Futuro do trabalho: no pós-pandemia, tudo será novo (Fanatic Studio/Gary Waters/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)
Victor Sena
Publicado em 25 de dezembro de 2020 às 07h00.
Momentos de crise, como o que tem sido vivido em 2020 devido à pandemia, costumam virar algumas coisas de cabeça para baixo.
Entre as tendências para 2021, a Accenture aponta a transformação do trabalho, com mais digitalização e o crescimento do home office, tendência já abordada pela EXAME na última reportagem de capa da revista.
A pesquisa destaca que o futuro do trabalho ainda não está claro, mas os acordos recíprocos entre funcionários e empregadores já foram colocados em xeque, principalmente porque a gestão de equipes remotas traz grandes desafios. No pós-pandemia, tudo será novo.
Como engajar o funcionário? Como fazer a integração? Até onde a empresa pode determinar a forma com que as empresas trabalham? A pesquisa Fjord Trends 2021 mostra as quatro áreas que devem receber a atenção das empresas para se adaptar à nova realidade.
Para garantir produtividade no home office, a tecnologia é essencial. Tanto hardware como software devem revolucionar as experiências de trabalho em casa. As empresas que investem neles mais cedo podem ganhar uma vantagem competitiva.
As abordagens aos funcionários sobre cultura corporativa precisarão ser adaptadas para equipes virtuais. Apesar disso, as empresas devem reconhecer que muitas variáveis que constituem a cultura não estão sob seu controle, como as comunicações entre colegas.
Existem oportunidades para inovar em torno da valorização de talentos. As faixas salariais baseadas apenas em cargos precisarão ser repensadas, enquanto no recrutamento o trabalho remoto permite que os empregadores tenham uma área de busca mais ampla do que nunca. Esse tem sido apontado como um dos efeitos do chamado anywhere office. Há uma tendência de globalização dos profissionais.
O apoio para o trabalho em casa se tornará um privilégio do funcionário, com pacotes que incluem desde banda larga e móveis até creche e apoio para idosos.
Garantir que os trabalhadores domésticos realizem as tarefas atribuídas é um desafio crescente para os empregadores, levantando uma série de questões sobre controle.
Por exemplo, a implementação de cibersegurança efetiva para funcionários remotos será essencial, mas destacará questões relacionadas à privacidade. Empresas têm desenvolvido softwares de segurança, como a brasileira Unike, que aposta na tecnologia de inteligência artificial para impedir que funcionários copiem dados da tela ao pegarem um celular ou caneta.
Por fim, a pesquisa dá três dicas para os líderes que estão com equipes remotas: