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Consciência Negra: gráficos mostram abismo racial no mercado de trabalho

Semana da Consciência Negra: apesar de ser a maior parte da população, pretos e pardos enfrentam forte desigualdade no mercado de trabalho

Pessoas em comércio de rua em São Paulo: salário médio é de negros é mais baixo que de brancos no mercado formal e no informal (Amanda Perobelli/Reuters)

Victor Sena

Publicado em 17 de novembro de 2020 às 16h16.

Última atualização em 17 de novembro de 2020 às 18h41.

Na próxima sexta-feira, 20 de novembro, comemora-se o Dia da Consciência Negra, data que representa a luta contra a herança da escravidão na sociedade brasileira. Apesar de ser a maior parte da população, pretos e pardos enfrentam forte desigualdade no mercado de trabalho.

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A taxa de subutilização (quando o trabalhador não trabalha ou trabalha menos do que gostaria) entre pretos e pardos era de 28%. Entre brancos era de 18,8%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a desvantagem desse grupo populacional se mantém mesmo quando é considerado o recorte por nível de instrução. Entre pessoas com superior completo ou mais, taxa de subutilização de negros era de 15%. Entre brancos, era de 11,5%.

Nos gráficos abaixo, é possível observar outras discrepâncias apontadas pela publicação de 2019 Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, do IBGE.

No gráfico acima, é possível ver que as diferenças causadas pela cor da pele mesmo em casos de alta escolaridade também acontecem dentro do mercado formal.

A diferença é refletida da mesma forma no salário, até no mercado informal. Os dados abaixo mostram a diferença salarial média entre negros e brancos, por tipo de contratação.

Refletindo a composição padrão da população brasileira, pretos e partos no mercado de trabalho eram maioria, sendo um total de 57,7 milhões. O número de brancos era 46,1 milhões, de acordo com o relatório do IBGE. No entanto, esse percentual é invertido quando se olha para os níveis de gerência.

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