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Vagas exclusivas para mães: Kimberly-Clark lança programa para reinserir mulheres no mercado

Multinacional irá oferecer posições efetivas e temporárias para mulheres que são mães; podem se inscrever profissionais que estão fora do mercado independente do tempo afastadas

(Kimberly-Clark/Divulgação)
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Luciana Lima

Publicado em 14 de setembro de 2022 às 12h19.

Última atualização em 15 de setembro de 2022 às 10h16.

A Kimberly-Clark, multinacional norte-americana de produtos de higiene pessoal, anunciou o lançamento de um programa para reinserir mães no mercado de trabalho.

Batizada de Working Moms, a iniciativa irá oferecer posições temporárias e efetivas exclusivamente para mulheres.

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A ideia, segundo Felipe Balbino, diretor de recursos humanos daKimberly-Clarkno Brasil, é ter um banco de talentos no qual as mulheres irão se cadastrar.

Quando a empresa abrir uma vaga que corresponda ao perfil das profissionais, automaticamente o sistema irá avisá-las.

"Também teremos um olhar para as situações em que, quando houver dois candidatos com as competências que procuramos e um deles for mãe, vamos priorizá-las", diz o executivo.

A iniciativa começou no Peru, em 2020, e já é realizada na Costa Rica, Chile, Bolívia e Colômbia. Ao todo, 18 mulheres já foram contratadas nesses países por meio do programa. No Brasil, irão existir vagas para um prazo determinado de seis meses ou efetivas.

"Quisemos oferecer as duas opções de modelo de trabalho para abranger tanto aquela mulher que está decidindo se quer voltar para o mercado de trabalho quanto aquela que já tomou a decisão de retornar", diz Balbino.

Também poderão se inscrever mulheres que são mães independente do período em que estão fora do mercado de trabalho.

"Seria injusto criar uma regra que limitasse esse tempo. Uma mulher que teve uma carreira de dez anos e parou por três por causa da maternidade não esqueceu o que aprendeu nessa década. Acreditamos que existem muitas profissionais boas que precisam apenas de uma oportunidade", completa o executivo.

Mesmo as contratadas para as posições temporárias terão acesso a todos os benefícios e programas de desenvolvimento dedicados às mulheres dentro da companhia.

Entre as práticas da Kimberly-Clark estão programas de aceleração de carreira exclusivos para profissionais do gênero feminino e de mentoria com executivas da multinacional.

Atualmente, a companhia atua em modelo híbrido, em que 60% do tempo os funcionários trabalham home-office e 40% presencialmente. Segundo Balbino, outras flexibilidades também poderão ser acordadas com as mães de acordo com a necessidade de cada uma delas.

De acordo com o executivo, o Working Moms é a continuação de uma série de ações que a Kimberly-Clark criou para incluir as mulheres que são mães na organização.

Entre elas estão: licença-maternidade de seis meses, sala de amamentação nos escritórios e pagamento de despesas de acompanhantes para aquelas com filhos de até um ano que tenham de viajar a trabalho.

Ainda hoje a maternidade e a carreira significam escolhas antagônicas para mulheres. 48% das profissionais com filhos são demitidas até dois anos após a licença-maternidade, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas. Outras 52% pausam a carreira em até 12 meses após a licença-maternidade

O Working Moms é uma aposta da empresa para atingir o objetivo de, próximos 10 anos, alcançar a paridade de gênero em cargos de gestão globalmente. Na América Latina, atualmente, as mulheres ocupam 39,6% das posições de liderança da Kimberly-Clark.

As interessadas devem se cadastrar no banco de talentos da Kimberly-Clark por meio do site de carreiras da empresa.

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