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Balanço aponta 77 municípios com risco para dengue

Brasil tem 12 capitais em situação de risco ou alerta

Mosquito da dengue: 77 municípios avaliados estão altamente sujeitos a uma epidemia (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 22h32.

Brasília - Aproximadamente 5,7 milhões de pessoas vivem em áreas consideradas de alto risco para epidemia de dengue neste verão. O número é 23% superior ao identificado ano passado, quando 4,6 milhões residiam em regiões com alto índice de infestação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.

Este ano, de um total de 1.239 municípios avaliados, 77 foram considerados como de alto risco. Em 2011, de 800 cidades monitoradas, 48 receberam essa classificação, de acordo com o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Liraa), apresentado nesta terça-feira (27). "O alerta se mantém. O perigo de uma epidemia da doença persiste", avaliou o secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. Ao todo, 12 capitais do País estão em situação de risco ou alerta para a doença.

Ao comentar os números, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi cauteloso e não descartou a possibilidade de o País registrar aumento dos criadouros no verão, quando as condições para proliferação do mosquito são melhores. "Esta é uma fotografia. Com aumento das chuvas as medidas têm de ser redobradas", avisou.

O ministro reforçou ainda a importância de manter a prevenção. Tradicionalmente, quando há mudanças na administração municipal, a tendência é de descontinuidade das ações. "Isso seria um ataque, um crime contra a saúde", disse.


Padilha lembrou também que há grande número de pessoas suscetíveis a dengue tipo 4, sorotipo que voltou a circular no País recentemente. Ele observa que, embora esse sorotipo não esteja associado a epidemias explosivas, os cuidados devem ser redobrados. Atualmente, o sorotipo 4 é predominante no País: foi identificado em 63% das amostras analisadas. Em segundo lugar, veio o sorotipo 1, com 32,9% dos testes positivos.

Feito em novembro numa parceria com secretarias municipais, o Liraa identificou este ano 787 cidades com níveis considerados satisfatórios. Essa classificação é dada para áreas onde menos de 1% dos domicílios visitados têm criadouros do mosquito. Aquelas com índice de infestação entre 1% e 3,9% são consideradas como em situação de alerta. No País, foram 375.

Aquelas com porcentuais superiores a 4 são consideradas de alto risco. Entre as cidades paulistas, Jundiaí foi a única cidade que recebeu essa classificação. O índice foi de 4,3. Trinta foram consideradas em estado de alerta. Outras 330 apresentaram porcentuais inferiores a 1%, um índice satisfatório. Padilha comemorou a queda do número de pacientes com a forma grave da doença. De janeiro a novembro de 2011 foram 10.507 ante 3.774 no mesmo período deste ano - uma redução de 64%. O ministro atribui a queda à melhoria na qualidade e rapidez do atendimento aos pacientes. A quantidade de mortes também caiu 49% no período: de 481 para 247.

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Brasília - Aproximadamente 5,7 milhões de pessoas vivem em áreas consideradas de alto risco para epidemia de dengue neste verão. O número é 23% superior ao identificado ano passado, quando 4,6 milhões residiam em regiões com alto índice de infestação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.

Este ano, de um total de 1.239 municípios avaliados, 77 foram considerados como de alto risco. Em 2011, de 800 cidades monitoradas, 48 receberam essa classificação, de acordo com o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Liraa), apresentado nesta terça-feira (27). "O alerta se mantém. O perigo de uma epidemia da doença persiste", avaliou o secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. Ao todo, 12 capitais do País estão em situação de risco ou alerta para a doença.

Ao comentar os números, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi cauteloso e não descartou a possibilidade de o País registrar aumento dos criadouros no verão, quando as condições para proliferação do mosquito são melhores. "Esta é uma fotografia. Com aumento das chuvas as medidas têm de ser redobradas", avisou.

O ministro reforçou ainda a importância de manter a prevenção. Tradicionalmente, quando há mudanças na administração municipal, a tendência é de descontinuidade das ações. "Isso seria um ataque, um crime contra a saúde", disse.


Padilha lembrou também que há grande número de pessoas suscetíveis a dengue tipo 4, sorotipo que voltou a circular no País recentemente. Ele observa que, embora esse sorotipo não esteja associado a epidemias explosivas, os cuidados devem ser redobrados. Atualmente, o sorotipo 4 é predominante no País: foi identificado em 63% das amostras analisadas. Em segundo lugar, veio o sorotipo 1, com 32,9% dos testes positivos.

Feito em novembro numa parceria com secretarias municipais, o Liraa identificou este ano 787 cidades com níveis considerados satisfatórios. Essa classificação é dada para áreas onde menos de 1% dos domicílios visitados têm criadouros do mosquito. Aquelas com índice de infestação entre 1% e 3,9% são consideradas como em situação de alerta. No País, foram 375.

Aquelas com porcentuais superiores a 4 são consideradas de alto risco. Entre as cidades paulistas, Jundiaí foi a única cidade que recebeu essa classificação. O índice foi de 4,3. Trinta foram consideradas em estado de alerta. Outras 330 apresentaram porcentuais inferiores a 1%, um índice satisfatório. Padilha comemorou a queda do número de pacientes com a forma grave da doença. De janeiro a novembro de 2011 foram 10.507 ante 3.774 no mesmo período deste ano - uma redução de 64%. O ministro atribui a queda à melhoria na qualidade e rapidez do atendimento aos pacientes. A quantidade de mortes também caiu 49% no período: de 481 para 247.

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