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Centenas de pessoas nuas e pintadas de branco posam no Mar Morto

O artista afirmou ter coberto os modelos com pintura branca para evocar a história bíblica da esposa de Ló, que, segundo o texto, se transformou em uma estátua de sal

Centenas de pessoas nuas e pintadas de branco posam no Mar Morto para o fotógrafo americano Spencer Tunick. (AFP/AFP)

Centenas de pessoas nuas e pintadas de branco posam no Mar Morto para o fotógrafo americano Spencer Tunick. (AFP/AFP)

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Publicado em 18 de outubro de 2021 às 09h42.

Centenas de pessoas nuas e pintadas de branco caminharam pelo terreno árido próximo do Mar Morto, no Oriente Médio, como parte do último projeto fotográfico do artista americano Spencer Tunick. 

Tunick, vestido de preto, dirigiu a cena empoleirado no teto de um veículo, dando ordens através de um megafone.

O fotógrafo de 54 anos está em Israel a convite do Ministério do Turismo para fotografar pela terceira vez o Mar Morto com pessoas nuas.

"Para mim, o corpo representa beleza, vida e amor", disse Tunick, que já realizou projetos como este em várias partes do mundo.

Tunick fotografou mais de mil modelos sem roupas há uma década nas margens do lago salgado, que perde um metro a cada ano.

A redução paulatina do Mar Morto se agravou nos últimos tempos, pois Israel e Jordânia utilizam a água que flui mais acima para a agricultura e consumo humano, o que se soma à extração mineral a à evaporação acelerada causada pelas mudanças climáticas.

No domingo, Tunick posicionou seus modelos em colinas rochosas diante do lago de cor turquesa. Cerca de 200 pessoas, homens e mulheres, ouviram suas instruções para caminhar ou permanecerem parados.

O artista afirmou ter coberto os modelos com pintura branca para evocar a história bíblica da esposa de Ló, que, segundo o texto, se transformou em uma estátua de sal. 

A estudante de doutorado Anna Kleiman, de 26 anos, contou que se juntou ao evento como uma forma de alertar para a crise do meio ambiente.

O projeto conta com financiamento do Ministério do Turismo de Israel, que pagou passagens e gastos, e também da prefeitura de Arad, que forneceu pessoal e assumiu outros gastos, de acordo com Hassan Madah, diretor de marketing para as Américas do ministério.

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