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Bairro de Bogotá desafia chuva e se veste de arte

Na última edição, realizada em 3 e 4 de dezembro, o bairro — localizado a 2.600 metros acima do nível do mar — saiu de sua habitual letargia e ganhou vida ao cair da tarde

Ruas decoradas para o Festival Open San Felipe, em Bogotá. (AFP/AFP)

Ruas decoradas para o Festival Open San Felipe, em Bogotá. (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 10 de dezembro de 2022 às 07h00.

Na chuvosa, cinzenta e fria Bogotá, o entretenimento costuma ser "indoor". Exceto em San Felipe, bairro residencial da capital colombiana que aposta na arte ao ar livre.

"Sem dúvida, não tem um lugar como esse em Bogotá, com uma oferta tão robusta em termos de artes", disse Johanna Morales, organizadora do Festival Open San Felipe, que acontece durante quatro fins de semana por ano e dinamiza a oferta cultural nesta zona central da cidade.

O chamado "bairro da arte" de Bogotá se beneficiou do protagonismo conquistado pelo Open San Felipe desde sua primeira edição, há quatro anos. Um evento que começou, experimentalmente, com 20 galerias e restaurantes, conta hoje com cerca de 80 participantes.

Na última edição, realizada em 3 e 4 de dezembro, o bairro — localizado a 2.600 metros acima do nível do mar — saiu de sua habitual letargia e ganhou vida ao cair da tarde.

Pessoas sentadas em frente ao cartaz do Open San Felipe, em Bogotá. (AFP/AFP)

Com o passar das horas, cada vez mais visitantes percorrem as ruas estreitas e coloridas que rodeiam um parque. E, à noite, vê-se um mar de gente entrando nas casas que servem de galerias de arte de vanguarda, ou nos bares e restaurantes instalados em pequenos pavilhões.

É uma cena excepcional no coração de uma cidade que o Prêmio Nobel de Literatura Gabriel García Márquez descreveu como "lúgubre", onde "uma garoa insone cai desde o início do século XVI".

Além dos compradores, o bairro atrai toda uma multidão de curiosos, principalmente turistas, e a burguesia cultural de Bogotá.

Em San Felipe, tem arte, gastronomia e também moda. Um desfile de uma escola de moda cativa uma pequena multidão, enquanto a música eletrônica dá outro ritmo à noite.

Encerrado o festival, o bairro volta a ser um oásis cultural em uma metrópole de oito milhões de habitantes.

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