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Coronavírus pode sobreviver por uma semana em salmão, diz estudo

Autoridades chinesas têm investigado carnes, embalagens e contêineres de importações como possível fonte de Covid-19 desde junho

Peixes importados foram estudados como possível fonte de infecções (Hotels in Eastbourne / www.eastbourneguide.com / Stock Xchng/SXC)
DS

Daniel Salles

Publicado em 8 de setembro de 2020 às 13h29.

Coronavírus presente em salmão resfriado pode permanecer infeccioso por mais de uma semana, de acordo com pesquisadores na China, onde peixes importados foram estudados como possível fonte de infecções.

Pesquisadores da Universidade Agrícola do Sul da China e da Academia de Ciências Agrícolas de Guangdong descobriram que o SARS-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19, coletado em amostras de salmão pode sobreviver por oito dias a 4 graus Celsius. Essa é aproximadamente a temperatura em que os peixes são transportados. A pesquisa foi divulgada no domingo em relatório antes da publicação e revisão por pares.

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Autoridades chinesas têm investigado carnes, embalagens e contêineres de importações como possível fonte de Covid-19 desde junho, após encontrarem partículas do patógeno por várias vezes em embalagens e alimentos. Seis das mais de 500 mil amostras testadas deram positivo para o coronavírus, disse a agência alfandegária da China em relatório na terça-feira.

“Peixes de um país contaminados com SARS-CoV-2 podem ser facilmente transportados para outro país no prazo de uma semana, servindo assim como uma das fontes de transmissão internacional”, disseram os pesquisadores, observando que os peixes devem ser mantidos a uma temperatura de 0 a 4 graus Celsius durante o transporte.

O governo chinês tenta evitar a contaminação, fortalecendo a cooperação com países exportadores de carne. Até a segunda-feira, a China já havia suspendido importações de 56 empresas em 19 países devido a casos de coronavírus em funcionários.

O primeiro surto da doença responsável pela pandemia foi inicialmente associado ao Mercado de Frutos do Mar de Huanan, na cidade chinesa de Wuhan, no final de 2019, e um surto em junho foi associado ao Mercado de Frutos do Mar de Xinfadi em Pequim, segundo os pesquisadores.

Com a colaboração de Shuping Niu.

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