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Como lidar com perguntas ofensivas durante a entrevista

Pesquisa revela questões abusivas feitas a candidatos a empregos em Wall Street. Saiba estar preparado para lidar com o recrutador

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Ofensa: manter a calma é essencial no processo seletivo. Mesmo quando o recrutador passa dos limites (Sxc)

Ofensa: manter a calma é essencial no processo seletivo. Mesmo quando o recrutador passa dos limites (Sxc)

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Camila Pati

Publicado em 25 de julho de 2012 às, 17h14.

São Paulo – O que você faria se, na hora da entrevista de emprego, o recrutador soltasse a seguinte proposta: “Se eu disser que a única maneira de você conseguir esse emprego é me deixar dormir com a sua namorada, você aceitaria?”. Parece mentira, mas não é.

O Wall Street Oasis, site de recrutamento para carreiras financeiras em Wall Street, questionou internautas sobre as perguntas mais abusivas já ouvidas durante entrevistas de emprego no distrito financeiro nova-iorquino. O resultado foi uma aula de como intimidar qualquer candidato.

Perguntas como “Você ainda não recebeu uma oferta de emprego? Qual o seu problema?”, “Qual parte do seu currículo é a maior besteira?” e “Você vai trabalhar 110 horas por semana aqui, você consegue suportar isso?” também foram citadas pelos participantes da pesquisa

Especialistas ouvidos por EXAME.com afirmam que questionamentos deste tipo são raros no contexto das empresas brasileiras. “Nos meus 42 anos de carreira eu nunca ouvi esse tipo de pergunta envolvendo a namorada do candidato”, diz a diretora de negócios da LHH|DBM, Irene Azevedo.

Perguntas agressivas ou confrontantes, no entanto, podem sim fazer parte de entrevistas de emprego. O candidato deve estar bem preparado para responder e, antes de tudo, manter a calma. “É o primeiro passo”, diz a coach executiva Jaqueline Weigel. 

Ao se deparar com perguntas como: “Por que eu devo contratar você?”, o candidato deve entender que durante uma entrevista de emprego, cada um tem um papel. “O recrutador tem que selecionar, e o candidato deve entrar no jogo”, explica Jaqueline.

Irene Azevedo diz que candidatos devem estar preparados para responder qual o maior fracasso de sua vida, por exemplo. “Ninguém passa por uma carreira sem fracassos, ele deve responder ao recrutador porque só não erra quem não vive” .

Uma eventual demora em conseguir uma recolocação pode também ser questionada. “Os americanos são mais diretos nessas questões, por aqui recrutadores perguntariam: o que você tem feito para garantir uma recolocação”, diz.


Agora, se na hora da entrevista pintar uma questão ofensiva como as citadas na pesquisa do Wall Street Oasis a dica é ser autêntico, coerente com seus valores e não perder a compostura. Mesmo quando a pessoa do lado de lá da mesa de entrevista não tiver o mesmo tipo de comportamento. “Perguntas como essas tem conotação de bullying e deixam explícita a extrema falta de educação dos recrutadores”, diz Jaqueline Weigel.

Sugestão para encarar isso? Manter uma postura profissional, inteligente e, principalmente, coerente com seus valores. Confira como com as sugestões de respostas listadas por Irene:

 Se eu disser que a única maneira de você conseguir esse emprego é me deixar dormir com a sua namorada, você aceitaria?

O candidato deve responder que se essa é uma exigência para o cargo, aquele não é o emprego que gostaria de ter. “Não deve ser grosso, nem perder compostura. Apenas agradecer a oportunidade pela entrevista e ir embora”, diz Irene.

  Qual parte do seu currículo é a maior besteira?

O profissional deve dizer que quando escreveu seu currículo não colocou nenhuma besteira. “E que se o recrutador quiser saber algo que ele tenha feito de errado em algum momento da carreira que ele pode responder. Todo profissional já fez algo de que se arrependa durante a trajetória profissional”, afirma a especialista.

  Você trabalhará 110 horas por semana aqui, você consegue suportar isso?

A melhor maneira de responder nesse caso é lançar mão da matemática. Com 22 horas de trabalho por dia não sobraria tempo para refeições ou para dormir.“O candidato deve dizer que seria difícil sobreviver a uma jornada como essa, mas que se for preciso trabalhar mais que 8 horas por dia não teria problema”, diz.

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