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Acervo de arte saqueado por nazistas é achado em Munique

As 1.500 peças, desaparecidas havia mais de 70 anos e descobertas por acaso por autoridades alfandegárias na Baviera, em 2011, podem valer bem mais de €1 bilhão


	Homem observa obras de arte de exposição de curadoria nazista: peritos estão avaliando as pinturas, desenhos e gravuras, colocados em um depósito da alfândega
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Homem observa obras de arte de exposição de curadoria nazista: peritos estão avaliando as pinturas, desenhos e gravuras, colocados em um depósito da alfândega (.)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 13h34.

Berlim - Um vasto acervo de arte moderna saqueado durante o regime nazista na Alemanha, incluindo obras de Picasso, Matisse e Chagall, foi encontrado em um apartamento de Munique, cidade do Estado da Baviera, no sul do país, em meio a um amontoado de alimentos estragados, informou a revista alemã Focus.

As 1.500 peças, desaparecidas havia mais de 70 anos e descobertas por acaso por autoridades alfandegárias na Baviera, em 2011, podem valer bem mais de 1 bilhão de euros (1,3 bilhão de dólares), de acordo com a Focus.

Não há detalhes sobre por que levou tanto tempo para divulgarem o achado. Autoridades da Baviera não quiseram fazer comentários sobre o acervo, que pode ser uma das maiores recuperações de obra de arte pilhada pelos nazistas.

Segundo a Focus, peritos estão avaliando as pinturas, desenhos e gravuras, colocados em um depósito da alfândega, e tentando determinar quem eram seus proprietários.

Algumas já podem ter sido exibidas em museus alemães, mas removidas a partir de 1937 porque o Terceiro Reich, de Hitler, as considerava "degeneradas", enquanto outras foram expropriadas ou tiveram de ser vendidas por bagatelas por seus colecionadores, judeus perseguidos pelos nazistas.

A revista diz que a coleção incluiria uma pintura de uma mulher feita por Matisse, que pertencia a Paul Rosenberg, colecionador judeu residente em Paris.

Investigadores da alfândega descobriram as obras em 2011, depois que um homem de 76 anos que viajava de trem de Zurique para Munique levantou suspeitas na fronteira por carregar uma mala com grande quantidade de dinheiro, apesar de a quantia não estar em situação ilegal.

O homem era Cornelius Gurlitt, filho do marchand Hildebrand Gurlitt, que no começo do século 20 era especialista em arte moderna, a qual os nazistas consideravam antialemã.

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