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Petrobras anuncia plano para adotar home office permanente

Em pesquisa, cerca de 82% dos funcionários mostrou interesse em adotar o teletrabalho de até três dias. O novo modelo passa a valer a partir de setembro

Petrobras: teletrabalho será oficial a partir de setembro (Sergio Moraes/Reuters)

Petrobras: teletrabalho será oficial a partir de setembro (Sergio Moraes/Reuters)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 31 de agosto de 2020 às 12h22.

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 31, para seus funcionários o plano para adotar o modelo de home office permanente após a pandemia.

A empresa já havia determinado que iria permanecer em home office até o final do ano e avaliar um modelo para manter o teletrabalho após dezembro. A partir do dia 1 de setembro, os funcionários poderão sinalizar ao RH se querem aderir ao novo modelo de home office por até três dias.

A opção não é obrigatória e o profissional pode indicar menor frequência ou até mudar de ideia no futuro.

Mas o gerente executivo de RH, Cláudio Costa, fala que a expectativa é de uma alta aderência da equipe. Segundo pesquisa interna com 13.400 empregados, cerca de 86% classificou a experiência de teletrabalho como ótima ou boa e 82% tem interesse em adotar o teletrabalho em até três dias.

Enquanto a redução do espaço de escritório ainda é um plano para o futuro, o gerente executivo conta que eles planejam uma capacidade para 50% do quadro no presencial.

“Haverá uma redução de custos para a companhia, não há dúvida, mas nosso objetivo com a decisão foi muito mais a eficiência, com o aumento observado na qualidade de vida, produtividade e engajamento”, explica Cláudio Costa.

Na pesquisa, 60% dos empregados disseram que a produtividade aumentou durante o período de quarentena e 34% viram uma manutenção da produtividade. Entre as vantagens, os funcionários apontaram o menor risco de exposição à Covid-19 (92%), ausência de deslocamento para o escritório (91%) e melhor qualidade de vida (64%).

A medida vai valer para todos os funcionários administrativos, até mesmo aqueles vinculados a áreas operacionais. No total, são 28.500 colaboradores espalhados pelo Brasil que terão a opção de trabalhar em casa.

“Nós decidimos a questão agora por consequência da ansiedade sobre como seria o retorno. Agora temos uma regra para adotar o teletrabalho como prática oficial, o que ajuda no planejamento das pessoas”, comenta o executivo.

Além da pesquisa, o executivo conta que eles abriram um canal com as entidades sindicais para colocarem suas preocupações sobre essa mudança. Segundo ele, os dois lados concordaram que um modelo híbrido de trabalho era mais favorável do que o home office todos os dias.

“Acreditamos que gera uma desconexão com a cultura da empresa, entre os colegas e o gestor. Para a Petrobras, uma empresa com grande complexidade e espalhada geograficamente, permitir o teletrabalho nessa escola é extremamente inovador para o mercado brasileiro”, diz.

Para Costa, o período foi de aprendizado e inovação no uso de tecnologia pelo negócio, especialmente na área de RH. A pesquisa de opinião sobre o home office e nova ferramenta online para indicar a adesão ao modelo são exemplos disso.

“Antes era uma complexidade gerar uma reunião com 2 a 3 mil pessoas por videoconferência. Hoje, conseguimos agendar uma reunião com 15 a 16 mil participantes do dia para a noite. Tivemos uma quebra de paradigmas e criamos uma mentalidade de trabalho”, diz o executivo.

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