Ambiente de trabalho e biofilia (Exame/Exame)
A volta nos escritórios após o fim da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) trouxe também uma nova visão sobre como deve ser o ambiente de trabalho.
Projetos arquitetônicos que conectam elementos da natureza e tecnologias modernas estão em alta nesse momento.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), espaços desprovidos de natureza podem ter efeitos negativos sobre o ser humano, afetando o bem-estar e a produtividade.
O estresse, inclusive, desencadeia diversas enfermidades físicas e psicológicas.
Arquiteturas que proporcionam melhora do bem-estar e trazem mais natureza para dentro do local de trabalho.
É o caso da biofilia, tendência arquitetônica mundial que quer conectar humanos com a natureza.
O termo biofilia significa "amor às coisas vivas", e consiste em criar ambientes que valorizem elementos da natureza.
Ou seja, trazer dentro do ambiente onde se passa a maior parte do dia mais frescor, diminuindo a ansiedade, criando um ar de aconchego, ou até remetendo mesmo um ar tranquilidade.
Segundo a arquiteta Mariana Maran, especialista em biofilia, para se ter um ambiente biofílico no escritório é preciso pensar nas plantas que são mais adequadas para espaços fechados.
"Conhecer um pouquinho do universo dessas plantas e selecionar algumas espécies é a melhor solução. Ter um jardim vertical, ter kokedamas penduradas, diversas espécies de plantas colocadas nesses lugares, é a melhor solução", explica à EXAME a arquiteta.
Para a arquiteta, “a biofilia se tornou a marca dos escritórios modernos. A intenção é que o ambiente de trabalho transmita acolhimento, paciência, conforto e criatividade a todos que o frequentam”.
Com isso, "os resultados tendem a melhorar quando o espaço de produção se distancia do típico modelo empresarial”.
Segundo ela, proprietária do escritório OKA Arquitetura e Construção, essa tendência de alta da biofilia se deve a três fatores:
Em seus projetos, que incluem edificações delineadas em torno do design biofílico, Mariana usa "formas e silhuetas botânicas, além de relações visuais entre luz e sombra”.
“Em resumo, a diretriz de biofilia que conduz o projeto visa a incorporar características do mundo natural aos ambientes modernos construídos”, explica a arquiteta.