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Soluções das empresas para o caso de faltar água no trabalho

Diante da crise hídrica e da possibilidade de interrupções no abastecimento de água, algumas empresas organizaram esquemas alternativos de trabalho. Saiba quais

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2015 às 17h49.

BANCO DE HORAS

Algumas empresas planejam dispensar os funcionários nos dias mais críticos e adotar um esquema de compensação futura por meio de um banco de horas. É o caso da fabricante de bebidas Bacardi, com sede em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O sistema de banco de horas deve ser adotado tanto para os operários da fábrica como para os trabalhadores administrativos.

Como lidar

• Prepare um cronograma definindo datas para a conclusão de cada tarefa, já que você terá menos tempo para executar as mesmas atividades. “Adote um sistema parecido ao das vésperas de feriado, em que nos desdobramos para dar conta de tudo em uma semana menor”, diz Paulo Moraes, gerente executivo da Talenses, empresa de recrutamento de São Paulo.

• Dedique o tempo no escritório totalmente ao trabalho e deixe compromissos pessoais para os dias de dispensa.

• Nos dias em que for compensar as horas devidas e prolongar a jornada, procure fazer pausas ao longo do dia, para que o tempo a mais no trabalho seja realmente produtivo.

JORNADA REDUZIDA

A agência de publicidade DM9DDB, na capital paulista, é uma das que podem adotar a jornada reduzida em caso de piora da crise hídrica. A empresa já testou esse modelo no ano passado, com a liberação dos empregados a partir das 16 horas das sextas-feiras durante o horário de verão. “Já fizemos essa experiência e vimos que as pessoas se engajaram bastante, e o resultado foi mais produtividade e qualidade no trabalho, o que nos deixa tranquilos caso precisemos repetir essa medida”, afirma Maria Eduarda Lomanto, diretora de RH da DM9DDB, de São Paulo.

Como lidar

• Diminua o tempo no cafezinho, nas conversas paralelas e nas redes sociais e seja mais objetivo nas reuniões.

• Não deixe suas entregas para a última hora. Não dá para correr o risco de atrasar o atendimento a um cliente porque você não pediu a aprovação de seu chefe a tempo.

• Comunique outros departamentos e parceiros de negócios de seu novo horário nesse período, para que eles também possam se programar.

REVEZAMENTO

A VIS Corretora, de São Paulo, testou em dezembro um sistema pelo qual os funcionários que terão jornada reduzida se revezam. “Fizemos um esquema de rodízio, liberando 70% do escritório em cada sexta-feira a partir das 14 horas”, diz Nicholas Weiser, CEO da corretora, que tem 25 funcionários. “Ainda não conseguimos medir a produtividade, mas percebemos que os funcionários estão mais motivados, então, não teremos problemas em alongar essa experiência”, afirma.

Como lidar

•  Evite que o afastamento do escritório comprometa seu fluxo de trabalho fazendo um cronograma diário de suas tarefas de curto, médio e longo prazo.

• Renegocie prazos, principalmente com clientes externos, que podem não entender por que algumas demandas estão demorando um pouco mais para ser atendidas.

• Num esquema de revezamento, é fundamental saber dividir e delegar tarefas aos colegas que estarão de plantão enquanto você folga.

HOME OFFICE

No escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados, que tem em São Paulo a maioria de seus 710 funcionários, a crise hídrica acelerou o processo de implantação do home office, disponível para 20% dos advogados. Para isso, o escritório reforçou os servidores e comprou softwares e equipamentos para apoiar o trabalho remoto. “Precisamos assegurar a confidencialidade de nossos clientes”, diz Sólon Cunha, sócio do escritório na área trabalhista. Já a área de recursos humanos da Incube, desenvolvedora de tecnologia móvel e aplicativos com 180 funcionários, na capital paulista, preparou uma escala em que classifica suas áreas segundo o grau de dependência do trabalho presencial e coletivo. Com um agravamento da falta de água, o trabalho remoto — atualmente vigente para 15% do pessoal — seria estendido gradativamente ao restante do quadro, seguindo essa escala. “Mas, se for preciso, 100% da empresa pode entrar em home office”, diz Sheyla Angelotti, diretora de RH da Incube, de São Paulo.

Como lidar

• Em casa, explique à família que sua presença ali não significa que você está de folga e delimite um espaço para trabalhar sem ser interrompido.

• Se o ambiente caseiro não permitir concentração, com crianças e pessoas circulando o tempo todo, procure outros espaços, como cafés e espaços de trabalho compartilhado.

• Em horário de trabalho, o profissional em home office está à disposição da empresa. Por isso, não descuide de e-mails nem do celular.

