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Ações por diversidade no Oscar podem demorar para ter frutos

A organizadora do Oscar lançou campanha pela diversificação de seus votantes, mas a mais alta honraria do cinema ainda pode continuar predominantemente branca

Oscar: a composição majoritariamente branca, masculina e mais velha dos mais de 6 mil profissionais da indústria que pertencem à Academia tem sido citada como um obstáculo à igualdade racial e de gênero (Lucas Jackson / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2016 às 11h03.

Los Angeles - A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, organizadora da cerimônia anual do Oscar , lançou uma campanha pela diversificação de seus membros votantes, que são as pessoas que decidem que atores, filmes e cineastas serão premiados, mas a mais alta honraria de Hollywood pode continuar predominantemente branca por enquanto.

Em meio a uma onda de protestos contra a falta de indicados negros ao Oscar pelo segundo ao consecutivo, a Academia anunciou na sexta-feira um amplo programa de ação afirmativa, prometendo dobrar a participação feminina e de representantes de minorias até 2020.

A composição majoritariamente branca, do sexo masculino e mais velha dos mais de 6 mil profissionais da indústria cinematográfica que pertencem à Academia tem sido citada como um obstáculo à igualdade racial e de gênero no Oscar.

"Esse tipo de reformulação drástica não tem precedentes na Academia", disse Tom O'Neil, editor do site Gold Derby. "É um anúncio muito dramático e um avanço muito bem-vindo." Algumas pessoas insistem que o Oscar apenas reflete outros obstáculos sistemáticos que têm sido enfrentados pelas mulheres e minorias em Hollywood.

As alterações, aprovadas por unanimidade na noite de quinta pelo Conselho de Administração da Academia, incluem um programa para "identificar e recrutar novos membros qualificados que representem mais diversidade" e a retirada do direito a voto de alguns dos membros mais antigos.

Segundo as novas regras, o direito permanente ao voto será atribuído apenas aos membros da Academia que permanecerem ativos na indústria do cinema ao longo de três a dez anos ou àqueles que ganharam ou foram nomeados a um Oscar.

Até agora nenhuma declaração foi anunciada por parte do ator Will Smith, do diretor de cinema Spike Lee ou dos outros participantes do grupo que prometeu boicotar a cerimônia do dia 28 de fevereiro, esclarecendo se as mudanças são suficientes para motivar o cancelamento do movimento.

Nenhuma das novas medidas afetará a votação deste ano do Oscar, cuja falta de diversidade racial levou ao renascimento no Twitter da campanha #OscarsSoWhite (#OscarsTãoBrancos), que havia surgido em 2015.

O desafio para um progresso de longo prazo é enfrentar um sistema branco profundamente enraizado, dominado pelos magnatas dos estúdios, pelas agências de talentos e produtoras, que não têm sido ágeis para acolher as minorias nos papéis principais ou atuando como diretores e roteiristas. Mulheres têm enfrentado problemas similares há muito tempo.

"O Oscar é o cosmético da indústria. A infraestrutura é o problema", disse Felix Sanchez, presidente da Fundação Nacional Hispânica para as Artes.

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Em meio a uma onda de protestos contra a falta de indicados negros ao Oscar pelo segundo ao consecutivo, a Academia anunciou na sexta-feira um amplo programa de ação afirmativa, prometendo dobrar a participação feminina e de representantes de minorias até 2020.

A composição majoritariamente branca, do sexo masculino e mais velha dos mais de 6 mil profissionais da indústria cinematográfica que pertencem à Academia tem sido citada como um obstáculo à igualdade racial e de gênero no Oscar.

"Esse tipo de reformulação drástica não tem precedentes na Academia", disse Tom O'Neil, editor do site Gold Derby. "É um anúncio muito dramático e um avanço muito bem-vindo." Algumas pessoas insistem que o Oscar apenas reflete outros obstáculos sistemáticos que têm sido enfrentados pelas mulheres e minorias em Hollywood.

As alterações, aprovadas por unanimidade na noite de quinta pelo Conselho de Administração da Academia, incluem um programa para "identificar e recrutar novos membros qualificados que representem mais diversidade" e a retirada do direito a voto de alguns dos membros mais antigos.

Segundo as novas regras, o direito permanente ao voto será atribuído apenas aos membros da Academia que permanecerem ativos na indústria do cinema ao longo de três a dez anos ou àqueles que ganharam ou foram nomeados a um Oscar.

Até agora nenhuma declaração foi anunciada por parte do ator Will Smith, do diretor de cinema Spike Lee ou dos outros participantes do grupo que prometeu boicotar a cerimônia do dia 28 de fevereiro, esclarecendo se as mudanças são suficientes para motivar o cancelamento do movimento.

Nenhuma das novas medidas afetará a votação deste ano do Oscar, cuja falta de diversidade racial levou ao renascimento no Twitter da campanha #OscarsSoWhite (#OscarsTãoBrancos), que havia surgido em 2015.

O desafio para um progresso de longo prazo é enfrentar um sistema branco profundamente enraizado, dominado pelos magnatas dos estúdios, pelas agências de talentos e produtoras, que não têm sido ágeis para acolher as minorias nos papéis principais ou atuando como diretores e roteiristas. Mulheres têm enfrentado problemas similares há muito tempo.

"O Oscar é o cosmético da indústria. A infraestrutura é o problema", disse Felix Sanchez, presidente da Fundação Nacional Hispânica para as Artes.

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