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Entrevista de emprego: como lidar com o silêncio constrangedor

Intimidar o candidato ou simplesmente se organizar? Afinal, o que está por trás da repentina mudez do recrutador durante a entrevista?

Homem com fita na boca (GettyImages)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2012 às 06h00.

São Paulo – Entrevista de emprego é o tipo de situação que deixa qualquer pessoa mais ansiosa do que o normal. Agora, o que fazer quando após uma resposta segue-se um longo silêncio?

Candidato e recrutador se encarando (ou, pior, recrutador encarando o relógio) e ninguém diz uma palavra. Será que o entrevistador deixa estes hiatos na conversa acontecerem propositalmente?

Para Sérgio Sabino, da Michael Page, a resposta é não. “Os recrutadores são treinados para deixar o candidato à vontade e poder tirar dele o que há de melhor”, diz. Ele defende que esses silêncios nada mais são do que parte comum da conversa.

Já Rodrigo Forte, da EXEC, afirma que essa é uma técnica conhecida entre recrutadores como a “técnica do silêncio”. Segundo ele, o entrevistador pode se usar desse artifício quando o candidato é muito superficial na resposta.

“A gente tenta ver se ele se constrange e traz respostas mais completas”, fala. Forte ainda completa dizendo que o silêncio constrangedor pode ser uma maneira de avaliar o nível de desenvoltura do candidato.

Há, ainda, uma terceira explicação para aqueles momentos chatos em que ninguém fala. André Magro, da Hays, sugere que existe a possibilidade de o recrutador estar usando esse tempo para se organizar.

“Às vezes, a gente precisa de um tempo. O entrevistador precisa avaliar e entender as respostas de um candidato que, não raro, está bastante nervoso”, diz.

Mas... e o que fazer nessas horas?

Independente do motivo pelo qual o tal do hiato aconteceu, o certo é que quanto mais tempo ele durar, mais inseguro o candidato fica. Os três especialistas podem ter imaginado razões distintas como causa, mas concordam em uma solução: o candidato tem de aproveitar esse momento para falar.

“O entrevistado tem de tentar manter o diálogo e despertar o interesse do recrutador. Por isso, é importante ter atenção na linguagem corporal e saber se adaptar”, explica André Magro.

Rodrigo Forte diz que o entrevistador tem de aproveitar o silêncio para continuar desenvolvendo a última pergunta “ou levantar outro ponto que considere positivo e importante a seu respeito”, completa. Uma outra opção para quem não quer cair no erro de "falar só por falar" é questionar o próprio entrevistador. Afinal, há espaço para conversa nas entrevistas de emprego . "A dica é perguntar coisas como "tem mais alguma coisa que você gostaria de saber sobre minhas experiências profissionais?", por exemplo", diz Forte.

“No fim das contas, o importante é entrar na entrevista com tranquilidade, demonstrar interesse no entrevistador e na empresa e mostrar suas melhores qualidades sempre que tiver a oportunidade”, finaliza Sabino.

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Para Sérgio Sabino, da Michael Page, a resposta é não. “Os recrutadores são treinados para deixar o candidato à vontade e poder tirar dele o que há de melhor”, diz. Ele defende que esses silêncios nada mais são do que parte comum da conversa.

Já Rodrigo Forte, da EXEC, afirma que essa é uma técnica conhecida entre recrutadores como a “técnica do silêncio”. Segundo ele, o entrevistador pode se usar desse artifício quando o candidato é muito superficial na resposta.

“A gente tenta ver se ele se constrange e traz respostas mais completas”, fala. Forte ainda completa dizendo que o silêncio constrangedor pode ser uma maneira de avaliar o nível de desenvoltura do candidato.

Há, ainda, uma terceira explicação para aqueles momentos chatos em que ninguém fala. André Magro, da Hays, sugere que existe a possibilidade de o recrutador estar usando esse tempo para se organizar.

“Às vezes, a gente precisa de um tempo. O entrevistador precisa avaliar e entender as respostas de um candidato que, não raro, está bastante nervoso”, diz.

Mas... e o que fazer nessas horas?

Independente do motivo pelo qual o tal do hiato aconteceu, o certo é que quanto mais tempo ele durar, mais inseguro o candidato fica. Os três especialistas podem ter imaginado razões distintas como causa, mas concordam em uma solução: o candidato tem de aproveitar esse momento para falar.

“O entrevistado tem de tentar manter o diálogo e despertar o interesse do recrutador. Por isso, é importante ter atenção na linguagem corporal e saber se adaptar”, explica André Magro.

Rodrigo Forte diz que o entrevistador tem de aproveitar o silêncio para continuar desenvolvendo a última pergunta “ou levantar outro ponto que considere positivo e importante a seu respeito”, completa. Uma outra opção para quem não quer cair no erro de "falar só por falar" é questionar o próprio entrevistador. Afinal, há espaço para conversa nas entrevistas de emprego . "A dica é perguntar coisas como "tem mais alguma coisa que você gostaria de saber sobre minhas experiências profissionais?", por exemplo", diz Forte.

“No fim das contas, o importante é entrar na entrevista com tranquilidade, demonstrar interesse no entrevistador e na empresa e mostrar suas melhores qualidades sempre que tiver a oportunidade”, finaliza Sabino.

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