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Coronavírus antecipa fim da revista Playboy impressa para esta semana

A revista já enfrentava dificuldades financeiras desde a morte de seu fundador, Hugh Hefner, em 2017

Playboy: revista foi um marco da cultura americana (Antonio Masiello/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de março de 2020 às 14h37.

O mundo tenta se adequar a esse momento de pandemia de coronavírus , mas refletindo a instabilidade do mercado financeiro.

Assim, a revista Playboy americana lança a última versão impressa, a 66ª edição, segundo Ben Kohn, CEO da publicação. Decisão foi tomada por causa da situação atual, mas a revista já enfrentava dificuldades após a morte, em 2017, de seu fundador, o milionário Hugh Hefner.

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Em declaração oficial, Kohn afirma que a decisão já vinha sendo pensada. "À medida que a pandemia interrompia a produção de conteúdo, fomos forçados a acelerar a conversa sobre a transformação do produto." E aí veio a opção final. "Decidimos que a edição da primavera de 2020, que chega às bancas americanas e como download digital esta semana, será nossa publicação impressa de final de ano nos EUA."

Fundada em 1953 pelo excêntrico Hugh Hefner, a Playboy foi por muito tempo reconhecida como sinônimo de revista masculina no mundo inteiro e, desde o início, ousou e chocou a sociedade ao associar mulheres nuas ao estilo de vida americano.

Em plena década de 1950, Hefner publicou fotos de Marilyn Monroe nua e trazia, em seu editorial, texto apimentado e cheio de humor e sofisticação. Era uma época em que esse tipo de publicação era proibida para adolescentes, daí ter se tornado uma espécie de bíblia para homens.

Além das fotos de lindas mulheres nuas e textos ousados, suas entrevistas com nomes de destaque mundial eram outro atrativo de peso. Estão em páginas da revista nomes como Fidel Castro, Frank Sinatra, Marlon Brando, o ex-presidente americano Jimmy Carter, e até mesmo John Lennon, em 1980, pouco antes de ser assassinado. Aqui no Brasil, a Playboy sempre teve rostos bem conhecidos nas capas.

A primeira edição foi publicada em 1975, encerrando sua vida 40 depois, com 487 edições, com uma sobrevida entre 2016 e 2017. Em seus melhores anos, a sua performance era invejável em circulação e vendas. Em dezembro de 1999, por exemplo, a edição com a brasileira Joana Prado, a Feiticeira, na capa, vendeu 1,2 milhão de exemplares. E, entre os nomes responsáveis pelas fotos estavam Bob Wolfenson, J.R. Duran, Marcio Scavone e Luis Crispino.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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