passou a questionar os números da covid-19 e a comparar o número de mortes este ano e no ano passado. Ele apagou o post quando a repercussão negativa começou, dizendo que fez isso motivado pela patrulha.

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Nesta segunda-feira, 25, ele fez nova postagem em que pedia desculpas pelas informações erradas que compartilhou e fazendo uma "retratação", título de seu texto. Leia a seguir na íntegra.

"Fiz um post com dados incorretos; errei por acreditar que eram corretos. Assim que amigos me avisaram disso, apaguei o post. Não desejava colocar inverdades e, como jornalista, sempre confiro antes de divulgar. Mas apostei na fonte".

"Lamento profundamente todas as mortes por COVID-19. Tenho amigos que perderam parentes por conta dessa pandemia, dei toda a minha solidariedade e afeto a todos eles na época em que essas perdas aconteceram. Uma amiga perdeu o pai e é muito próxima a mim. Ela sabe que nunca desprezei essas mortes e foi a primeira a me dar apoio quando as redes começaram a discutir meu post, pois sabia que o sentido que ele ganhou não foi o mesmo de quando o escrevi".

"Foi criado um manifesto afirmando que sou contra o isolamento. Está equivocado. Não sou contra o isolamento, não nego o vírus nem seu potencial. Ao contrário, me preocupo com ele e recomendo a todos que mantenham o distanciamento social o máximo que puderem, e sigam as recomendações das autoridades médicas para a devida higienização neste período tão angustiante e preocupante".

"Em nenhum momento, neguei a necessidade de isolamento, mas descobri que há muita gente que não tem como fazer essa escolha. E resolvi fazer algo. Quem me acompanha nas redes sociais sabe que tenho tomado todos os cuidados e seguido todos protocolos para realizar esse trabalho com segurança, porque considero imperioso enfrentar a COVID 19 com solidariedade e empatia. Desde o início da quarentena decretada em São Paulo, tenho dedicado vários dias por semana a distribuir refeições, cestas básicas, produtos de higiene, agasalhos e cobertores a moradores de ruas, de albergues, favelas, prostitutas, travestis, crianças de rua, detentos recém-libertados fora de sua cidade de origem. Sou testemunha participante de que enfrentamos uma situação desesperadora para quem não tem condições de moradia ou reserva financeira".

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