cumberbatch-turing (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2014 às 12h26.
Como várias pessoas, o ator britânico Benedict Cumberbatch sabia muito pouco sobre Alan Turing, o gênio da matemática que ele interpreta em "O Jogo da Imitação", que ajudou a encerrar a Segunda Guerra Mundial ao decifrar os códigos de comunicação militar da Alemanha.
O trabalho secreto de Turing com criptologistas e magos dos números no centro de decodificação britânico Bletchley Park salvou um número incontável de vidas ao decifrar o código da máquina alemã Enigma. Mas o pioneiro da computação não recebeu qualquer crédito, morreu falido, e só foi perdoado da acusação de homossexualismo, que era crime em 1952, 60 anos depois de sua morte em 1954.
"Eu fiquei surpreso de ver o quão pouco eu sabia antes de ler a história", disse Cumberbatch, de 38 anos, mais conhecido por seus papel nas série de TV "Sherlock" e que também atuou no filme "O Quinto Poder".
"É uma história real tão comovente que precisa ser ouvida. Há uma urgência em apresentá-la ao mundo", acrescentou.
"O Jogo da Imitação" é baseado no livro "Alan Turing: The Enigma", de Andrew Hodges, e estreia nos cinemas dos Estados Unidos na sexta-feira.
O filme reúne a história, o trabalho, os relacionamentos e as injustiças vividas por Turing, como uma castração química, por ser homossexual.
A atriz britânica Keira Knightley ("Piratas do Caribe") interpreta Joan Clarke, uma matemática brilhante e única mulher na equipe de decodificação de Turing. Joan foi noiva de Turing por um período e quis se casar com ele, apesar de sua homossexualidade.
A atuação de Cumberbatch faz dele um candidato a ser indicado ao Oscar de melhor ator, e Morten Tyldum ("Headhunters") está cotado para ser nomeado ao prêmio de melhor diretor.
Tyldum disse que nunca imaginou outra pessoa no papel a não ser Cumberbatch.
"Esse personagem é tão complexo e eu queria fazer dele um personagem único. Ele é tão forte e tão motivado e ao mesmo tempo tão estranho e tão frágil. O cerne da questão é esse rapaz jovem que perdeu tanto", disse o diretor dinamarquês.