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Presidente do JP Morgan caiu por acaso no mercado financeiro

José Berenguer é a prova de que é possível fazer a transição de carreira para o mercado financeiro e ter sucesso

José Berenguer presidente do JP Morgan Brasil: formado em direito (Reprodução/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2016 às 12h34.

Quando pensa em sua graduação, José Berenguer é direto: Foi uma escolha toda errada. Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e hoje presidente do banco de investimentos JP Morgan Brasil, o executivo caiu no mercado financeiro por acaso, mas se apaixonou depressa.

Hoje, ele é prova de que é possível vir de outras formações acadêmicas (além das tradicionais engenharias e administração) e fazer sucesso no mercado financeiro. Ele será o palestrante da Ene Mercado Financeiro, primeira conferência de carreiras organizada pelo Na Prática com foco específico na área financeira. Lá, vai compartilhar sua trajetória e suas decisões de carreira com jovens que almejam trabalhar no mercado financeiro. O evento é gratuito, e é possível obter mais informações e realizar a inscrição por aqui.

Soube no momento que fui para a mesa de operações, aos 18 anos, lembra. Para seu primeiro estágio, Berenguer buscou o Banco Boavista. Queria usar seu tino para línguas para lidar com contratos internacionais, e acabou convidado para trabalhar como operador de câmbio seis meses depois. Foi o fim da minha carreira jurídica, brinca. No vídeo a seguir, ele explica melhor a decisão:

O ano era 1985, e havia tantos telefones espalhados que os funcionários às vezes tinham dificuldades em descobrir qual estava tocando. Anotávamos a posição [da moeda] numa folha de papel vegetal, era totalmente diferente do que é hoje.

O gosto pela adrenalina fez com que o Berenguer continuasse no posto pelos próximos dez anos. No meio tempo, terminou o curso de Direito, do qual se lembra de vez em quando ao lidar com direito administrativo. Com o apoio de chefes inspiradores e cursos complementares, o executivo foi se interessando por gestão e estratégia e galgando os degraus do mundo financeiro até chegar ao topo de uma das mais tradicionais instituições bancárias do mundo.

A seguir, ele fala sobre as características que destacam um profissional – de qualquer formação – no mercado financeiro:

https://youtube.com/watch?v=CfI-IM23mBM

Aprendi tudo que sei sobre banco, economia, contabilidade, matemática financeira on the job, resume. No meu tempo, você conhecia o chão da fábrica e hoje falta gente com essa formação bancária, que conhece os detalhes.

Por isso, quando pensa no que destaca um jovem profissional hoje, Berenguer lista vontade entre as características fundamentais. Ao lado de dedicação, identificação com a cultura de negócios da empresa e pensamento a longo prazo, é o que faz toda a diferença na hora de encarar novos desafios.

*Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal de carreira da Fundação Estudar

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Quando pensa em sua graduação, José Berenguer é direto: Foi uma escolha toda errada. Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e hoje presidente do banco de investimentos JP Morgan Brasil, o executivo caiu no mercado financeiro por acaso, mas se apaixonou depressa.

Hoje, ele é prova de que é possível vir de outras formações acadêmicas (além das tradicionais engenharias e administração) e fazer sucesso no mercado financeiro. Ele será o palestrante da Ene Mercado Financeiro, primeira conferência de carreiras organizada pelo Na Prática com foco específico na área financeira. Lá, vai compartilhar sua trajetória e suas decisões de carreira com jovens que almejam trabalhar no mercado financeiro. O evento é gratuito, e é possível obter mais informações e realizar a inscrição por aqui.

Soube no momento que fui para a mesa de operações, aos 18 anos, lembra. Para seu primeiro estágio, Berenguer buscou o Banco Boavista. Queria usar seu tino para línguas para lidar com contratos internacionais, e acabou convidado para trabalhar como operador de câmbio seis meses depois. Foi o fim da minha carreira jurídica, brinca. No vídeo a seguir, ele explica melhor a decisão:

O ano era 1985, e havia tantos telefones espalhados que os funcionários às vezes tinham dificuldades em descobrir qual estava tocando. Anotávamos a posição [da moeda] numa folha de papel vegetal, era totalmente diferente do que é hoje.

O gosto pela adrenalina fez com que o Berenguer continuasse no posto pelos próximos dez anos. No meio tempo, terminou o curso de Direito, do qual se lembra de vez em quando ao lidar com direito administrativo. Com o apoio de chefes inspiradores e cursos complementares, o executivo foi se interessando por gestão e estratégia e galgando os degraus do mundo financeiro até chegar ao topo de uma das mais tradicionais instituições bancárias do mundo.

A seguir, ele fala sobre as características que destacam um profissional – de qualquer formação – no mercado financeiro:

https://youtube.com/watch?v=CfI-IM23mBM

Aprendi tudo que sei sobre banco, economia, contabilidade, matemática financeira on the job, resume. No meu tempo, você conhecia o chão da fábrica e hoje falta gente com essa formação bancária, que conhece os detalhes.

Por isso, quando pensa no que destaca um jovem profissional hoje, Berenguer lista vontade entre as características fundamentais. Ao lado de dedicação, identificação com a cultura de negócios da empresa e pensamento a longo prazo, é o que faz toda a diferença na hora de encarar novos desafios.

*Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal de carreira da Fundação Estudar

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