Como pedir demissão (ou não) em 8 ideias incomuns
A roteirista que gravou um vídeo para avisar que estava deixando o emprego não é a única a usar um método inusitado para anunciar a demissão; veja outros casos
Talita Abrantes
Publicado em 1 de outubro de 2013 às 13h51.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h27.
São Paulo – Não é tarefa fácil colocar um ponto final em uma relação – e não estamos falando apenas de relacionamentos amorosos. Fechar um ciclo no trabalho e pedir demissão exige coragem. Mas, principalmente, muita diplomacia e discrição. Nem todos, contudo, conseguem este feito. As palavras não ditas e raivas engasgadas explodem um dia e anunciam o fim da relação com a empresa ou chefia. Mas, em alguns raros casos, o pedido de demissão vem embalado em atitudes épicas, dignas de muitos compartilhamentos nas redes sociais . Confira alguns casos:
A mais nova integrante do grupo dos que atraíram as atenções do mundo após seus respectivos pedidos de demissão é Marina Shifrin, roteirista e comediante que, no último sábado, postou no YouTube um vídeo em que ela dançava a música “Gone”, do Kanye West, no escritório onde trabalhava. Nas legendas, ela postou as razões para a demissão:
“Por quase dois anos, eu sacrifiquei meus relacionamentos, tempo e energia por este emprego. E meu chefe só se importa com a quantidade e com quantas visualizações cada vídeo teve. Então, eu pensei em fazer um vídeo de mim mesma para focar no conteúdo em vez de me preocupar com as visualizações. E deixar meu chefe saber que ... eu me demito”.
“Por quase dois anos, eu sacrifiquei meus relacionamentos, tempo e energia por este emprego. E meu chefe só se importa com a quantidade e com quantas visualizações cada vídeo teve. Então, eu pensei em fazer um vídeo de mim mesma para focar no conteúdo em vez de me preocupar com as visualizações. E deixar meu chefe saber que ... eu me demito”.
Em março do ano passado, o hoje ex-diretor do Goldman Sachs Greg Smith pediu demissão do seu cargo de líder da unidade de derivativos para a Europa, Oriente Médio e África. No seu último dia de trabalho, o executivo publicou uma carta no The New York Times relatando sua frustração com algumas práticas do banco.
“Eu presenciei reuniões para vendas de derivativos financeiros onde nem um único minuto foi gasto com questões sobre como poderíamos ajudar nossos clientes. É tudo puramente sobre como nós podemos tirar o máximo de dinheiro deles”, afirma em um dos trechos. Confira a carta na íntegra.
“Eu presenciei reuniões para vendas de derivativos financeiros onde nem um único minuto foi gasto com questões sobre como poderíamos ajudar nossos clientes. É tudo puramente sobre como nós podemos tirar o máximo de dinheiro deles”, afirma em um dos trechos. Confira a carta na íntegra.
Doug Walker era encarregado de limpeza de uma empresa de autopeças. Cansado do trabalho, decidiu fazer uma saída triunfal: com um rádio na mão tocando a música “Also Sprach Zarathustra”, de Richard Strauss, ele rumou para o refeitório da empresa, subiu em uma das mesas e abriu a camisa. Para a surpresa (ou não) dos presentes, a frase “Eu me demito” estava escrita no tórax dele.
Em 2011, após mais de três anos encarando longas jornadas de trabalho no hotel Renaissance Providence, em Rhode Island (EUA), Joey DeFrancesco se reuniu com seus colegas de banda e rumou para o local de trabalho com a carta de demissão em mãos.
Diante do chefe, disse: "Eu me demito", a banda começou a tocar, o chefe se recusou a pegar o papel, ele jogou no chão e saiu do hotel com pose de campeão.
Diante do chefe, disse: "Eu me demito", a banda começou a tocar, o chefe se recusou a pegar o papel, ele jogou no chão e saiu do hotel com pose de campeão.
Steven Slater, um ex-comissário de bordo da companhia aérea americana JetBlue, virou celebridade após pedir demissão durante um voo da companhia em agosto de 2010.
Após uma discussão com uma passageira, Slater pegou o alto-falante, dedicou alguns palavrões para ela e concluiu: “A todos os que mostraram dignidade e respeito nos últimos 20 anos, obrigado”. Acionou o escorregador inflável da porta de emergência e desceu – com algumas cervejas debaixo do braço.
Após uma discussão com uma passageira, Slater pegou o alto-falante, dedicou alguns palavrões para ela e concluiu: “A todos os que mostraram dignidade e respeito nos últimos 20 anos, obrigado”. Acionou o escorregador inflável da porta de emergência e desceu – com algumas cervejas debaixo do braço.
Após 14 anos no comando da Sun Microsystems, Jonathan Schwartz, até então presidente da empresa, usou o Twitter para divulgar ao mundo que estava deixando a companhia no início de 2010. “Hoje é meu último dia na Sun. Sentirei saudades”, postou. O anuncio foi publicado dias depois da Oracle ter comprado a empresa por 7,4 bilhões de dólares.
Em vez de entregar, de cara, uma carta de demissão convencional, o americano Neil Berrett preferiu escrevê-la em um bolo com cobertura de chantily. É possível conferir a imagem no Flickr de Berret. No texto, ele admite ter vivido dias "empolgantes e alegres" na companhia. Agora, por motivos de saúde, iria dedicar mais tempo para a família. Em sua página no Flickr, ele afirma que precisou enviar uma carta de demissão convencional para o departamento pessoal da empresa. Afinal, seria impossível arquivar um bolo.
Com o cenário semelhante a versão tradicional do jogo do Super Mario Bros, o jogo da companhia australiana 2K propõe algumas tarefas para o jogador. Ao terminá-las, aparece a frase: "I quit" (“Eu me demito", em português).
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