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Eu sou mais eu. Quem ensina essa autoconfiança?

Pessoas autoconfiantes são serenas e conquistam a confiança dos demais, o que é um atributo imprescindível para a boa liderança

Autoconfiança é importante para conquistar a confiança de seus pares (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2013 às 12h56.

São Paulo - Por definição, autoconfiança é a capacidade de a pessoa acreditar em seu potencial. Sem dúvida, uma qualidade importante para a construção de carreiras consistentes e admiradas. Pessoas sem autoconfiança com frequência não realizam simplesmente porque nem sequer tentam. Têm medo de não conseguir.

Pela relevância, a questão que se impõe é: afinal, como se consegue a tal autoconfiança? Que escola me ensina essa disciplina? Não há uma resposta simples para essa questão. Com exasperadora frequência tratada como assunto da autoajuda, a capacidade de confiar em si mesmo precisa muito mais do que repetir "você é o cara" dez vezes diante do espelho antes do café da manhã. A autoconfiança precisa ter raízes.

Para começo de conversa, a autoconfiança é fruto da experiência, e esta tem sucessos e fracassos, geralmente em proporções equivalentes. O número de erros cometidos é proporcional ao de tentativas, que são as mesmas que conduzem aos acertos. Em outras palavras, só não erra quem não tenta, o que nos leva à conclusão que não podemos atribuir autoconfiança apenas aos sucessos alcançados. Ela também é fruto dos inevitáveis insucessos.

Se Thomas Edison disse mesmo "Acabei de inventar mais um jeito de não fazer a lâmpada", ou se tal frase não passa de lenda, nunca saberemos. Mas pouco importa, pois tal atitude mental transformou-se no símbolo de quem não desiste porque acredita na ideia e porque confia em sua capacidade. Na vida como ela é, muitas vezes é difícil separar uma ideia boa de um delírio, mas não há muita dificuldade em perceber se a autoconfiança que a pessoa está brandindo como uma arma tem base na realidade ou na ficção.

Pessoas autoconfiantes são serenas e conquistam a confiança dos demais, o que é um atributo imprescindível para a boa liderança. E, acima de tudo, jamais, em hipótese alguma, demonstram a mais leve sombra de arrogância, prepotência ou superioridade. Essas são marcas das pessoas exatamente opostas, que, por insegurança, procuram se impor pela força.

Apesar de ser classificado como um sentimento, a autoconfiança é construída com os insumos da lógica. Para ser portador de autoconfiança saudável, é necessário saber o que se está fazendo, ter feito anteriormente e possuir uma capacidade de resistir ao fracasso e começar de novo. Preparo, conhecimento, experiência e resiliência. Esses são os ingredientes. Sem eles a autoconfiança não passa de autoengano.

Eugênio Mussak escreve sobre liderança. É professor doMBAda Fundação Instituto de Administração  (FIA) econsultorda Sapiens Sapiens

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São Paulo - Por definição, autoconfiança é a capacidade de a pessoa acreditar em seu potencial. Sem dúvida, uma qualidade importante para a construção de carreiras consistentes e admiradas. Pessoas sem autoconfiança com frequência não realizam simplesmente porque nem sequer tentam. Têm medo de não conseguir.

Pela relevância, a questão que se impõe é: afinal, como se consegue a tal autoconfiança? Que escola me ensina essa disciplina? Não há uma resposta simples para essa questão. Com exasperadora frequência tratada como assunto da autoajuda, a capacidade de confiar em si mesmo precisa muito mais do que repetir "você é o cara" dez vezes diante do espelho antes do café da manhã. A autoconfiança precisa ter raízes.

Para começo de conversa, a autoconfiança é fruto da experiência, e esta tem sucessos e fracassos, geralmente em proporções equivalentes. O número de erros cometidos é proporcional ao de tentativas, que são as mesmas que conduzem aos acertos. Em outras palavras, só não erra quem não tenta, o que nos leva à conclusão que não podemos atribuir autoconfiança apenas aos sucessos alcançados. Ela também é fruto dos inevitáveis insucessos.

Se Thomas Edison disse mesmo "Acabei de inventar mais um jeito de não fazer a lâmpada", ou se tal frase não passa de lenda, nunca saberemos. Mas pouco importa, pois tal atitude mental transformou-se no símbolo de quem não desiste porque acredita na ideia e porque confia em sua capacidade. Na vida como ela é, muitas vezes é difícil separar uma ideia boa de um delírio, mas não há muita dificuldade em perceber se a autoconfiança que a pessoa está brandindo como uma arma tem base na realidade ou na ficção.

Pessoas autoconfiantes são serenas e conquistam a confiança dos demais, o que é um atributo imprescindível para a boa liderança. E, acima de tudo, jamais, em hipótese alguma, demonstram a mais leve sombra de arrogância, prepotência ou superioridade. Essas são marcas das pessoas exatamente opostas, que, por insegurança, procuram se impor pela força.

Apesar de ser classificado como um sentimento, a autoconfiança é construída com os insumos da lógica. Para ser portador de autoconfiança saudável, é necessário saber o que se está fazendo, ter feito anteriormente e possuir uma capacidade de resistir ao fracasso e começar de novo. Preparo, conhecimento, experiência e resiliência. Esses são os ingredientes. Sem eles a autoconfiança não passa de autoengano.

Eugênio Mussak escreve sobre liderança. É professor doMBAda Fundação Instituto de Administração  (FIA) econsultorda Sapiens Sapiens

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