São Paulo - Em 2015 e no começo de 2016, Vancouver, no
Canadá, foi a cidade que mais atraiu brasileiros interessados em fazer intercâmbio que procuraram a rede de agências Travelmate, segundo pesquisa divulgada pela empresa. Mas, não é só a maior estabilidade do câmbio canadense que tem peso neste resultado. A abertura do país e a permissão de trabalho para os estudantes é que explicam o sucesso do Canadá, entre os brasileiros, segundo Cauê Cardoso, gerente de
cursos no exterior e vistos da Travelmate. “A questão do visto influencia muito, o Canadá tem portas abertas para quem investe em educação. Muita gente se inscreve em um curso de
inglês com objetivo de fazer curso técnico ou de graduação lá e já sai daqui com visto para dois anos, podendo, inclusive, trabalhar”, explica Cardoso. A dificuldade dos estudantes em conseguir permissão de trabalho durante o período de curso nos Estados Unidos, aliada ao dólar americano alto, faz com que o país tenha perdido um pouco do domínio sobre o imaginário do brasileiro, de acordo com o gerente da Travelmate. Pacotes de trabalho temporário para a alta temporada de inverno ou verão, no entanto, fazem bastante sucesso, diz Cardoso. Segundo ele, país que tem atraído menos ultimamente é a Irlanda cujo “boom” na procura ocorreu há alguns anos. “Muitas pessoas nos falam que já há muitos brasileiros lá, mas o país ainda atrai clientes interessados em um bom custo benefício para estudo e trabalho”, diz.
Novos destinos também já começam a surgir e a
Nova Zelândia é um exemplo. “Os
brasileiros amam a Austrália e agora estão descobrindo a Nova Zelândia, que permite que estudantes trabalhem também”, diz. Há 15 anos no mercado, a empresa já realizou mais de 30 mil intercâmbios e, se a crise preocupa, por outro lado também trouxe boas notícias, a começar por uma mudança no perfil dos cursos mais buscados “Antes, tínhamos meses mais estáveis e isso mudou. Mas, estamos notando também um aumento da procura por cursos mais longos, que são produtos mais trabalhosos e que demandam mais serviços de assessoria”, diz Cardoso.
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