• Mesmo de longe, mantenha o chefe informado sobre o andamento e a execução das tarefas.

• Prepare-se para os encontros presenciais com dúvidas, sugestões e dados sobre os avanços obtidos durante o período de trabalho remoto. Aproveite essas ocasiões para planejar os próximos dias.

JORNADA REDUZIDA

A agência de publicidade DM9DDB, na capital paulista, é uma das que podem adotar a jornada reduzida em caso de piora da crise hídrica. A empresa já testou esse modelo no ano passado, com a liberação dos empregados a partir das 16 horas das sextas-feiras durante o horário de verão. “Já fizemos essa experiência e vimos que as pessoas se engajaram bastante, e o resultado foi mais produtividade e qualidade no trabalho, o que nos deixa tranquilos caso precisemos repetir essa medida”, afirma Maria Eduarda Lomanto, diretora de RH da DM9DDB, de São Paulo.

Como lidar

• Diminua o tempo no cafezinho, nas conversas paralelas e nas redes sociais e seja mais objetivo nas reuniões.

• Não deixe suas entregas para a última hora. Não dá para correr o risco de atrasar o atendimento a um cliente porque você não pediu a aprovação de seu chefe a tempo.

• Comunique outros departamentos e parceiros de negócios de seu novo horário nesse período, para que eles também possam se programar.

CAMINHÃO-PIPA E BANHEIRO QUÍMICO

Nas empresas e nos departamentos onde não é possível ter flexibilidade de horário, a saída tem sido o investimento em medidas como a perfuração de poços ou a compra de suprimentos adicionais de água. É o caso da Uranet, empresa de call center de São Paulo, com mais de 5 000 colaboradores, que já vem recorrendo a caminhões-pipa para garantir o abastecimento em três de seus cinco endereços na cidade. Em caso de intensificação da crise, a direção já tem um plano para manter os banheiros em funcionamento. “Fizemos acordo com fornecedores de banheiros químicos para o caso de um colapso no fornecimento de água”, diz Roberto Noda, diretor da Uranet.

Como lidar

• Leve de casa água para beber e álcool gel para a higiene das mãos.

• Evite ao máximo o desperdício nas torneiras e na descarga, para que colegas de outros turnos não fiquem sem água.

• Procure ser rápido no uso dos banheiros para que não se formem filas caso alguns sanitários sejam substituídos por versões químicas.

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BANCO DE HORAS

Algumas empresas planejam dispensar os funcionários nos dias mais críticos e adotar um esquema de compensação futura por meio de um banco de horas. É o caso da fabricante de bebidas Bacardi, com sede em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O sistema de banco de horas deve ser adotado tanto para os operários da fábrica como para os trabalhadores administrativos.

Como lidar

• Prepare um cronograma definindo datas para a conclusão de cada tarefa, já que você terá menos tempo para executar as mesmas atividades. “Adote um sistema parecido ao das vésperas de feriado, em que nos desdobramos para dar conta de tudo em uma semana menor”, diz Paulo Moraes, gerente executivo da Talenses, empresa de recrutamento de São Paulo.

• Dedique o tempo no escritório totalmente ao trabalho e deixe compromissos pessoais para os dias de dispensa.

• Nos dias em que for compensar as horas devidas e prolongar a jornada, procure fazer pausas ao longo do dia, para que o tempo a mais no trabalho seja realmente produtivo.

JORNADA REDUZIDA

A agência de publicidade DM9DDB, na capital paulista, é uma das que podem adotar a jornada reduzida em caso de piora da crise hídrica. A empresa já testou esse modelo no ano passado, com a liberação dos empregados a partir das 16 horas das sextas-feiras durante o horário de verão. “Já fizemos essa experiência e vimos que as pessoas se engajaram bastante, e o resultado foi mais produtividade e qualidade no trabalho, o que nos deixa tranquilos caso precisemos repetir essa medida”, afirma Maria Eduarda Lomanto, diretora de RH da DM9DDB, de São Paulo.

Como lidar

• Diminua o tempo no cafezinho, nas conversas paralelas e nas redes sociais e seja mais objetivo nas reuniões.

• Não deixe suas entregas para a última hora. Não dá para correr o risco de atrasar o atendimento a um cliente porque você não pediu a aprovação de seu chefe a tempo.

• Comunique outros departamentos e parceiros de negócios de seu novo horário nesse período, para que eles também possam se programar.

