Carreira

Nove regras para assistir aos jogos da Copa no trabalho

Descubra como torcer pela seleção brasileira sem perder a credibilidade na sua empresa - e aprenda a se beneficiar com isso

Torcedor brasileiro na Copa: Abusar na fantasia e perder a compostura são os principais deslizes de quem assiste aos jogos no trabalho (.)

Torcedor brasileiro na Copa: Abusar na fantasia e perder a compostura são os principais deslizes de quem assiste aos jogos no trabalho (.)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

São Paulo - Se nossas preces forem atendidas, até o próximo dia 11 de julho cada um dos mais de 190 milhões de brasileiros estará comprometido com uma mesma saga - conquistar o sexto título da seleção em uma Copa do Mundo.

Até lá, serão sete jogos. Desses, pelo menos cinco serão em dias úteis. Já que as partidas serão disputadas durante o horário do expediente, é bem provável que você os acompanhe ao lado dos seus colegas de trabalho. Na empresa.

O momento será de descontração e informalidade. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados para não acabar com sua credibilidade diante de seus pares. Conversamos com a consultora de etiqueta empresarial Célia Leão para saber quais as regras para esse tipo de ocasião. Confira as nove dicas

1.    Uniforme? Só em campo
Patriotismo sempre pega bem. Mas falta de senso estético, não. Por isso, cuidado com as combinações de cores durante a Copa. "Lugar de bandeira é no mastro", diz Célia.

Para quem, por superstição, não assiste a um jogo da seleção sem o uniforme, a consultora diz que o ideal é vesti-lo apenas na hora da partida. A dica é ser sempre sóbrio e discreto.

2.    Deixe a histeria para o Dunga
Palavrões e gritos exagerados devem ser banidos da torcida organizada durante o horário de expediente. Perde credibilidade quem banca o descontrolado perto dos colegas de trabalho ou do chefe.

Lembre-se que, por maior que seja sua raiva, de nada vai adiantar xingar os jogadores que estão a um oceano inteiro de distância. Durante o expediente, prefira deixar essa tarefa para o professor Dunga.

3.     Não seja um cheerleader
É fato. Quanto mais perto de conquistar o caneco do hexa o Brasil estiver, mais difícil será conter o espírito (entusiasta) de líder de torcida. Mas contenha-se.

Quando sentir que não consegue segurar suas emoções, visualize-se tendo que encarar uma reunião importante com seu chefe logo depois de dançar "Single Ladies" ou "Rebolation" na frente dele, durante um jogo da seleção.

4.    Cartão vermelho para as vuvuzelas

O ruído enigmático das vuvuzelas, tão simbólico nesta Copa, deve ser banido durante o horário do expediente. E isso é consenso até na FIFA. Na abertura dos jogos deste ano, a federação vetou o uso da simpática corneta.

Siga este exemplo. Apostamos que você não gostaria de ficar conhecido como a pessoa que acabou com os tímpanos do presidente da empresa.

5.     A disputa está restrita ao campo
Se no calor da partida, os atritos entre atletas podem render até uma expulsão, imagine as consequências para sua carreira caso você decida incendiar uma polêmica futebolística entre seus colegas de trabalho.

Já que futebol é terreno de paixões arrematadoras, fuja dos assuntos que possam acabar com sua racionalidade e liberar todos seus impulsos animais.


Comentários sobre a atuação dos atletas em campo até são liberados. Mas, dê cartão vermelho aos tópicos que podem dar brecha para que você perca a cabeça. Manter uma relação amistosa no trabalho é muito mais importante do que a pose de que é especialista em futebol.

6.    Faça networking - sem excessos

Por outro lado, os jogos da copa do mundo também podem ser uma ótima oportunidade para estreitar as relações com os outros funcionários da sua empresa.

Aproveite esse momento para conhecer novas pessoas, rever contatos antigos e mostrar-se interessante. "Todo momento é momento para ampliar seu networking", afirma Célia Leão. "Essa é a hora para sair da panela".

Mas, tenha cautela. "Começar a falar de negócios ali é querer queimar seu filme", afirma a consultora.

7.    90 minutos. E só

A tentação para passar o resto do expediente comentando os passes mais cabulosos da partida é grande. Bem sabemos. Mas é preciso domínio próprio.

Quinze minutos é o tempo limite para a prorrogação do assunto, segundo Célia. Os minutos que você levar para percorrer o percurso entre a TV e a sua mesa também serve de parâmetro.

8.    Futebol, trabalho e bebida
Bebida alcoólica não combina com horário do expediente. Por isso, não ceda à tentação de incluí-las em seu kit para a copa no trabalho.

Agora, se a chefia se empolgar e liberar cerveja ou champanhe para comemorar o hexa, não abuse. Lembre-se que você ainda tem uma boa parte do expediente pela frente. E manter-se produtivo deve ser sua meta.

9.    Hexa ou o emprego?
Conforme o avanço da seleção na Copa, fique atento para não perder o ritmo da sua estratégia de jogo profissional. Organize-se ao máximo para entregar seus resultados em dia.
"Tente chegar mais cedo e  não deixe tarefas importantes para depois do jogo", aconselha Célia. "Lembre-se que o mais importante é a sua carreira".

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