O que é comunicação não-violenta (CNV) e como praticar
Desvendando a comunicação não violenta: A chave para alta performance no trabalho
Redação Exame
Publicado em 2 de fevereiro de 2024 às 10h52.
Última atualização em 12 de março de 2024 às 13h49.
Você já se sentiu incompreendido após uma reunião? Saiba que a comunicação desempenha um papel crucial no cenário corporativo, impactando diretamente nas relações e na produtividade. A comunicação não violenta (CNV) é a resposta para desvendar esse desafio.
A importância da comunicação não violenta:
De acordo com uma pesquisa global do PMI, 75% dos problemas nas empresas têm origem na comunicação, e a falta de escuta é um dos principais motivos de desengajamento dos funcionários. Neste contexto, a CNV surge como uma habilidade vital, assemelhando-se a aprender um novo idioma diariamente para construir fluência.
Aqui, destacamos algumas dicas práticas que podem transformar a dinâmica de suas interações.
Identificando a violência na comunicação:
Violência na comunicação não é apenas física, mas inclui qualquer tentativa de impor, calar, intimidar, diminuir ou excluir. A CNV destaca a origem dessa violência em necessidades não atendidas. É uma abordagem humana, autêntica e empática para lidar com as complexidades da comunicação.
Do social ao profissional:
À medida que nos adaptamos a modelos híbridos de trabalho, a CNV não é apenas uma técnica; é uma estratégia eficaz de comunicação empresarial. Mediando conflitos, promovendo diálogo e aprimorando o clima organizacional, a CNV oferece resultados tangíveis, aumentando a produtividade, o engajamento e a confiança.
A origem da CNV:
Desenvolvida por Marshall Rosenberg nas décadas de 60 e 70, a CNV surgiu do olhar sensível de Rosenberg para as relações humanas, originado em sua infância marcada por episódios de bullying. Hoje, a CNV é reconhecida internacionalmente como uma abordagem compassiva à comunicação, promovendo a conexão e a compaixão.
As 4 lentes da CNV:
Juliana Royo compartilha as quatro lentes da CNV, oferecendo um novo entendimento das relações interpessoais. Estas visões incluem:
- Observação em vez de julgamento: Separar fatos de julgamentos para evitar diálogos ofensivos.
- Sentimentos em vez de avaliações: Compreender que o que os outros fazem é um estímulo, não a causa de nossos sentimentos.
- Necessidades em vez de estratégias: Identificar nossas necessidades não atendidas, promovendo autoconhecimento.
- Pedidos em vez de ordens: Fazer pedidos claros, conscientes de nossos sentimentos e necessidades.
O impacto da comunicação não violenta na alta performance:
O projeto aristóteles da Google evidenciou que a comunicação eficaz é a chave para o sucesso das equipes. A segurança psicológica, confiabilidade, estrutura, significado e impacto do trabalho são fatores que definem equipes de alta performance. Empresas que adotam a CNV experimentam resolução rápida de conflitos, aumento do potencial dos colaboradores e redução do estresse.
Transformando a cultura empresarial:
A implementação da CNV traz benefícios substanciais, como resolução eficiente de conflitos, melhoria na performance das equipes e maior comprometimento dos colaboradores. Empresas com culturas empáticas são mais lucrativas, conforme aponta o Gallup. A CNV se mostra como uma metodologia eficaz para melhorar relações, promovendo empatia e inclusão.
O futuro da comunicação empresarial:
A pesquisa "Most In-demand Hard and Soft Skills" do LinkedIn destaca que colaboração e inteligência emocional são habilidades comportamentais mais buscadas no mercado de trabalho.
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