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Prepare-se para a batalha

Para enfrentar a concorrência, leva vantagem quem combina sólida formação acadêmica, domínio de tecno-logias e até trabalho voluntário

Batalha de candidatos (Indio San/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2013 às 14h11.

São Paulo - Os aspirantes ao posto de trainee costumam encarar o segundo semestre como um exercício de guerra. De um lado está o jovem universitário ou recém-formado. Do outro, as empresas que buscam os candidatos que assumirão cargos de liderança no futuro. Entre os dois, há um campo minado de provas, testes online e entrevistas. A concorrência é pesada: muitas vezes a relação candidato–vaga chega perto de 2 000 pessoas. É preciso ter nervos de aço para encarar seleções que podem durar mais de quatro meses.

A tática de sobrevivência de Camila Dinardi, de 24 anos, engenheira de produção e trainee da Unilever, foi ter um objetivo bem claro e definido da área em que pretendia atuar. Ela concorreu com 48 000 candidatos e conquistou uma das 30 vagas do programa em fevereiro de 2010. “Participei de outro processo, mas só para ver como era. Não recomendo atirar para todos os lados”, diz. Camila descreve as etapas finais, com as dinâmicas de grupo e entrevistas com os diretores, como as mais duras da seleção. “Percebi o quanto eram bons os meus concorrentes. Mas mantive a calma e mostrei meus diferenciais com muita humildade e respeito aos demais.”

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Atualmente o comportamento dos candidatos é levado a sério pelos recrutadores — arrogância ou insegurança são traços indesejáveis. “São típicos de chefes  déspotas e são facilmente detectáveis durante o processo seletivo. Esses candidatos são descartados”, afirma Marcio Vinycius Pereira, consultor da Cia de Talentos. Dois quesitos valorizados são o preparo dos jovens e a formação cultural.

Priscila de Azevedo Costa, coordenadora do departamento de carreiras da Veris Faculdade, do Grupo Ibmec, de Minas Gerais, conta que muitos jovens recorrem ao serviço de coaching da instituição, onde são feitas simulações dos testes, das entrevistas e até dos jogos online que as companhias costumam utilizar. “Eles se sentem mais seguros e mais bem preparados durante a seleção real”, diz a coordenadora.

Marcio, da Cia de Talentos, explica que tamanha disputa tem justificativa: “O programa de trainee é a porta da frente para um grande plano de carreira”. Contudo, afirma o consultor, o candidato precisa mostrar que é globalizado, sabe lidar com as ferramentas de tecnologia, tem ótima formação acadêmica e diferenciais suficientes para ganhar uma chance de crescer dentro de uma corporação de grande porte. E faz um alerta: “Quem vai atrás apenas da maior remuneração se frustra. É preciso conhecer e se identificar com os valores e com a cultura da empresa, até para ser aprovado em algumas etapas do processo seletivo”.

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