Como estes grandes líderes lidam com seus fracassos
Jorge Paulo Lemann, Luiza Trajano, Luciano Coutinho e Christian Orglmeister contam como lidam com seus erros e situações de fracasso
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2015 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h38.
Somente quem já passou por algum fracasso sabe como essa situação pode ser difícil. Se ainda não aconteceu com você, provavelmente ainda ocorrerá. A ausência de fracassos, inclusive, pode ser algo preocupante, como retrata uma das anedotas de gestão do Google , que envolve o CEO Larry Page e Sheryl Sandberg , na época vice-presidente da empresa e hoje COO do Facebook . Na história, Sandberg conta para Page que cometeu um erro que custou milhões ao Google. Ele, para a surpresa da executiva, não fica decepcionado: se esse tipo de erro não ocorresse era sinal de que a companhia não estava se arriscando o tanto que deveria. Então, se os fracassos são inevitáveis, também é importante saber como lidar com eles. A seguir, grandes líderes contam ao Na Prática como lidam com esse tipo de situação:
Christian, hoje diretor do escritório brasileiro da consultoria Boston Consulting Group (BCG), é exemplo disso. Ele tentou duas vezes entrar na empresa sem sucesso: enquanto recém-formado e novamente após dois anos. Foi só na terceira tentativa que foi contratado. “É duro quando você leva um não no início da carreira, mas o aprendizado é enorme”, ele defende. O importante é não desanimar e se preparar para as próximas oportunidades que aparecerão.
“Nunca me arrependi de nada que eu fiz com muito esforço”, diz Jorge Paulo Lemann, atualmente considerado o empresário mais bem-sucedido do país. Diante daquilo que se tem paixão, ele recomenda persistência. Para ele, os fracassos devem ser encarados sempre como aprendizado, e contribuem para que o mesmo projeto (ou até mesmo outros!) deêm certo em próximas tentativas.
Luiza Trajano é hoje uma das três mulheres mais poderosas do Brasil, segundo lista da revista Forbes. Para ela, ter muitos fracassos não deve ser encarado de forma negativa. “Eu não tenho medo de assumir meus erros”, ela explica. O que deve ser evitado, segundo ela, é insistir no mesmo erro. “Eu sei que vou continuar errando, mas quero dar espaço a novos erros” — e, consequentemente, novas lições.
Para o economista Luciano Coutinho, o importante é ter persistência e determinação para não se deixar abater. Formado em Economia pela Universidade de São Paulo e PhD pela Universidade Cornell, nos Estados Unidos, ele ocupa desde 2007 um dos cargos mais importantes no cenário econômico brasileiro à frente do BNDES — banco público que libera empréstimos para indústrias, empresas e grandes grupos.“Quem quiser fazer sucesso imediato, sem ralar, pode esquecer”, é o que ele diz. Para ele, é preciso enfrentar as dificuldades com lucidez e cabeça erguida. Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal de Carreiras da Fundação Estudar