Você sabe o que é “grumpy staying”? Tendência do mercado americano parece que chegou no Brasil
Estudo mostra que 91% dos entrevistados já permaneceram em algum emprego mesmo se sentindo insatisfeitos
Repórter
Publicado em 4 de agosto de 2023 às 07h00.
Após a tendência conhecida como a “grande renúncia”, fenômeno que levou centenas de trabalhadores qualificados a pedir demissão, o comportamento das pessoas no ambiente profissional sofreu diversas mudanças. Outra onda foi o “quiet quitting”, em que profissionais defendiam limites bem estabelecidos entre trabalho e vida pessoal, correspondendo às obrigações, mas não fazendo mais ou menos do que o acordado no contrato.
Agora, uma nova tendência que já está impactando o mercado de trabalho americano é o “grumpy staying”, que, em tradução literal, significa algo como “ ficando, mas de mau humor ”. A expressão está sendo utilizada para designar um novo movimento de profissionais descontentes com as suas funções que, no entanto, permanecem em seus empregos, ainda que contrariados.
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Esse movimento de mercado pode chegar no Brasil e um estudo da Robert Half , dividido em dois levantamentos, já mostram seus indícios:
- No primeiro levantamento, com 1.755 votos, o estudo mostra que 91% dos entrevistados já permaneceram em algum emprego mesmo se sentindo insatisfeitos.
Quais fatores levam ao “grumpy staying”?
O outro questionamento, com 1.302 participações, mapeou os fatores que podem levar profissionais a essa situação. Entre as causas, se destacam:
- Não achar novas oportunidades: 42%
- Incerteza nos rumos do mercado: 21%
- Medo de mudanças: 19%
- Estabilidade do emprego: 19%
Essas ondas representam uma resposta dos profissionais a anos intensos de trabalho em meio a um contexto de forte desgaste psicológico , afirma Lucas Nogueira, diretor regional da Robert Half.
“Independentemente das motivações, hoje os profissionais estão mais propensos a tomar consciência dos próprios descontentamentos com relação ao trabalho. Em cenários como esse, aplicar uma gestão próxima, empática, que inspire confiança, é fundamental. É preciso ter em mente que o que estimula as pessoas a ser a melhor versão de si é uma combinação cuidadosa de liderança e gestão."
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