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Escolha certo seu consultor financeiro. Nem pense em brinde

Não se deixe atrair pelos mimos das corretoras. Saiba o que você deve levar em conta quando for contratar um consultor de investimentos

Pesquise e compare antes de escolher uma corretora por causa dos mimos (Stock.Xchange)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 19h39.

São Paulo - As pessoas que sempre fizeram investimentos financeiros nas agências bancárias agora começaram a ser assediadas pelas corretoras de valores. Para atrair novos clientes, elas oferecem diversos serviços, como consultoria especializada, interatividade no Facebook e informações sobre o mercado financeiro.

Mas como saber quais são os produtos financeiros que podem ser negociados na corretora e se elas são confiáveis e eficientes tanto quanto os bancos? Geralmente, quem prefere fazer transações com corretoras negocia ações específicas e títulos do Tesouro Nacional. Já os bancos costumam oferecer fundos de investimento aos clientes.

A primeira dica para escolher uma corretora é saber a origem dela. "O investidor tem de certificar-se da idoneidade da instituição e de sua experiência no mercado", diz Sasa Markus, que criou a Corretora Renascença há 36 anos e, atualmente, investe em tecnologia para aumentar sua base de clientes.

A forma mais simples para conhecer a origem de uma corretora é consultar o site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o da BM&FBovespa . Neles estão todas as instituições credenciadas e autorizadas a operar na bolsa de valores. "Depois, avalie se o atendimento corresponde às suas expectativas e se o preço é compatível com o serviço", diz Evandro Campos, superintendente comercial da Gradual Corretora, em São Paulo.

Também é importante que a corretora tenha meios eletrônicos para aumentar sua proximidade com os clientes e ainda garantir suporte educacional aos investidores.

Taxas

Em geral, as corretoras cobram um valor fixo por operação, além das taxas de emolumentos, que são fixadas pela bolsa de acordo com os volumes e o tipo de investidor. Há também a cobrança das taxas de custódia, no valor de 6,90 reais, que é fixada pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), que em operações superiores a 300.000 reais é acrescida de um percentual.


Com a concorrência cada vez maior entre as corretoras, os valores cobrados variam bastante e algumas isentam os clientes da taxa de custódia. O valor das taxas pode mudar se o cliente investir por meio da mesa de operações ou usar o homebroker, que opera por meio da internet e tem custo mais baixo.

Na Corretora Renascença, por exemplo, o valor cobrado pela corretagem é de 4,80 reais por operação fracionária — compra de ações em volume inferior ao lote padrão —, opção ou Exchange Trade Fund (ETF) — uma unidade negociável na bolsa como se fosse uma ação —, todos negociados pelo homebroker. Para operações com lote-padrão, o valor cobrado sobe para 14,80 reais.

Em contrapartida, é possível encontrar no mercado valores de corretagem de até 2,90 reais por operação, mas todos os demais encargos são cobrados à parte, inclusive o Imposto Sobre Serviços (ISS), que é de 5% sobre o valor da corretagem.

As corretoras se dividem em dois grupos. No primeiro estão as que priorizam o atendimento às pessoas que vão gerenciar seus negócios e precisam apenas de uma plataforma eletrônica para fazer as operações. Em geral, são as que têm as taxas mais baixas. O segundo grupo dispensa mais atenção aos investidores que não conhecem muito de mercado ou não têm tempo para acompanhar as transações.

É o caso, por exemplo, da Planner Corretora, em São Paulo, que está treinando 30 profissionais para engrossar seu time de consultores — ela possui 26 unidades no país. Segundo Priscila Vargas, gestora comercial da empresa, a proposta é fazer com que o investidor tenha sempre alguém para ajudá-lo a definir seu perfil e montar, ou redefinir, sua carteira de investimentos.

Embora já tenha ferramentas eletrônicas e portas abertas para quem quer administrar seu próprio dinheiro, o diferencial da Planner é o atendimento personalizado. “As pessoas só guardam dinheiro quando têm um objetivo, e é isso que os nossos assessores se propõem a fazer: ajudar a traçar metas”, diz Priscila Vargas.


Até há pouco tempo, a Planner só negociava ações e tinha poucos fundos de investimento de baixo risco. Agora, a corretora está ampliando as opções de investimento e já possui cinco fundos com perfis diferentes e taxas de administração que variam de 0,5% a 2%.