REVEZAMENTO

A VIS Corretora, de São Paulo, testou em dezembro um sistema pelo qual os funcionários que terão jornada reduzida se revezam. “Fizemos um esquema de rodízio, liberando 70% do escritório em cada sexta-feira a partir das 14 horas”, diz Nicholas Weiser, CEO da corretora, que tem 25 funcionários. “Ainda não conseguimos medir a produtividade, mas percebemos que os funcionários estão mais motivados, então, não teremos problemas em alongar essa experiência”, afirma.

Como lidar

•  Evite que o afastamento do escritório comprometa seu fluxo de trabalho fazendo um cronograma diário de suas tarefas de curto, médio e longo prazo.

• Renegocie prazos, principalmente com clientes externos, que podem não entender por que algumas demandas estão demorando um pouco mais para ser atendidas.

• Num esquema de revezamento, é fundamental saber dividir e delegar tarefas aos colegas que estarão de plantão enquanto você folga.

HOME OFFICE

No escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados, que tem em São Paulo a maioria de seus 710 funcionários, a crise hídrica acelerou o processo de implantação do home office, disponível para 20% dos advogados. Para isso, o escritório reforçou os servidores e comprou softwares e equipamentos para apoiar o trabalho remoto. “Precisamos assegurar a confidencialidade de nossos clientes”, diz Sólon Cunha, sócio do escritório na área trabalhista. Já a área de recursos humanos da Incube, desenvolvedora de tecnologia móvel e aplicativos com 180 funcionários, na capital paulista, preparou uma escala em que classifica suas áreas segundo o grau de dependência do trabalho presencial e coletivo. Com um agravamento da falta de água, o trabalho remoto — atualmente vigente para 15% do pessoal — seria estendido gradativamente ao restante do quadro, seguindo essa escala. “Mas, se for preciso, 100% da empresa pode entrar em home office”, diz Sheyla Angelotti, diretora de RH da Incube, de São Paulo.

Como lidar

• Em casa, explique à família que sua presença ali não significa que você está de folga e delimite um espaço para trabalhar sem ser interrompido.

• Se o ambiente caseiro não permitir concentração, com crianças e pessoas circulando o tempo todo, procure outros espaços, como cafés e espaços de trabalho compartilhado.

• Em horário de trabalho, o profissional em home office está à disposição da empresa. Por isso, não descuide de e-mails nem do celular.

• Mesmo de longe, mantenha o chefe informado sobre o andamento e a execução das tarefas.

• Prepare-se para os encontros presenciais com dúvidas, sugestões e dados sobre os avanços obtidos durante o período de trabalho remoto. Aproveite essas ocasiões para planejar os próximos dias.

JORNADA REDUZIDA

A agência de publicidade DM9DDB, na capital paulista, é uma das que podem adotar a jornada reduzida em caso de piora da crise hídrica. A empresa já testou esse modelo no ano passado, com a liberação dos empregados a partir das 16 horas das sextas-feiras durante o horário de verão. “Já fizemos essa experiência e vimos que as pessoas se engajaram bastante, e o resultado foi mais produtividade e qualidade no trabalho, o que nos deixa tranquilos caso precisemos repetir essa medida”, afirma Maria Eduarda Lomanto, diretora de RH da DM9DDB, de São Paulo.

Como lidar

• Diminua o tempo no cafezinho, nas conversas paralelas e nas redes sociais e seja mais objetivo nas reuniões.

• Não deixe suas entregas para a última hora. Não dá para correr o risco de atrasar o atendimento a um cliente porque você não pediu a aprovação de seu chefe a tempo.

• Comunique outros departamentos e parceiros de negócios de seu novo horário nesse período, para que eles também possam se programar.

CAMINHÃO-PIPA E BANHEIRO QUÍMICO

Nas empresas e nos departamentos onde não é possível ter flexibilidade de horário, a saída tem sido o investimento em medidas como a perfuração de poços ou a compra de suprimentos adicionais de água. É o caso da Uranet, empresa de call center de São Paulo, com mais de 5 000 colaboradores, que já vem recorrendo a caminhões-pipa para garantir o abastecimento em três de seus cinco endereços na cidade. Em caso de intensificação da crise, a direção já tem um plano para manter os banheiros em funcionamento. “Fizemos acordo com fornecedores de banheiros químicos para o caso de um colapso no fornecimento de água”, diz Roberto Noda, diretor da Uranet.

Como lidar

• Leve de casa água para beber e álcool gel para a higiene das mãos.

• Evite ao máximo o desperdício nas torneiras e na descarga, para que colegas de outros turnos não fiquem sem água.

• Procure ser rápido no uso dos banheiros para que não se formem filas caso alguns sanitários sejam substituídos por versões químicas.

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