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Homens que têm pais ricos ganham 10% a mais, segundo estudo

Segundo pesquisa, filhos homens de pais ricos ganham salários, em média, 10% maiores do que pessoas com famílias de classe média


	Homem rico: diferença de salários entre filhos de ricos e filhos de pobres foi de 8 mil libras para homens e 5,3 mil libras para mulheres.
 (Thinkstock/denphumi)

Homem rico: diferença de salários entre filhos de ricos e filhos de pobres foi de 8 mil libras para homens e 5,3 mil libras para mulheres. (Thinkstock/denphumi)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2016 às 12h12.

Se você quer ganhar mais dinheiro, ajuda ser homem, ter pais ricos e frequentar a London School of Economics. Esta é a conclusão de um estudo com 260.000 britânicos com curso superior nos primeiros anos após a universidade.

Uma década após a graduação a diferença observada nas remunerações anuais entre os filhos de pais ricos e aqueles com famílias mais pobres foi de 8.000 libras (US$ 11.400) para homens e de 5.300 libras para mulheres no período 2012-2013.

Mesmo separando por curso e universidade, notou-se que os filhos dos ricos ganhavam 10 por cento a mais do que os estudantes de uma família comum.

Pesquisadores de quatro institutos e universidades americanos e britânicos analisaram dados tributários e registros de créditos estudantis de 260.000 graduados para gerarem o relatório.

Publicado na semana em que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, foi forçado a justificar assuntos fiscais de seu falecido pai e a divulgar detalhes sobre o dinheiro que havia herdado, isso sugere que os pais ricos repassam muito mais do que simplesmente dinheiro aos filhos, incluindo as chamadas habilidades sociais, como apresentação pessoal e técnicas de entrevista.

“As vantagens de vir de uma família de alta renda continuam existindo para os formados que entram diretamente no mercado de trabalho aos 30 anos”, disse Jack Britton, economista de pesquisa do Instituto para Estudos Fiscais, em Londres, e um dos autores do estudo.

“Embora essa conclusão não implique necessariamente universidades ou empresas, ela é de fundamental importância para as autoridades que buscam solucionar a imobilidade social”.

Não são apenas os pais que fazem a diferença. Talvez não surpreenda que, uma década após deixarem a universidade, 10 por cento dos formados em duas antigas universidades da Inglaterra, Oxford e Cambridge, ganhassem mais de 100.000 libras ao ano.

Mas elas foram superadas por uma recém-chegada. Os formados da LSE eram os mais bem pagos de todos. A faculdade, sozinha, respondia por 10 por cento das mulheres formadas que ganhavam acima de 100.000 libras.

Em média, os formados mais bem pagos uma década depois da faculdade eram os estudantes de medicina, com uma mediana de remunerações de 50.000 libras, seguidos dos economistas, com 40.000 libras.

Aqueles que estudam artes criativas foram os que se saíram pior, pois não ganham mais do que as pessoas que não foram à universidade.

“Para a maior parte dos formados o ensino superior leva a remunerações muito melhores”, disse Anna Vignoles, da Universidade de Cambridge, outra autora do relatório.

“Contudo, os estudantes precisam perceber que a escolha da carreira é importante para determinar o quanto de vantagem eles terão em termos de remuneração”.

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