O valor mínimo para investir é 500 reais, mas produtos financeiros com rentabilidade mais alta podem ser conseguidos para quem tem 25.000 reais ou mais.

Na rede

Quem está de olho em uma boa corretora também precisa avaliar se ela oferece serviços na rede mundial de computadores. Por meio da internet é possível obter acesso a diferentes níveis de informações financeiras, desde as mais básicas até as mais complexas.

Na Icap Brasil, corretora com sede no Rio de Janeiro, a preocupação em educar os investidores fez com que ela se unisse a outra corretora, a Ativa, e criasse um jogo chamado Dosh na rede de relacionamentos Facebook. “O usuário pode simular a compra e venda de ações sem correr riscos e aprender com aquilo que os outros jogadores fazem”, diz Paulo Levy, diretor executivo da Icap Brasil.

A corretora, que é inglesa e está no Brasil há dois anos, disponibiliza várias ferramentas no homebroker para ajudar os clientes a decidir as estratégias de negócio. Há análises fundamentalistas, grafistas e até programas para gerar o relatório para o pagamento do Imposto de Renda (IR) ou para filtrar as melhores estratégias de operações com opções de ações, de acordo com os parâmetros apresentados pelo investidor.

A cobrança das taxas varia de acordo com as opções escolhidas: 4,80 reais por operação quando o cliente não utiliza nenhum instrumento de análise, 20 reais quando o cliente opta por usar todos, e 10 reais para aqueles que decidem usar dois dos oito existentes.

A Corretora Socopa, em São Paulo, preparou uma opção para os primeiros passos do investir em ações. É uma carteira-padrão, chamada Sócio Fácil, para quem não tem tempo para acompanhar o andamento do mercado e dispõe de 5.000 reais no mínimo "As ações são escolhidas pelos profissionais da corretora e o desempenho da carteira pode ser visto no site", diz Fabrício Tota, gerente de homebroker da empresa.

Esse tipo de carteira é montada para um único cliente, mas os valores iniciais exigidos são muito maiores. Outra arma da corretora na disputa por clientes é a possibilidade de operar no Tesouro Direto de graça. "Queremos fidelizar clientes. Assim, quando eles estiverem prontos para investir em ações, já fazem parte da nossa equipe", afirma Fabrício Tota.

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São Paulo - As pessoas que sempre fizeram investimentos financeiros nas agências bancárias agora começaram a ser assediadas pelas corretoras de valores. Para atrair novos clientes, elas oferecem diversos serviços, como consultoria especializada, interatividade no Facebook e informações sobre o mercado financeiro.

Mas como saber quais são os produtos financeiros que podem ser negociados na corretora e se elas são confiáveis e eficientes tanto quanto os bancos? Geralmente, quem prefere fazer transações com corretoras negocia ações específicas e títulos do Tesouro Nacional. Já os bancos costumam oferecer fundos de investimento aos clientes.

A primeira dica para escolher uma corretora é saber a origem dela. "O investidor tem de certificar-se da idoneidade da instituição e de sua experiência no mercado", diz Sasa Markus, que criou a Corretora Renascença há 36 anos e, atualmente, investe em tecnologia para aumentar sua base de clientes.

A forma mais simples para conhecer a origem de uma corretora é consultar o site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o da BM&FBovespa . Neles estão todas as instituições credenciadas e autorizadas a operar na bolsa de valores. "Depois, avalie se o atendimento corresponde às suas expectativas e se o preço é compatível com o serviço", diz Evandro Campos, superintendente comercial da Gradual Corretora, em São Paulo.

Também é importante que a corretora tenha meios eletrônicos para aumentar sua proximidade com os clientes e ainda garantir suporte educacional aos investidores.

Taxas

Em geral, as corretoras cobram um valor fixo por operação, além das taxas de emolumentos, que são fixadas pela bolsa de acordo com os volumes e o tipo de investidor. Há também a cobrança das taxas de custódia, no valor de 6,90 reais, que é fixada pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), que em operações superiores a 300.000 reais é acrescida de um percentual.


Com a concorrência cada vez maior entre as corretoras, os valores cobrados variam bastante e algumas isentam os clientes da taxa de custódia. O valor das taxas pode mudar se o cliente investir por meio da mesa de operações ou usar o homebroker, que opera por meio da internet e tem custo mais baixo.

