Carreira

Evento inédito debate o futuro do trabalho e das organizações

O festival terá a presença, pela primeira vez no Brasil, do pensador Frederic Laloux, autor do best-seller “Reinventando as Organizações”

Futuro das empresas: evento inédito vai reunir empresas com casos de sucesso e pensadores do tema (Stanislaw Pytel/Royalty-free/Getty Images)

Futuro das empresas: evento inédito vai reunir empresas com casos de sucesso e pensadores do tema (Stanislaw Pytel/Royalty-free/Getty Images)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 10 de novembro de 2021 às 06h00.

Última atualização em 10 de novembro de 2021 às 06h14.

Esta reportagem faz parte da newsletter EXAME Desperta. Assine gratuitamente e receba todas as manhãs um resumo dos assuntos que serão notícia

Nesta quarta-feira, 10, será realizado o 1º Festival Teal Brasil, um evento inédito que vai reunir empresários, lideranças, estudiosos e profissionais de recursos humanos para debater a evolução das organizações e o futuro do trabalho.

O festival terá a presença, pela primeira vez no Brasil e também rara para o público internacional, do famoso coach e pensador Frederic Laloux.

O belga é autor do livro “Reinventando as Organizações”, traduzido para mais de 20 idiomas e com 800 mil cópias vendidas. A obra é considerada um best-seller e um impulsionador da quebra de paradigmas dentro das empresas.

Ele fará o encerramento do evento híbrido que acontecerá das 9h às 21h. Antes dele, a programação contará com 25 palestrantes e 18 casos bem sucedidos de empresas que aplicam relações mais humanizadas, igualitárias e colaborativas em sua gestão. O festival já teve mais de 1.500 inscritos.

Henry Goldsmid, fundador do Teal Brasil e que coordena a organização do festival, conta que os casos vão mostrar iniciativas reais e brasileiras de empresas que entenderam que será preciso evoluir sua consciência para sobreviver no mundo definido como BANI.

Empresas como a Roche, Natura, Vagas.com, Renner, Sicredi, Lambda3 e muitas outras irão participar ao lado de consultores e pensadores sobre o futuro das organizações.

A evolução das empresas conhecida como movimento TEAL é uma visão de que as organizações são organismos vivos, que é preciso exercitar uma escuta ativa para trazer soluções coletivas para problemas cada vez mais complexos.

“O formato de pensamento antigo funciona quando existe um desafio, você conhece causa e aí resolve. Mas ele não responde mais desafios como o da pandemia, onde não temos conhecimento da causa e consequência. No mundo de incerteza, esses formatos, como o de comando e controle, são insuficientes”, fala o consultor.

Goldsmid explica que dois temas serão preponderantes no mundo do trabalho pós-pandemia: a autonomia e as relações.

Em pesquisa global recente da JLL, 36% da força de trabalho está se sentindo sem energia e desmotivada. O dado mostra um problema persistente ao longo da pandemia e que deve continuar preocupando as lideranças no futuro, a saúde mental e bem-estar integral dos trabalhadores.

Os dois pontos levantados pelo consultor, e que vão permear os debates do evento, são peças-chave para encontrar novas soluções para o engajamento e cuidado com os funcionários.

Mais especialistas, como Washington Botelho, presidente da JLL Work Dynamics para América Latina, Daniela Tessler, sócia Odgers Berndtson, e Yuri Trafane, CEO da consultoria Ynner, apontaram que a confiança deverá ser uma prioridade na retomada das empresas a partir de agora.

“A autonomia faz parte da segurança e confiança. Então vamos explorar como se desenvolve organizações com ambiente que dá autonomia real. E no pilar da integralidade, que traduziria como relações, é como você conecta as pessoas e cria ambiente mais saudáveis”, explica.

Acompanhe tudo sobre:ComportamentoEventosExame Hojefuturo-do-trabalho

Mais de Carreira

Você fala estas 12 frases com frequência? Isso indica uma alta inteligência emocional

5 profissões para quem gosta de artes plásticas

Seis habilidades essenciais de liderança — e como desenvolvê-las

Como responder 'Como você lida com prioridades conflitantes?' na entrevista de emprego