Profissionais estrangeiros precisam de ajuda para se adaptar
O Brasil atrai cada vez mais profissionais do exterior. E a área de RH das empresas tem um papel fundamental na adaptação dos novos funcionários
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2013 às 13h04.
São Paulo - Nos últimos anos, o Brasil obteve uma exposição crescente no cenário internacional. A economia brasileira foi uma das que menos sofreram com a crise, o risco de investimentos diminuiu, a credibilidade aumentou e a escolha como sede de dois megaeventos esportivos — a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 — ajudou a colocar o país sob os holofotes internacionais. Toda essa visibilidade se reflete também no aumento do número de estrangeiros que vêm ao Brasil em busca de oportunidades profissionais.
De acordo com a Coordenadoria-Geral de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) , de janeiro a setembro de 2010 (os dados do último trimestre ainda não foram contabilizados), 39 057 estrangeiros receberam autorização para trabalhar no Brasil. Esse número representa um aumento de quase 62% em cinco anos e pode superar a marca de 50 000 trabalhadores no ano, se mantida a média mensal registrada nos nove primeiros meses.
“A vinda desses trabalhadores estrangeiros está relacionada ao aumento dos investimentos no Brasil, especialmente nos setores industrial, óleo e gás e energia, e à implantação de novas empresas de capital estrangeiro no país”, diz Paulo Sérgio de Almeida, coordenador-geral de Imigração do MTE.
A Novelis, multinacional de laminados de alumínio, que conta com mais de 1 700 funcionários no Brasil, recrutou cinco profissionais no exterior para executar atividades técnicas especializadas para as quais tinha dificuldade de encontrar mão de obra qualificada no Brasil. “Há muitas vantagens em contratar estrangeiros”, diz Otto Silva, diretor de RH da Novelis. “A primeira, claro, é que trazemos um profissional diferenciado, capaz de passar todo seu conhecimento aos colegas. A segunda vantagem é que esse profissional tem uma visão mais global, que também transmite aos colegas. O resultado para a empresa é excepcional.”
Para contratar esse profissional qualificado, o primeiro passo é obter o visto de trabalho. O processo é demorado e, em alguns casos, pode levar meses. “A principal dificuldade para trazer profissionais de fora é a burocracia. Por isso, recomendo buscar uma assessoria especializada para tratar da obtenção do visto de trabalho”, diz Otto Silva. Além de auxiliar nos trâmites legais, o RH tem outro papel fundamental, pois precisa estruturar uma boa proposta de emprego para convencer um profissional estrangeiro a abrir mão de ganhar em dólar ou euro e mudar de país.
“O RH precisa oferecer um pacote de benefícios atraente para que o estrangeiro se sinta motivado a vir ao Brasil, deixando seu trabalho, seu círculo de amigos e seu país”, diz Roberto Paolini, diretor de recursos humanos da Techint, grupo que atua em setores como engenharia, construção, petróleo e gás. Atualmente, o grupo conta com mais de 30 estrangeiros no seu quadro de pouco mais de 4 000 funcionários.
O papel do RH não termina com a contratação e o início do trabalho do novo empregado. É preciso cuidar também de algumas necessidades do dia a dia do novo funcionário e de sua família, como providenciar moradia próxima ao trabalho, escola para os filhos e até atividades para que os estrangeiros tenham, aos poucos, contato com a nova cultura. “Um dos pontos mais importantes é ajudar na adaptação cultural tanto do funcionário quanto da sua família”, diz Paolini. “Se os familiares não ficarem satisfeitos, a contratação corre sérios riscos.”
São Paulo - Nos últimos anos, o Brasil obteve uma exposição crescente no cenário internacional. A economia brasileira foi uma das que menos sofreram com a crise, o risco de investimentos diminuiu, a credibilidade aumentou e a escolha como sede de dois megaeventos esportivos — a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 — ajudou a colocar o país sob os holofotes internacionais. Toda essa visibilidade se reflete também no aumento do número de estrangeiros que vêm ao Brasil em busca de oportunidades profissionais.
De acordo com a Coordenadoria-Geral de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) , de janeiro a setembro de 2010 (os dados do último trimestre ainda não foram contabilizados), 39 057 estrangeiros receberam autorização para trabalhar no Brasil. Esse número representa um aumento de quase 62% em cinco anos e pode superar a marca de 50 000 trabalhadores no ano, se mantida a média mensal registrada nos nove primeiros meses.
“A vinda desses trabalhadores estrangeiros está relacionada ao aumento dos investimentos no Brasil, especialmente nos setores industrial, óleo e gás e energia, e à implantação de novas empresas de capital estrangeiro no país”, diz Paulo Sérgio de Almeida, coordenador-geral de Imigração do MTE.
A Novelis, multinacional de laminados de alumínio, que conta com mais de 1 700 funcionários no Brasil, recrutou cinco profissionais no exterior para executar atividades técnicas especializadas para as quais tinha dificuldade de encontrar mão de obra qualificada no Brasil. “Há muitas vantagens em contratar estrangeiros”, diz Otto Silva, diretor de RH da Novelis. “A primeira, claro, é que trazemos um profissional diferenciado, capaz de passar todo seu conhecimento aos colegas. A segunda vantagem é que esse profissional tem uma visão mais global, que também transmite aos colegas. O resultado para a empresa é excepcional.”
Para contratar esse profissional qualificado, o primeiro passo é obter o visto de trabalho. O processo é demorado e, em alguns casos, pode levar meses. “A principal dificuldade para trazer profissionais de fora é a burocracia. Por isso, recomendo buscar uma assessoria especializada para tratar da obtenção do visto de trabalho”, diz Otto Silva. Além de auxiliar nos trâmites legais, o RH tem outro papel fundamental, pois precisa estruturar uma boa proposta de emprego para convencer um profissional estrangeiro a abrir mão de ganhar em dólar ou euro e mudar de país.
“O RH precisa oferecer um pacote de benefícios atraente para que o estrangeiro se sinta motivado a vir ao Brasil, deixando seu trabalho, seu círculo de amigos e seu país”, diz Roberto Paolini, diretor de recursos humanos da Techint, grupo que atua em setores como engenharia, construção, petróleo e gás. Atualmente, o grupo conta com mais de 30 estrangeiros no seu quadro de pouco mais de 4 000 funcionários.
O papel do RH não termina com a contratação e o início do trabalho do novo empregado. É preciso cuidar também de algumas necessidades do dia a dia do novo funcionário e de sua família, como providenciar moradia próxima ao trabalho, escola para os filhos e até atividades para que os estrangeiros tenham, aos poucos, contato com a nova cultura. “Um dos pontos mais importantes é ajudar na adaptação cultural tanto do funcionário quanto da sua família”, diz Paolini. “Se os familiares não ficarem satisfeitos, a contratação corre sérios riscos.”