Na Corretora Renascença, por exemplo, o valor cobrado pela corretagem é de 4,80 reais por operação fracionária — compra de ações em volume inferior ao lote padrão —, opção ou Exchange Trade Fund (ETF) — uma unidade negociável na bolsa como se fosse uma ação —, todos negociados pelo homebroker. Para operações com lote-padrão, o valor cobrado sobe para 14,80 reais.

Em contrapartida, é possível encontrar no mercado valores de corretagem de até 2,90 reais por operação, mas todos os demais encargos são cobrados à parte, inclusive o Imposto Sobre Serviços (ISS), que é de 5% sobre o valor da corretagem.

As corretoras se dividem em dois grupos. No primeiro estão as que priorizam o atendimento às pessoas que vão gerenciar seus negócios e precisam apenas de uma plataforma eletrônica para fazer as operações. Em geral, são as que têm as taxas mais baixas. O segundo grupo dispensa mais atenção aos investidores que não conhecem muito de mercado ou não têm tempo para acompanhar as transações.

É o caso, por exemplo, da Planner Corretora, em São Paulo, que está treinando 30 profissionais para engrossar seu time de consultores — ela possui 26 unidades no país. Segundo Priscila Vargas, gestora comercial da empresa, a proposta é fazer com que o investidor tenha sempre alguém para ajudá-lo a definir seu perfil e montar, ou redefinir, sua carteira de investimentos.

Embora já tenha ferramentas eletrônicas e portas abertas para quem quer administrar seu próprio dinheiro, o diferencial da Planner é o atendimento personalizado. “As pessoas só guardam dinheiro quando têm um objetivo, e é isso que os nossos assessores se propõem a fazer: ajudar a traçar metas”, diz Priscila Vargas.


Até há pouco tempo, a Planner só negociava ações e tinha poucos fundos de investimento de baixo risco. Agora, a corretora está ampliando as opções de investimento e já possui cinco fundos com perfis diferentes e taxas de administração que variam de 0,5% a 2%.

O valor mínimo para investir é 500 reais, mas produtos financeiros com rentabilidade mais alta podem ser conseguidos para quem tem 25.000 reais ou mais.

Na rede

Quem está de olho em uma boa corretora também precisa avaliar se ela oferece serviços na rede mundial de computadores. Por meio da internet é possível obter acesso a diferentes níveis de informações financeiras, desde as mais básicas até as mais complexas.

Na Icap Brasil, corretora com sede no Rio de Janeiro, a preocupação em educar os investidores fez com que ela se unisse a outra corretora, a Ativa, e criasse um jogo chamado Dosh na rede de relacionamentos Facebook. “O usuário pode simular a compra e venda de ações sem correr riscos e aprender com aquilo que os outros jogadores fazem”, diz Paulo Levy, diretor executivo da Icap Brasil.

A corretora, que é inglesa e está no Brasil há dois anos, disponibiliza várias ferramentas no homebroker para ajudar os clientes a decidir as estratégias de negócio. Há análises fundamentalistas, grafistas e até programas para gerar o relatório para o pagamento do Imposto de Renda (IR) ou para filtrar as melhores estratégias de operações com opções de ações, de acordo com os parâmetros apresentados pelo investidor.

A cobrança das taxas varia de acordo com as opções escolhidas: 4,80 reais por operação quando o cliente não utiliza nenhum instrumento de análise, 20 reais quando o cliente opta por usar todos, e 10 reais para aqueles que decidem usar dois dos oito existentes.

A Corretora Socopa, em São Paulo, preparou uma opção para os primeiros passos do investir em ações. É uma carteira-padrão, chamada Sócio Fácil, para quem não tem tempo para acompanhar o andamento do mercado e dispõe de 5.000 reais no mínimo "As ações são escolhidas pelos profissionais da corretora e o desempenho da carteira pode ser visto no site", diz Fabrício Tota, gerente de homebroker da empresa.

Esse tipo de carteira é montada para um único cliente, mas os valores iniciais exigidos são muito maiores. Outra arma da corretora na disputa por clientes é a possibilidade de operar no Tesouro Direto de graça. "Queremos fidelizar clientes. Assim, quando eles estiverem prontos para investir em ações, já fazem parte da nossa equipe", afirma Fabrício Tota.

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