São Paulo- A EF divulgou hoje pesquisas globais de domínio de inglês e a novidade fica por da pesquisa feita por área de trabalho. Foram avaliados mais de 510 mil pessoas em 40 países de 16 diferentes setores.
Surpreende que áreas diretamente ligadas à internacionalização como aviação e logística tenham ido mal, segundo o relatório da pesquisa que traz também a variação de acordo com as funções. Nota-se, por exemplo, que executivos sabem menos inglês do que gerentes abaixo deles.
“Esse padrão é provavelmente um resultado das diferenças entre as gerações, já que as habilidades com a língua inglesa tendem a ser menores entre adultos mais velhos do que entre jovens profissionais”, diz o texto divulgado com a pesquisa.
Como funciona o índice de pontuação da pesquisa
Na correspondência com o CEFR (Common European Framework of Reference – Quadro Europeu Comum de Referência), a faixa de proficiência muito alta corresponde ao nível B2. As faixas de proficiência alta, moderada e baixa correspondem ao nível B1 do CEFR. A faixa de proficiência muito baixa corresponde ao nível A2 do CEFR.
A seguir, confira o ranking dos setores segundo o domínio da língua inglesa.
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1 /16(Getty Images)
Setor | Serviços de consultoria e profissionais |
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Nível de proficiência | alto |
Entre todos os países pesquisados, o setor de consultoria foi o que se saiu melhor. Segundo o relatório, consultores são um dos poucos profissionais que têm habilidades operacionais com a língua inglesa, aptos a usar o idioma em relações profissionais complexas e variadas.
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2 /16(Ueslei Marcelino/Reuters)
Setor | Engenharia |
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Nível de proficiência | alto |
Com característica global marcante, como no caso das consultorias, o setor de engenharia apresenta nível de proficiência alto. No entanto, a variação é grande de acordo com a função. Profissionais que trabalham nas funções de construção, educação e treinamento apresentaram nível muito baixo de domínio. Já os consultores do setor de engenharia foram os que mais se destacaram na avaliação, com domínio muito alto do idioma.
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3 /16(Fernando Vivas)
Setor | Alimentos Bebidas e Tabaco |
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Nível de proficiência | moderado |
A atuação regionalizada explica o resultado modesto do setor, segundo o relatório. A exceção ao foco local, diz o texto, fica por conta dos profissionais que trabalham diretamente com exportação. Profissionais das áreas de marketing foram melhor e apresentaram domínio moderado, assim como as áreas de produtos, engenharia e gerência executiva. Por outro lado, os vendedores se saíram mal, com nível de proficiência muito baixo.
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4 /16(.)
Setor | Contabilidade, bancos e finanças |
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Nível de proficiência | moderado |
Nesse setor, profissionais das áreas de TI, finanças e recursos humanos são aqueles que mais têm domínio do inglês. Já, os gerentes executivos apresentaram os piores níveis de conhecimento, com proficiência muito baixa, destaca o relatório.
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5 /16(foto/Getty Images)
Setor | Tecnologia da informação |
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Nível de proficiência | moderado |
A pontuação é alta para vários cargos e o relatório destaca que o inglês é a linguagem da computação. “Seis das 10 principais empresas de TI do mundo por volume de negócios são americanas, o que impõe uma intensa força seletiva em direção a falantes da língua inglesa no pool de talentos do setor”, diz o texto.
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6 /16(Loic Venance/AFP)
Setor | Saúde e produtos farmacêuticos |
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Nível de proficiência | moderado |
O nível intermediário de domínio de inglês entre profissionais do setor surpreende já que a língua tem grande importância na área de pesquisas médicas e científicas, destaca o relatório. Gerentes executivos foram mal, com domínio baixo de inglês, assim como profissionais de marketing, vendas e contabilidade.
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7 /16(Dreamstime)
Setor | Mídia, esportes e entretenimento |
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Nível de proficiência | moderado |
O setor é o último do grupo dos setores com nível de proficiência moderada, ou seja, a maioria dos profissionais em 40 países tem domínio intermediário do idioma.
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8 /16(Bounds/Bloomberg News)
Setor | Automotivo |
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Nível de proficiência | baixo |
Profissionais do setor automotivo apresentaram nível baixo de domínio, mas, vale destacar, se saíram melhor do que colegas da área de aviação.
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9 /16(.)
Setor | Fabricação |
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Nível de proficiência | baixo |
É uma área bastante plural, abrange desde grandes empresas multinacionais a pequenas indústrias artesanais. Por isso, a pontuação geral não diz muita coisa já que não mostra essa diversidade. O relatório aponta que funcionários das áreas de transporte e armazenagem foram pior na avaliação, com 38 pontos na escala do EF EPI-c. Profissionais em cargos de investigação científica e os gerentes executivos apresentaram as melhores notas, chegando ao domínio intermediário.
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10 /16(rendo79/SXC)
Setor | Telecomunicações |
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Nível de proficiência | baixo |
Os profissionais do setor responsáveis pela educação e formação tiveram a maior pontuação (domínio alto). Já funcionários da área de engenharia, contabilidade, administração e atendimento ao cliente foram mal, com nível muito baixo de proficiência.
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11 /16
Setor | Aviação |
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Nível de proficiência | baixo |
Mesmo sendo o idioma oficial de comunicação, o inglês ainda é um desafio para o setor de aviação e, segundo o relatório da pesquisa, “é preocupante não haver uma pontuação acima do nível intermediário” em nenhum dos cargos pesquisados. A boa notícia, no entanto, é que também não houve pontuação abaixo do nível intermediário (com nível de proficiência de moderado a baixo). Pilotos foram classificados com nível moderado enquanto a tripulação de cabine apresentou nível baixo de domínio de inglês.
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12 /16(Ana Cecilia Rezende/Site Exame)
Setor | Mineração e energia |
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Nível de proficiência | baixo |
O conhecimento aumenta de acordo com a hierarquia, segundo a pesquisa. Enquanto funcionários das áreas de extração e fabricação têm domínio baixo, profissionais das áreas administrativas e da gerência executiva vão melhor e chegam ao nível intermediário.
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13 /16(.)
Setor | Defesa e segurança |
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Nível de proficiência | muito baixo |
A área de defesa e segurança é a primeira do grupo dos setores em que a maioria foi mal na avaliação, ficando com o pior nível de proficiência de inglês.
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14 /16(Thinkstock/Thinkstock)
Setor | Educação |
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Nível de proficiência | muito baixo |
Profissionais da área de educação dos 40 países pesquisados também foram mal na avaliação do domínio de inglês.
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15 /16(Julio Aguiar/Creative Commons)
Setor | Público |
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Nível de proficiência | muito baixo |
Os servidores públicos ficaram em penúltimo lugar do ranking. Funcionários desse setor não atingiram nem 50 pontos na escala de proficiência do EF EPI-c.
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16 /16
Setor | Logística |
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Nível de proficiência | muito baixo |
“É surpreendente que a proficiência em inglês nesse setor seja a mais baixa dos 16 setores pesquisados no EF EPI-c. Todas as funções, com exceção da cadeia de suprimentos/logística, se enquadram nas (duas) menores faixas de proficiência”, destaca o relatório da pesquisa, pontuando que é da natureza da logística a operação “entre fronteiras”. O domínio muito baixo do idioma é regra para funcionários dos seguintes departamentos: educação/treinamento, contabilidade, transporte e armazenagem, engenharia, recursos humanos e administração.