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Franceses só sonham com semana de trabalho de 35 horas

Trabalhadores franceses fizeram uma média de 39,5 horas por semana em 2011

Funcionária trabalhando: os franceses trabalham mais horas do que os belgas, finlandeses, holandeses, italianos, irlandeses e dinamarqueses. (Carlos Chavez/Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2013 às 15h39.

Paris - Uma semana de trabalho famosamente limitada por lei a 35 horas se tornou um sonho distante para muitos franceses, enquanto executivos seguem prazos cada vez mais duros e os empregados tentam fazer face às despesas com horas extras.

Trabalhadores franceses fizeram uma média de 39,5 horas por semana em 2011, continuando um aumento constante na década desde que a semana de trabalho de 35 horas foi introduzida e não muito atrás da média da UE de 40,3 horas, segundo um relatório do Ministério do Trabalho.

Isso ainda os coloca atrás dos britânicos, que trabalham 42,4 horas, e dos alemães, com 41. Mas desafiando alguns estereótipos estrangeiros de uma nação que não gosta de trabalho duro, os franceses trabalham mais horas do que os belgas, finlandeses, holandeses, italianos, irlandeses e dinamarqueses.

Cargos em diretoria e acima na França trabalharam 44,1 horas.

"Para os executivos, não há essa coisa de horas estabelecidas. Trabalhamos feito loucos", disse um gerente em uma empresa varejista online, que deveria trabalhar 39 horas por semana, mas que disse passar ao menos 50 horas trabalhando sem pagamento adicional e comendo um sanduíche em sua mesa no escritório durante o almoço.


Ferozmente protegida por sindicatos, a medida francesa que estabelecia as 35 horas de trabalho semanais foi uma reforma emblemática do governo socialista no poder durante um boom no final dos anos 1990, e foi estabelecida para aumentar a criação de empregos. Em vez disso, muitos empregadores dizem que ela inchou os custos trabalhistas e prejudicou suas capacidades de competir globalmente.

Muitas empresas têm acordos com sindicatos para que seus funcionários trabalhem 39 horas por semana, e então convertam as quatro horas extras de trabalho por semana em até duas dezenas de dias de folga por ano, o que é conhecido como dias "RTT".

Duas Franças

O movimento em direção a uma semana de trabalho de 39,5 horas em média, das 38,9 em 2003, colocou a França na 21ª posição em termos de horas trabalhadas por semana entre os 27 Estados que compunham a União Europeia em 2011.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, com sede em Paris, que usa uma metodologia diversa para comparar países diferentes, descobriu que os franceses trabalharam 1.479 horas em 2012 em comparação com uma média de 1.765 entre todos os 34 membros.

Enquanto os 5,3 milhões de funcionários do setor público francês são frequentemente acusados de se ater rigidamente à semana de 35 horas, trabalhadores do setor privado, como taxistas e garçons, reclamam das longas horas. Na outra extremidade da escala, também o fazem os executivos de empresas e mesmo os assessores sênior do governo.

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Trabalhadores franceses fizeram uma média de 39,5 horas por semana em 2011, continuando um aumento constante na década desde que a semana de trabalho de 35 horas foi introduzida e não muito atrás da média da UE de 40,3 horas, segundo um relatório do Ministério do Trabalho.

Isso ainda os coloca atrás dos britânicos, que trabalham 42,4 horas, e dos alemães, com 41. Mas desafiando alguns estereótipos estrangeiros de uma nação que não gosta de trabalho duro, os franceses trabalham mais horas do que os belgas, finlandeses, holandeses, italianos, irlandeses e dinamarqueses.

Cargos em diretoria e acima na França trabalharam 44,1 horas.

"Para os executivos, não há essa coisa de horas estabelecidas. Trabalhamos feito loucos", disse um gerente em uma empresa varejista online, que deveria trabalhar 39 horas por semana, mas que disse passar ao menos 50 horas trabalhando sem pagamento adicional e comendo um sanduíche em sua mesa no escritório durante o almoço.


Ferozmente protegida por sindicatos, a medida francesa que estabelecia as 35 horas de trabalho semanais foi uma reforma emblemática do governo socialista no poder durante um boom no final dos anos 1990, e foi estabelecida para aumentar a criação de empregos. Em vez disso, muitos empregadores dizem que ela inchou os custos trabalhistas e prejudicou suas capacidades de competir globalmente.

Muitas empresas têm acordos com sindicatos para que seus funcionários trabalhem 39 horas por semana, e então convertam as quatro horas extras de trabalho por semana em até duas dezenas de dias de folga por ano, o que é conhecido como dias "RTT".

Duas Franças

O movimento em direção a uma semana de trabalho de 39,5 horas em média, das 38,9 em 2003, colocou a França na 21ª posição em termos de horas trabalhadas por semana entre os 27 Estados que compunham a União Europeia em 2011.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, com sede em Paris, que usa uma metodologia diversa para comparar países diferentes, descobriu que os franceses trabalharam 1.479 horas em 2012 em comparação com uma média de 1.765 entre todos os 34 membros.

Enquanto os 5,3 milhões de funcionários do setor público francês são frequentemente acusados de se ater rigidamente à semana de 35 horas, trabalhadores do setor privado, como taxistas e garçons, reclamam das longas horas. Na outra extremidade da escala, também o fazem os executivos de empresas e mesmo os assessores sênior do governo.

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