Armstrong teria fornecido EPO a ex-companheiro de equipe
Tyler Hamilton foi uma das testemunhas principais do caso aberto pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) contra Armstrong
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2012 às 21h58.
Redação Central - O ciclista americano Tyler Hamilton vai publicar uma autobiografia em que garante ter compartilhado práticas de doping com seu compatriota Lance Armstrong enquanto ambos eram companheiros da equipe US Postal.
O livro intitulado: ''The Secret Race: Inside the Hidden World of the Tour de France: Doping, Cover-ups, and Winning at All Costs.'' (''A corrida secreta: dentro do mundo oculto do Tour de France. Doping, encobrimentos e vitórias a qualquer custo'', em tradução livre), foi escrito em conjunto pelo ex-ciclista e Daniel Coyle - autor de ''A Guerra de Lance Armstrong'' - com publicação prevista para o próximo dia 5 de setembro.
O ciclista americano foi uma das testemunhas principais do caso aberto pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) contra Armstrong por doping e conspiração.
O jornal ''New York Daily News'' conseguiu uma cópia do livro e relata um inesperado encontro entre Hamilton e Armstrong em um restaurante de Aspen pouco depois da entrevista do primeiro para o programa ''60 minutes'', na qual falou das provas que tinha transferido à investigação criminal federal.
''Quando estiver no banco dos réus, vamos te fazer em pedacinhos. Vai parecer um idiota'', disse Armstrong a Hamilton naquele encontro.
Hamilton também garante que está convencido que, assim que iniciou a cooperação com a investigação federal, teve seus telefones e e-mails ''grampeados''.
O ex-ciclista explica que começou a se dopar antes da chegada de Armstrong à equipe em 1998, mas que o sete vezes campeão do Tour de France lhe forneceu eritropoietina (EPO) antes da edição da prova em 1999. Naquela época ambos se alojavam na mesma casa em Nice.
Hamilton também fornece detalhes sobre o plano de doping da equipe na corrida, com o conhecimento e a aprovação do heptacampeão. A estratégia incluía um motociclista que entregava garrafas térmicas com EPO aos competidores ao longo da prova.
Além disso, afirma que os responsáveis pela equipe encorajavam e supervisionavam o uso de substâncias para aumentar o rendimento.
Antes do Tour de 2000, Armstrong, Hamilton e seu companheiro de equipe Kevin Livingston viajaram à Espanha para que o doutor Luis García del Moral e o preparador físico José Martí tratassem seu sangue para aumentar o nível de hemoglobina.
O sangue era posteriormente transportado para os quartos de hotel dos ciclistas para que fossem reinjetados nos atletas.
Lance Armstrong anunciou na semana passada que não vai recorrer das acusações por doping e conspiração em que a USADA se apoiou para retirar todos os títulos do atleta e em seu banimento perpétuo do esporte.
Redação Central - O ciclista americano Tyler Hamilton vai publicar uma autobiografia em que garante ter compartilhado práticas de doping com seu compatriota Lance Armstrong enquanto ambos eram companheiros da equipe US Postal.
O livro intitulado: ''The Secret Race: Inside the Hidden World of the Tour de France: Doping, Cover-ups, and Winning at All Costs.'' (''A corrida secreta: dentro do mundo oculto do Tour de France. Doping, encobrimentos e vitórias a qualquer custo'', em tradução livre), foi escrito em conjunto pelo ex-ciclista e Daniel Coyle - autor de ''A Guerra de Lance Armstrong'' - com publicação prevista para o próximo dia 5 de setembro.
O ciclista americano foi uma das testemunhas principais do caso aberto pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) contra Armstrong por doping e conspiração.
O jornal ''New York Daily News'' conseguiu uma cópia do livro e relata um inesperado encontro entre Hamilton e Armstrong em um restaurante de Aspen pouco depois da entrevista do primeiro para o programa ''60 minutes'', na qual falou das provas que tinha transferido à investigação criminal federal.
''Quando estiver no banco dos réus, vamos te fazer em pedacinhos. Vai parecer um idiota'', disse Armstrong a Hamilton naquele encontro.
Hamilton também garante que está convencido que, assim que iniciou a cooperação com a investigação federal, teve seus telefones e e-mails ''grampeados''.
O ex-ciclista explica que começou a se dopar antes da chegada de Armstrong à equipe em 1998, mas que o sete vezes campeão do Tour de France lhe forneceu eritropoietina (EPO) antes da edição da prova em 1999. Naquela época ambos se alojavam na mesma casa em Nice.
Hamilton também fornece detalhes sobre o plano de doping da equipe na corrida, com o conhecimento e a aprovação do heptacampeão. A estratégia incluía um motociclista que entregava garrafas térmicas com EPO aos competidores ao longo da prova.
Além disso, afirma que os responsáveis pela equipe encorajavam e supervisionavam o uso de substâncias para aumentar o rendimento.
Antes do Tour de 2000, Armstrong, Hamilton e seu companheiro de equipe Kevin Livingston viajaram à Espanha para que o doutor Luis García del Moral e o preparador físico José Martí tratassem seu sangue para aumentar o nível de hemoglobina.
O sangue era posteriormente transportado para os quartos de hotel dos ciclistas para que fossem reinjetados nos atletas.
Lance Armstrong anunciou na semana passada que não vai recorrer das acusações por doping e conspiração em que a USADA se apoiou para retirar todos os títulos do atleta e em seu banimento perpétuo do esporte.