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Concierges de luxo disputam a atenção dos super-ricos

Em vez de atender a pedidos simples, profissionais precisam estar prontos para impressionar. Além disso, tudo precisa estar disponível instantaneamente

Sino de serviço em hotel: concorrência entre as empresas de concierges de luxo tornou-se mais feroz do que nunca (AnthiaCumming/Getty Images)

Sino de serviço em hotel: concorrência entre as empresas de concierges de luxo tornou-se mais feroz do que nunca (AnthiaCumming/Getty Images)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 11h40.

Com aplicativos móveis que podem fazer uma reserva para jantar, chamar um táxi, contratar um passeador de cachorros ou até mandar a roupa para a tinturaria, quem precisa de um assistente pessoal -- e muito menos de um concierge de luxo?

Eles... os muito, muito ricos.

 

 

Em 2017, a riqueza pessoal em todo o mundo atingiu o recorde de US$ 201,9 trilhões, um ganho de 12 por cento em relação ao ano anterior, e os milionários e os bilionários detinham quase metade de tudo isso, segundo um relatório de junho do Boston Consulting Group. Com todo esse dinheiro, a concorrência entre as empresas de concierges de luxo pelo dinheiro que se gasta em lazer tornou-se mais feroz do que nunca.

Em vez de atender a pedidos simples como viagens de helicóptero de última hora para os Hamptons, os “administradores de estilo de vida” precisam estar prontos para impressionar com visitas privadas à Capela Sistina ou com passeios de balão sobre templos budistas em Mianmar. E para seus clientes cada vez mais jovens, tudo precisa estar disponível instantaneamente via smartphone.

Por algumas centenas de milhares de dólares por ano, a Quintessentially, com sede em Londres, oferece toda a espontaneidade e as experiências exuberantes que qualquer multibilionário pode desejar. Juntamente com sua concorrente menos cara, a Velocity Black, a empresa pode conseguir uma mesa ótima em um restaurante da moda ou uma faxineira confiável. Mas a atração real é a opção pela aventura extraordinária, parte da crescente e cara “economia da experiência”.

Ou, na definição da Quintessentially, “experiências sob medida”.

“É divertido dizer: ‘Ah, sim, jantamos em um iceberg e estivemos em um coquetel nas Grandes Pirâmides’”, disse William Reedy, chefe de serviços de concierge da Quintessentially nos EUA e ex-gerente de estilo de vida. “Isso é legal não só por ter sido muito caro, mas porque era algo que ninguém tinha pensado em fazer.”

Experiências

A Quintessentially foi fundada em 2001 como um serviço de concierge 24/7/365 para os incrivelmente ricos. Hoje, a empresa tem 60 escritórios em todo o mundo e milhares de membros que pagam anualidades que vão de US$ 7.500 a cifras de seis dígitos. Por um dinheiro desses, os membros conseguem o que querem e quando querem.

O patrimônio líquido médio de um membro da Quintessentially é de US$ 50 milhões, disse ele, e o membro típico tem entre 35 e 55 anos de idade. No entanto, os membros mais novos são ainda mais jovens. E isso significa que uma tecnologia melhor é fundamental para se manter em dia.

Um relatório de dezembro de 2017 da McKinsey & Co. mostrou que nos três anos anteriores os gastos com “experiências”, incluindo viagens, tinham crescido quase quatro vezes mais rapidamente do que os gastos com bens. Os millennials estão impulsionando essa mudança, de acordo com Sophie Marchessou, uma das autoras do relatório. “As redes sociais certamente têm um papel importante”, disse ela. "Elas colocam o foco em exibir experiências.”

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