Drible o aumento do IOF nos financiamentos
Pequenas alterações em seu dia a dia podem reduzir a incidência da alta do imposto
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 19h35.
São Paulo - Se é consenso que, historicamente, as taxas de juro brasileiras são das mais altas do planeta, é fato comprovado que elas subiram ainda mais de abril para cá em razão do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em transações de financiamento e em compras feitas em moeda estrangeira no cartão de crédito.
A intenção declarada do governo é tornar o consumo mais caro e desacelerar o crescimento econômico, numa tentativa de impedir a escalada da inflação.
Mas há como evitar o impacto do aumento do IOF em várias situações. A elevação de 1,5% para 3% do IOF nas operações de crédito é imperceptível para a maioria dos consumidores.
Os juros altos e os prazos de financiamentos extensos acabam diluindo o custo adicional do imposto. "São centavos em cada prestação", diz Miguel Oliveira, economista da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), em São Paulo.
O financiamento de imóveis ficou fora da mudança. Já nas compras de prazos curtos, a alta do IOF tem menos importância, porque pode ser evitada. Basta que o consumidor opte pela compra parcelada no cartão de crédito, sem juros, que, em geral, pode ser feita em três, quatro ou cinco prestações. E ainda há a possibilidade de negociar com o lojista o uso do cheque pré-datado, que andava esquecido.
Volta ao passado
Nas compras em moeda estrangeiras feitas com cartão de crédito o aumento do IOF foi mais pesado — de 2,38% para 6,38%. As alternativas são usar os cheques de viagem ou moeda em espécie. Vale lembrar que o dinheiro na mão não tem custo além da diferença da taxa de câmbio.
Já os cheques de viagem, com seguro contra perda e roubo, cobram taxa na conversão. Nesse caso é preciso fazer contas para avaliar se o custo do cheque é menor que o IOF incidente nas compras com cartão. Outro jeito de escapar do IOF nas compras em moeda estrangeira é o cartão de débito pré-pago, disponível em alguns bancos, como Rendimento e Safra.
O Banco Rendimento, por exemplo, permite que o viajante acrescente valores no cartão em até oito moedas diferentes. Também é bom comparar a taxa de câmbio e ficar atento a outros custos.
O financiamento de automóveis foi um dos mais atingidos, segundo Fábio Pina, economista da Federação do Comércio de São Paulo. Mas também há uma alternativa para driblar o IOF: o leasing. A operação é considerada arrendamento (e não crédito) e ficou de fora das mudanças nas regras de tributação.
"Ainda não há redução de consumo por causa do IOF. As famílias vivem um momento de euforia. Há pleno emprego e todos acham que essa situação vai se perpetuar", diz Fabiano Calil, consultor de finanças pessoais, de São Paulo.
Segundo ele, os brasileiros têm de 50% a 70% da renda familiar comprometida com empréstimos — uma situação pouco confortável. Portanto, cada real que não for gasto significa uma grande economia no fim do mês.
São Paulo - Se é consenso que, historicamente, as taxas de juro brasileiras são das mais altas do planeta, é fato comprovado que elas subiram ainda mais de abril para cá em razão do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em transações de financiamento e em compras feitas em moeda estrangeira no cartão de crédito.
A intenção declarada do governo é tornar o consumo mais caro e desacelerar o crescimento econômico, numa tentativa de impedir a escalada da inflação.
Mas há como evitar o impacto do aumento do IOF em várias situações. A elevação de 1,5% para 3% do IOF nas operações de crédito é imperceptível para a maioria dos consumidores.
Os juros altos e os prazos de financiamentos extensos acabam diluindo o custo adicional do imposto. "São centavos em cada prestação", diz Miguel Oliveira, economista da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), em São Paulo.
O financiamento de imóveis ficou fora da mudança. Já nas compras de prazos curtos, a alta do IOF tem menos importância, porque pode ser evitada. Basta que o consumidor opte pela compra parcelada no cartão de crédito, sem juros, que, em geral, pode ser feita em três, quatro ou cinco prestações. E ainda há a possibilidade de negociar com o lojista o uso do cheque pré-datado, que andava esquecido.
Volta ao passado
Nas compras em moeda estrangeiras feitas com cartão de crédito o aumento do IOF foi mais pesado — de 2,38% para 6,38%. As alternativas são usar os cheques de viagem ou moeda em espécie. Vale lembrar que o dinheiro na mão não tem custo além da diferença da taxa de câmbio.
Já os cheques de viagem, com seguro contra perda e roubo, cobram taxa na conversão. Nesse caso é preciso fazer contas para avaliar se o custo do cheque é menor que o IOF incidente nas compras com cartão. Outro jeito de escapar do IOF nas compras em moeda estrangeira é o cartão de débito pré-pago, disponível em alguns bancos, como Rendimento e Safra.
O Banco Rendimento, por exemplo, permite que o viajante acrescente valores no cartão em até oito moedas diferentes. Também é bom comparar a taxa de câmbio e ficar atento a outros custos.
O financiamento de automóveis foi um dos mais atingidos, segundo Fábio Pina, economista da Federação do Comércio de São Paulo. Mas também há uma alternativa para driblar o IOF: o leasing. A operação é considerada arrendamento (e não crédito) e ficou de fora das mudanças nas regras de tributação.
"Ainda não há redução de consumo por causa do IOF. As famílias vivem um momento de euforia. Há pleno emprego e todos acham que essa situação vai se perpetuar", diz Fabiano Calil, consultor de finanças pessoais, de São Paulo.
Segundo ele, os brasileiros têm de 50% a 70% da renda familiar comprometida com empréstimos — uma situação pouco confortável. Portanto, cada real que não for gasto significa uma grande economia no fim do mês.