Demanda por profissionais técnicos qualificados atingirá 31 milhões até 2035
Manufatura inteligente impulsiona busca por talentos técnicos e inovação, redefinindo o mercado de trabalho
Agência
Publicado em 13 de janeiro de 2025 às 16h24.
A ascensão da inteligência artificial (IA) está transformando o mercado de trabalho industrial, com a crescente demanda por “profissionais de colarinho roxo”. Um relatório divulgado pela Universidade Renmin da China e pelo Grupo Lenovo revela que esses talentos técnicos altamente qualificados são cruciais para a modernização da indústria manufatureira inteligente.
Demanda crescente e qualificação necessária
De acordo com o relatório, a necessidade por esses profissionais era de 25 milhões em 2022. Com o avanço da manufatura inteligente, o número deve ultrapassar 31 milhões até 2035, representando 25% da força de trabalho no setor.
Além disso, espera-se um aumento na qualificação exigida:
- A demanda por profissionais com ensino superior e pós-graduação deve saltar de 28% em 2022 para 57% em 2035.
- O processo de “roxização” visa transformar trabalhadores tradicionais em profissionais aptos para a era da IA.
O perfil dos "profissionais de colarinho roxo"
Descritos como uma categoria intermediária entre trabalhadores de colarinho azul e branco, esses profissionais combinam habilidades práticas e inovação técnica. Eles ocupam posições estratégicas, como:
- Líderes de equipe
- Técnicos
- Inspetores de qualidade
De acordo com Li Yuhui, professor da Universidade Renmin, esses profissionais têm quatro características principais:
- Atuação predominante na linha de produção
- Capacidade de aprendizado e inovação
- Alto potencial de crescimento profissional
- Reconhecimento social e salários competitivos
Impacto das tecnologias emergentes
Com a chegada de tecnologias avançadas, como robôs humanoides, a relevância dos “profissionais de colarinho roxo” aumentou. Diferentemente de outros cargos industriais, essas funções exigem aprendizado contínuo e integração de produção com desenvolvimento, tornando os trabalhadores menos suscetíveis à substituição pela automação.
Esses profissionais não apenas preenchem lacunas técnicas, mas também lideram a modernização industrial, ajudando a China a manter sua competitividade global.