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CNU adiado: governo suspende aplicação do Enem dos Concursos por causa das chuvas no RS

Em coletiva, a ministra Ester Dweck afirmou que o governo ainda não tem uma nova data para o Concurso Nacional Unificado, que seria aplicado neste domingo

Candidatos do CNU não poderão fazer a prova neste domingo e esperam nova data para a prova (foto/Getty Images)

Publicado em 3 de maio de 2024 às 14h23.

Última atualização em 3 de maio de 2024 às 22h12.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu adiar o Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como o Enem dos Concursos, que estava previsto para ser realizado em todo o Brasil neste domingo, 5, por conta das chuvas no Rio Grande do Sul.

"Em razão da calamidade pública no Rio Grande do Sul, o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) será adiado em todo o país", escreveu o ministério daGestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) em nota.

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Em coletiva, ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, e o ministro da Secretária de Comunicação, Paulo Pimenta, anunciaram que anova data do CNU será anunciada assim que houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional.

“O cenário da região Sul foi se agravando a cada hora e percebemos que realmente estamos em uma situação de calamidade. Só no Rio Grande do Sul seriam 100 mil pessoas envolvidas, desde candidatos a profissionais que ajudariam na aplicação da prova. Além disso, hoje temos 185 bloqueios nas estradas por causa das enchentes e deslizamentos, que impossibilitam a logística das pessoas nas cidades,” afirma a ministra.

“Diante desse cenário, concluímos que seria impossível realizar a prova no Rio Grande do Sul, principalmente pelo risco das vidas envolvidas neste processo”.

Ministério chegou a manter a prova

Na quinta-feira, o ministério responsável pela prova chegou a informar em nota que a prova estava mantida, mas após a pressão de deputados do Rio Grande do Sul e de uma ala do governo, a decisão foi adiar a realização do concurso.

“A nossa responsabilidade é que as mais de 2 milhões de pessoas que se inscreveram. Até ontem, iríamos manter, mas com o agravamento da situação, vimos que seria inviável manter a prova”, afirma Dweck durante a coletiva.

Segundo balanço divulgado nesta tarde, 37 pessoas morreram, 74 pessoas estão desparecidas e outras 74 estão feridas. Mais de 24 mil pessoas estão fora de casa, sendo 7.949 pessoas em abrigos e 17.087 desalojados (na casa de familiares ou amigos).

Cerca de 235 dos 496municípios do estado registraram algum tipo de problema por conta da forte chuva na região, afetando 351,6 mil pessoas.

Em resposta à situação emergencial, o governo estadual decretou estado de calamidade pública na quarta-feira, com duração de 180 dias. Este decreto estipula que os órgãos e entidades da administração pública estadual devem oferecer assistência imediata às áreas afetadas, em estreita colaboração com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil.

Adiamento do CNU pode ter custo de R$ 50 milhões

Na manhã desta sexta-feira, Paulo Pimenta afirmou que um possível adiamento da prova custariaR$ 50 milhões à União. O edital do CNU não prevê reeaplicação das provas, mesmo em casos de desastres naturais, como as chuvas que atingem o Rio Grande do Sul. Das 2,1 milhões de inscritos, 80.348 inscrições são do Rio Grande do Sul.

Na coletiva, a ministra Esther Dweck disse que ainda não tem o valor exato do custo, mas afirma que a decisão do adiamento é a mais acertada.

“Não temos ainda o custo exato, a estimativa inicial do custo com esse concurso, desde a impressão até a logística da prova, foi inferior ao previsto. Ao cancelar hoje ainda não temos o valor do custo, mas certamente é um custo baixo diante da situação que estamos vivendo no Rio Grande do Sul”.

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